Sensações estranhas vindas do coração e da mente

Monstro

"Eu sou um monstro?"

Questionou-se pela primeira vez naquele dia, mas pela milionésima vez naquela vida.

Não sentia-se assim, principlamente quando estava com sua amada. Mas as pessoas o travam um.

"Não eu não sou um mostro..."

Aquela afirmação soou mais como uma interrogação. Tinha certeza de que não era um monstro... Não tinha?

Talvez mostro seja uma palavra muito forte, nunca havia cometido nenunha atrocidade.

Talvez nascer foi o maior do seus pecados...

Como se tivesse pedir para isso! Sentia nojo de si mesmo toda vez em que olhava para algo que possuia seu reflexo. Todos os dias quando acordava, rezava para ser só um sonho.

Mas mesmo assim, não prejudicava as pessoas.

Mesmo com as que não se dava bem, mesmo com as que faziam sentimentos ruim desabrocharem em seu peito, não desejava o mal. Desejava que elas tivessem o que mereciam, por fazer o que fazem, para que assim aprendam a lição.

Mas não desejava que elas morressem, não.

Gostava de ajudar as pessoas até mesmo quando lhe passavam a perna. O sorriso de gratidão desses era impagável.

Mas mesmo assim, os seus de sangue lhe travam como um monstro... não, eles lhe tratavam como um fraco, como um inútil!

O culpavam por ser o que ele é, humilhavam ele por ser rude e desejar o mal. Ele só cansou de ser fraco... ele só queria mostrara eles que era forte...

"Eu aceito minha sina, se eles querem um monstro então vão ter!"

Gritou em desespero e agonia, transformando toda essa tristeza em seu coração em raiva.

Sim, raiva.

A raiva o ajudava a lidar com essas decepções, com esses medos, com essas pessoas...

Afastando-os

Ficar sozinho lhe não era novidade.

Afinal ele era um monstro e as pessoas lhe tratavam como tal...

"Eles tem razão... Eu sou um monstro..."