É como uma fruta:
Começa verde, intragável
Mas vai amadurecendo
Aumentando de tamanho,
Mudando em cheiro e gosto
Metamorfoseando-se progressivamente
Até ficar intensante suave
De cores vivas e cintilantesEntretanto, se a fruta não for colhida
- se o amor não for correspondido -
começam-lhe a
salpicar a casca
Pequenas nódoas escurecidas
Cobrindo gradativamente toda a superfície da fruta
Até cobrí-la completamente
Como um lúgubre eclipse solarE assim acaba-se a beleza do Amor...
É agora uma fruta que fere os olhos
Causa ojeriza
Um odor adocicadamente repulsivo
Uma aparência repugnante
Um cadáver em avançado estado de decomposição, o miolo escapando para fora por uma fissura
Como um cérebro derretendo através do crânioProfunda vertigem de bondade
O Amor, agora apodrecido, é ignorado pelas árvores absolutamente impassíveis,
Evitado pelas correntes de ar,
Enojado pelas pessoas com rostos humanos e roupas de seda e algodão
Uma fruta jogada ao chão
Entre as folhas secas
Um sentimento deplorável
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Poemas Medíocres
PoetryEsse livro trata-se de um compilado de poemas medíocres escritos por um também medíocre estudante de letras que por serem demasiado medíocres não devem ser lidos por ninguém, a menos que você goste de mediocridades.