"Losing him was blue, like I'd never known
Missing him was dark gray, all alone
Forgetting him was like trying to know somebody you've never met
But loving him was red"- Red - Taylor Swift
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Eu nasci no dia 19 de Agosto de 1998, na cidade de Nova Iorque. Meus pais são artistas plásticos, sempre tão ligados à arte em todas as suas formas. Tenho duas irmãs mais novas que também pintam e desenham como se tivessem mãos de anjos. No meio de todas as telas, tintas e cores, eu só estava lá para observar monocromaticamente a arte deles, e tudo isso por causa do fato que me torna uma pessoa tão especial.
Acromatopsia é o nome de uma alteração na retina em que a pessoa não consegue enxergar cores além de preto, branco e alguns tons de cinza, e é a alteração que torna meus dias acinzentados mesmo quando o Sol torna a temperatura quase insuportável. Apesar de ser bem chatinha e não ter tratamento, não é algo de fato grave. A única preocupação que eu tenho que ter é usar óculos escuros para proteger minha retina dos raios solares que agridem mais do que o normal.
Desde o primeiro momento da minha vida, eu lembro de ver tudo pintado nesses tons frios. Descobriram que eu tinha essa condição com pouco mais de um ano, e eu admito que a adaptação foi difícil. Na escolinha, eu era poupada dos trabalhos que envolviam tintas e lápis de cera, o que logo atraiu a atenção dos meus coleguinhas de classe que gostavam de ser um tanto cruéis.
Mas eu cresci, ignorando esse fato repentino. Encontrei conforto no meio de números e estatísticas, junto com a profissão que eu pretendia seguir, fugindo do ofício da família. Eu ignorava quase todas as formas em que a arte se expressava, até encontrar a que verdadeiramente engrandecia minha alma: a música, que se tornou minha fiel escudeira.
No final do ensino médio, encontrei uma loja antiga de discos de vinil enquanto traçava um novo caminho para ir para meu colégio. Toda a loja estava lotada de discos e CD das mais diversas bandas que eu sabia que amava. Passei a frequentar aquele local com uma frequência considerável, e até mesmo fiz amizade com o filho do casal que comandava a loja.
Em uma tarde de Outubro, procurava um dos discos do Guns n' Roses para minha irmã caçula, Rose, que finalmente havia conhecido essa banda que a cativou. Perdida no meio das prateleiras de discos, fui surpreendida por Zack, que se propôs a me ajudar na busca.
- Sabe, meus pais gostam bastante de você, Samantha... - ele disse, enquanto passava as capas entre os dedos com agilidade - Acham você muito legal.
- Que bom. - eu respondi, com um sorriso pequeno formado nos meus lábios. - Eu também gosto muito deles. E de vir aqui.
- Eles me pediram para te entregar isso. - ele tirou do bolso da calça jeans clara um papel perfeitamente dobrado.
Estranhando, parei de procurar e segurei as folhas com as duas mãos, desdobrando e lendo as letrinhas que haviam dentro. Apesar da linguagem extremamente técnica, entendi de cara sobre o que se tratava.
- Eles querem me contratar? - eu perguntei, com um tom de surpresa claro na voz.
- Querem. - ele disse, suspirando. - Meus pais já estão com idade, sabe? Precisam de ajuda com a loja.
- Achei que você os ajudasse...
- Eu vou me alistar em Novembro, Sam. Não vou ficar por aqui por algum tempo. - ele disse, me olhando de canto enquanto eu sentia um nó se formar em meu estômago ao entender o que ele queria dizer. Ele se virou pra mim, finalmente me olhando. - Ninguém procura emprego aqui, Sam. Você é gentil e confiável, e entende de música como ninguém. Nem eu, nem eles, conseguimos pensar em alguém melhor do que você para darmos esse voto de confiança.
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multiverso ᤴ k. taehyung
Hayran KurguMúsicas inspiram minha alma do mesmo jeito que Taehyung inspira meu coração. A combinação de meu coração palpitando, minha alma brilhando, ele me iluminando e música tocando, inspira minha escrita. [ Taehyung x OC ]