xxx

38 0 0
                                    

- Eu já disse que não e chega Charlottie, cHEGA.- disse aumentando levemente o tom de voz e afastando as mãos de Danice o mais delicado que seu nervosismo permitia. Seus passos rápidos aumentaram, consequentemente a distância entre as duas.

- Por que se nega a me tocar, o que há de errado?.- sussurrou se acomodando cabisbaixa no sofá aveludado.

- Foi loucura, certo?.- Aproximou-se ajoelhando ao lado da menor, encaixando seu rosto de modo delicado, porém firme entre suas mãos.- Você consegue entender isso?.- A encarou sem tentar ao menos esconder seu nervosismo.- Eu nunca deveria ter te tocado, fui longe demais, peço perdão por isso.- choramingou deitando seu rosto sobre as coxas de Charlottie que apenas suspirou se permitindo encarar o nada.

- Eu gostei de te sentir.- iniciou fazendo Gloriana grunhir.- Não, por favor, me permita falar.- sussurrou acariciando os cachos de Ana.- Imaginei que ele me tocaria do mesmo modo que você.

- Lottie, por favor...

- Não foi intenso como foi com você e ele aos menos me tocou com os lábios como você e mesmo que tivesse, sei que não teria sido igual...- continuou calma.

Anastásia se afastou a encarando com um sorriso triste.- Lottie, eu realmente preciso ir.- avisou desconcertada e se preparando para se por de pé quando sentiu os lábios roxeados tocarem os seus de modo inexperiente e as mãos nervosas que se perdiam entre seus cabelos escuros. Seu gemido surpreso foi combustível para Danice que suspirou de saudade.

- Você apenas precisa parar pequena, isso não irá terminar bem pra nós, principalmente agora, você entende?.-

- Ele não faz com que eu me sinta bem, eu nem ao menos senti o formigamento, nada e eu-

- Eu sei, você terá que se acostumar com isso, sim?.- se levantou acariciando o rosto da menor.- É o que a grande maioria precisar fazer na verdade.- riu incomodada.

- Por isso não casou? Deveria ter me avisado, depois disso, eu com certeza preferia carregar o apelido de solteirona ou tiazona nas costas como você.

- Para o bem da minha sanidade, fingirei que isso não saiu de você.- riu delicadamente se colocando de pé.

- Não quis ofender, estou nervosa por tudo, não consigo te entender, nunca consegui e por alguma motivo depois dos seus carinhos acreditei que enfim conseguiria, tenha uma boa noite, Anastácia.- Disse levando o olhar para longe da maior que com pesar assentiu e se retirou em passos furtivos.

Época erradaOnde histórias criam vida. Descubra agora