DESEJO PROVOCANTE

Capítulo 04

BULMA

Faz cinco dias que estou evitando o Vegeta a qualquer custo. Fico horas cuidando das tarefas da Corporação, enquanto ele fica isolado treinando. É bem melhor assim. Essa coisa entre nós já estava ficando fora de controle rápido demais. E nada pode acontecer entre a gente. Não posso esquecer que na primeira oportunidade ele mata meus amigos, destrói a terra e sabe lá mais o que ele pode fazer pra conquistar o universo.
Estou deitada tentando dormir, mas algo me deixa inquieta. Hoje a noite está mais quente. Levanto, tiro a roupa e vou para o banheiro. Sem dúvidas, é de um banho que eu preciso. Mas, quando ligo o chuveiro parece está quebrado.
"Droga! Era o que faltava."
Odeio isso, mas vou ter que usar um dos outros banheiros da casa. Enrolo-me numa toalha e vou apressadamente pelo corredor torcendo para não encontrar ninguém.
Entro no banheiro, espalho meus produtos sobre a pia e vou imediatamente para o banho. Quando estou passando o sabonete pelo meu corpo, lembro-me do toque de Vegeta. Recordo-me da forma que ele explorou meu corpo e da sensação que isso causou em mim. A intensidade em seus olhos... Quando percebo, minha mão está acariciando meus seios e indo em direção ao meu sexo fazendo movimentos circulares em torno do clitóris. Paro imediatamente aquilo. Quando eu vou escutar a mim mesma? Não posso pensar nesse Saiyajin.
Decido punir a mim mesma colocando a água mais fria. A sensação é boa na pele quente.
Termino o banho e vou em direção ao quarto. No meio do caminho, minha escova de cabelo cai e, quando me abaixo para pegá-la, minha toalha cai. Assustada, olho de um lado para o outro no corredor e, graças aos céus, não tem ninguém. Cubro-me rapidamente e corro para meu quarto.
Visto uma roupa leve e deito na cama. Amanhã será um dia longo e o sono resolver faltar justo hoje. Escuto uma pequena batida na porta. Quem será a essa hora? Vou abrir a porta e fico paralisada.

"Posso falar com você por um minuto?"

Vegeta encara-me na porta esperando por uma resposta.

"Hum... Er... Diga!"

Ele continua olhando pra mim. Então abro mais a porta e convido-o para entrar apenas com um gesto. Ele passa na minha frente e senta-se na minha poltrona. Fica me encarando de lá sem dizer uma palavra. Encaro-o também esperando que diga alguma coisa. Impacientemente, cruzo os braços e continuo esperando por ele.

"Não sabia que você estava acordada, mas a vi passar pelo corredor e resolvi vir aqui falar com você".

"V-você me viu?"

"Vi, sim. Estava entrando no banheiro."

"E d-depois?"

"Acha que eu estava espionando você, Bulma?"

Seu olhar é feroz e provocante. Ele viu, com certeza. Ele dá um sorriso torto, confiante. Logo em seguida, levanta e vem em minha direção. Ele chega bem perto, segura no meu rosto. Olha nos meus olhos prendendo-me. Desvia o olhar pelo meu corpo e demora nos meus lábios até olhar nos meu olhos novamente.

"Aquilo que aconteceu naquele dia não deveria ter acontecido."

A raiva toma conta de mim. Ele vem aqui no meu quarto falar algo que é óbvio? Quando estou prestes a falar, ele coloca um dedo nos meus lábios e continua...

"Mas, fica difícil não acontecer de novo com você desfilando pelada por aí".

Eu sinto vontade de chuta-lo. De dar uns bons tapas e expulsa-lo do meu quarto. Eu mexo meu corpo para fazer isso, mas ele me prende na parede.

"ME SOLTA, VEGETA. SEU IDIOTA. NÃO VAI ACONTECER DE NOVO. NUNCA MAIS."

"Ora, Bulma. Não vê o seu estado? Você quer isso. Aliás, não foi para forçar você que eu vim aqui".

