Quando a noite se afunda em silêncio marmóreo
E a cidade abraça-se a si mesma em sono profundo
Os desejos mais profanos e desumanos vêm à tona
Comigo ocorre o mesmo
Um fervor incandescente fervilha no peito
E a explosão de 7 milhões de estrelas nas vísceras torna insuportável
O ímpeto para o mal, vil e tétrico desejo
Que haverei eu de dizer? Se no fundo do coração da noite
Entrego-me ao pecado, movido
Pelo desejo pueril de viver leve e esvoaçante
E transfiguro-me transcendente metamorfoseando-me em uma borboleta laranja e preta
Deslizo sobre os ares do jardim mórbido e fúnebre da vida
Entregue completamente à pior das heresias
Dos pecado capitais, estaduais, municipais
Solto palavras dos rins, pulmões e glândulas com suspiros enfáticos
Dou-me até a escrever versos - vê se pode -
Viro poeta,
Poeta envergonhado de sua promiscuidade
Que não pode parar de produzir sua débil poesia
Eis a verdade!
A noite, quando todos dormem
Me entrego a concupiscência das palavras
Viro poeta
E a noite guardará esse vergonhoso segredo
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Poemas Medíocres
PoetryEsse livro trata-se de um compilado de poemas medíocres escritos por um também medíocre estudante de letras que por serem demasiado medíocres não devem ser lidos por ninguém, a menos que você goste de mediocridades.