Capítulo 08

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BULMA

Estamos todos reunidos no gramado da Corporação Cápsula para invocar o ShenLong e realizar nossos desejos.

O primeiro a ressuscitar é Kuririn. Descobrimos que Goku não estava morto, mas também recusou-se a voltar para a terra. Restando-nos apenas um pedido.
Nesse momento, Vegeta sai correndo, entra na nave que meu pai construiu e nos deixa para ir atrás de Goku. Não imaginava que ele me deixaria tão cedo. Reúno todas as minhas forças para não desabar na frente de todos. Ainda temos o último desejo que é usado para reviver Yamcha.

Pual é o que fica mais feliz

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Pual é o que fica mais feliz. Por um momento, meu coração fica alegre. É uma sensação de dever se cumprindo. Mas, ainda teremos que esperar outros 4 meses para reviver Tenshinham e Chaos.
Depois que comemoramos a volta de Kuririn e Yamcha, eu voltei para o meu quarto. Não conseguia mais manter o sorriso. Vegeta se foi para perseguir Goku e me deixou num abismo sem fim. Será que nunca mais o verei? Tenho que aceitar que acabou. Na verdade, nem começamos algo para que realmente houvesse acabado. Mas, ele conquistou meu coração tolo e temo que eu nunca consiga recupera-lo de volta.
Uma batida na porta me tira dos pensamentos. Vou até ela e vejo Yamcha andando nervoso pelo corredor.

"Yamcha?"

"Ah. Oi, Bulma! Posso falar com você? "

"Claro! Entre."

"Eu gostaria de agradecer a você pelo que tem feito por nós."

"Não se preocupe, Yamcha. Esse é o meu dever. Vocês se sacrificam por nós e eu revivo vocês. É isso que os amigos fazem"

Ele sorri e fica em silêncio por um momento, mas logo em seguida ele pega na minha mão.

"Sabe, Bulma. Fico feliz por te-la perto de mim mais uma vez. Eu senti sua falta."

"Também senti saudades, Yamcha."

"Acho que devemos conversar sobre... Nós"

"É. Acho que não podemos mais adiar isso. Muita coisa mudou."

"Como assim mudou?"

"Eu sinto que não sou mais a mesma, OK?"

"Eu pensei que ainda teria uma chance com você. Diga-me quem foi o responsável por isso."

"Não é ninguém, tá? É só que... Acho que devemos ser só amigos."

Yamcha puxa-me para um abraço.

"Eu vou tentar reconquistar você, Bulma. Não sei pelo que você está passando, mas eu estou aqui pra você, mesmo que seja como amigo."

Um nó se forma na minha garganta. Tento ao máximo conter as lágrimas.

"Obrigada, Yamcha. Não se preocupe comigo, tá bom? Mas, agora me deixe dormir. O dia foi longo."

"Claro que sim, querida. Mas, se precisar de mim é só chamar."

"Sim, obrigada."

Mas, o que eu preciso mesmo está viajando pelo universo. Então, só me resta enfrentar a solidão.

Passado os 130 dias que usamos as esferas do dragão, podemos reuni-las novamente e realizar nossos desejos. Tenshinham e Chaos foram revividos e, por último, o patriarca dos namekuseijins pediu a ShenLong que os mandassem para outro planeta que fosse possível habitar.
Se meus sentimentos já estavam uma bagunça, ficaram ainda mais. Eu já estava acostumada com esses seres, vê-los partir foi difícil. No entanto, estou feliz que tudo tenha acabado bem.
Bom, nem tudo. Goku ainda não voltou para a terra e Vegeta também não deu sinal. É incrível como eu ainda penso nele todos os dias.
Yamcha tem tentado me animar todos esses dias e não tive coragem de contar pra ele o motivo que me deixou tão pra baixo. Nesse momento estamos na varanda do meu quarto e eu só consigo pensar em Vegeta. Sem pensar eu deixo escapar:

"Fico me perguntando onde Vegeta está? "

"O que? Eu sinceramente espero que ele esteja bem longe." diz Yamcha me olhando com curiosidade.

"De qualquer forma, ele não vai demorar." diz meu pai.

Meu coração tolo pula uma batida.

"Como assim?"

"Simples, ele saiu na nave com pouco combustível. Se não existe igual em outros planetas, uma hora ele terá que voltar."

Eu ainda não havia pensado nisso. Meu pai sai deixando Yamcha e eu sozinhos. Não consigo esconder a esperança que sinto em vê-lo novamente.

"Ah. Agora ficou claro." Yamcha diz furioso.

"O que exatamente, Yamcha?"

"É ele, não é? É ele o culpado por você está dessa forma. Na verdade, ele é sempre culpado por tudo."

"Não diga isso, Yamcha. Você está ficando louco."

"EU ESTOU FICANDO LOUCO, BULMA?... Tem certeza que sou eu? Eu não acredito que você deixou aquele maldito conquistar você para depois deixa-la aos trapos."

"Não exagera, Yamcha. Você está vendo coisas onde não há."

"Não estou, não. Bulma, é você quem ficou louca. E quer saber, acho que você está se tornou uma cega louca. Não é possível que você não veja o seu estado. Você sorrir, mas o brilho dos seus olhos não estão mais aí. Eu quero matar esse desgraçado."

"Hum... Ele mataria você antes."

"Sim, talvez. Porque ele é um sanguinário que não tem escrúpulos para conseguir o que quer. E você, uma cega, louca e suicida achou que iria conseguir muda-lo?"

"Eu sei disso, OK? Agradeço a você por ter tentado tornar meus dias mais felizes, mas não vou admitir que você fale dessa forma comigo. Então, acalme-se."

Yamcha me abraça e eu não consigo impedir as lágrimas saírem dessa vez.

"Oh, Bulma. Eu faria o que fosse possível para mudar isso."

"Não há nada a ser feito."

"Eu gostaria que tivesse porque é difícil ver uma amiga sofrer desse jeito".

Ficamos abraçados por um tempo em silêncio. Foi uma conversa difícil. Tocou na ferida que ainda está aberta no meu peito. Olho para o céu e vejo uma estrela cadente. Eu sei que é bobagem, mas não custa nada tentar. Com lágrimas nos olhos eu peço em silêncio que eu possa vê-lo outra vez.

 Com lágrimas nos olhos eu peço em silêncio que eu possa vê-lo outra vez

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