Percorri a distância entre minha mente e minha alma, e parecia-me distante
a mente focava-se em manter-se no presente, mesmo sabendo estar equivocada
a alma focava-se em manter-se no amor, mesmo sabendo que no fim, estaria acabada
e em linhas gigantescas escritas uma no sentido contrário da outra, a historia foi feita
a mente à direita, a alma à esquerda e eu, perdido.Me envolvi com drogas, casualidades, para enfeitar uma mente que deveria ir no sentido oposto
me envolvi com garotas e garotos, para enfeitar a alma que deveria sentir no sentido oposto
e ouvi os dois gritarem um ao outro "você está indo para o lado errado"
metade do meu corpo seguia um lado, metade seguia o outro.Nessas linhas tortuosas e gigantescas, eu vi um erro em suas entrelinhas
elas diziam "a confusão que te deixa, quando alguém parte, é partir o teu coração em diversas partes"
mas ali havia um erro, o qual demorei anos para perceber (e confesso as vezes me esquecer também)
o erro era, que não é quando alguém parte, mas quando eu deixo essa pessoa partir-me, e fico assim, em pedaços.Então, eu peguei uma borracha e resolvi apagar minha mente e minha alma dessa história
comecei a enxergar com o coração, mas também me machuquei e tive de começar tudo de novo
por último, hoje enxergo com os olhos, deixo as pernas me guiarem, a mente para pensar
a alma para sentir e o coração, para bombear sangue.Lucas Galvão
17/12/2018
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Os poemas cabem em meu coração
PoetryMe chamo Lucas Galvão Marques da Silva, escrevo desde os 13 anos de idade e me denomino escritor desde os 15. Me inspirei no começo, em minha mãe, Vilma Galvão, que foi e é até hoje uma poetisa, a qual eu devo todo ensinamento e vivência que tenho...