Ele me solta momentaneamente, mas antes que eu possa evitar ele em prende na parede.

"ARRRG."

"Calma, garota. Só estou tornando as coisas difíceis para você não recusar minha proposta."

"Se você acha que vou fazer um acordo com você está enga..."

"Shhh!" Ele sussurra no meu ouvido colocando seu corpo mais perto do meu.

"É simples, querida. Não vamos nos livrar dessa... tensão enquanto não fizermos o que nosso corpo tanto deseja".

"Onde você quer chegar com isso?"

"Vamos terminar logo com isso e ficamos livres. Fica comigo essa noite, Bulma? Vai ser a única e vamos acabar com essa necessidade."

Demoro alguns segundos pra absorver sua proposta indecente e minha raiva só aumenta. Tento empurrá-lo, mas seu corpo permanece imóvel.

"Olha aqui, seu idiota. Eu não sei como as coisas funcionam de onde você vem, mas aqui não é assim. COMIGO NÃO É ASSIM. Eu não vou transar com você pra depois ser rejeitada. E mais, quem te disse que eu quero algo com você?

"Seus olhos dizem. Seu corpo diz. A maneira como você respira, diz. Tudo em você diz que uma hora ou outra isso vai ter que acontecer. E realmente, eu não sei como as coisas funcionam aqui. Mas, eu sei que eu não sou um homem de relacionamentos. Por outro lado, você não é uma mulher frágil demais que precise de conto de fadas. Somos adultos. Sabemos o que queremos. A menos que você tenha alguém, então eu deixo você em paz".

Confesso que de início sua proposta me ofendeu, mas também é irresistível. Não sou uma mocinha em apuros e saberia lidar muito bem com uma paixão rápida. O problema é se meu coração ficar no caminho. Vegeta é um homem perigoso, não é um homem que saberia cuidar de um amor.

"Como você disse, não preciso de conto de fadas, mas também não preciso agir por impulso. E mais importante, não preciso de ninguém para que você me deixe em paz."

"Precisa sim, Bulma. Por que quem vai te trair é o seu corpo. E se não tiver alguém para impedir isso, você vai passar a noite no meu quarto hoje."

"Ah, mas eu não vou mes..."

Ele me interrompe com um beijo quente e urgente. Meu corpo responde ao seu toque. Eu odeio dizer isso, mas Vegeta tem razão. Meu corpo deseja o dele. Minhas pernas traidoras enrolam-se na sua cintura, permitindo que ele aperte minha bunda e se aconchegue ainda mais perto moendo-se em mim. Provocando-me. Ele morde meu lábio inferior e suga em seguida. Vai em direção a minha orelha e morde o lóbulo. Posso sentir sua respiração quente. Ele morde e suga o meu pescoço dessa vez. Um gemido de prazer escapa me traindo. Isso parece estimular ele. Então, ele desce para os meus seios, afastando o tecido da minha roupa e deixando-os a mostra. Ele olha nos meus olhos e suga o meu mamilo esquerdo, fazendo a minha calcinha encharcar com a sensação. Voltamos a nos beijar e ele desliza seus dedos afastando a minha calcinha. Com movimentos circulares, ele molha seus dedos com o liquido que sai da minha vagina e provoca meu clitóris com movimento de vai e vem. Céus! Se ele continuar eu vou ter um orgasmo. Não consigo nem controlar meus gemidos. Começo a rebolar desavergonhadamente na sua mão perseguindo a minha liberação.
Quando estou quase gozando, ele tira os dedos e apenas me beija. Quero gritar para que continue. Então, ele diz bem baixinho:

"Quer mais? No meu quarto."

O que? Esse sanguinário... Quero reagir e dizer que não vou, mas não consigo controlar nem minha respiração irregular.
Ele me olha da porta.

"Ou será que a 'princesinha' tem medo?"

Ele sai deixando o convite. Pura que pariu! O. Que. Eu. Faço? Espero até que eu esteja mais calma e decido.

"OK. Vamos acabar logo com isso."