Capitulo 4

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— Lembra daquela vez que você ganhou aqueles balões do seu porteiro e não sabia como desfazer deles é acabou levando eles para meu apê. — eu relembro Bruna daquela cena inédita com ela parada na porta do meu apartamento segurando balões em formato de corações.

Ela gargalha jogando seu corpo para trás e tampando sua boca enquanto eu tomo o último gole do meu champanhe.

— E você me ajudou a estourar todos — diz ela rindo.

— Claro como não, você morre de medo de balões.

Já havia se passado mais de uma hora que eu e Bruna estamos relembrando os bons tempos. Sentada em uma banqueta alta na frente do balcão do bar eu e Bruna ríamos muito e nem nos demos conta que a festa estava acabando.

Eu vi quando seu marido se aproximou de nós, colocou o braço nos ombros de Bruna e falou:

— Hora de ir queria.

— Ah está tão boa a conversa com Lily.

Brito me comprimento sorridente.

— Que bom que minha mulher encontrou companhia aqui em Brasília.

Retribuo o comprimento, é muito boa à ideia de tê-la aqui,  isso já me faz imaginar diversas formas de me divertir.

— Podemos sair para fazer compras amanhã o que acha? — digo sem pensar, eufórica pela opção de uma amiga por perto.

— Meu Deus, compras aqui nem pensar.

— Não precisa ser aqui — ela sorri quando falo e depois olha para o seu marido.

— Claro você tem um jatinho, pode nos levar a qualquer lugar em instantes.

Eu concordo isso é uma vantagem de ser casada com um homem muito rico.

— Que tal irmos a São Paulo amanhã?

Ela se levanta da banqueta e da alguns pulinhos segurando seu vestido azul piscina, seu marido a detém olhando para os lado envergonhado.

— Bruna, menos.

Malditos políticos sempre nos limitando.

Ela para de pular no mesmo instante e fica ereta.

— Querida vou despedir dos amigos e te esperei lá fora.

Ele sai e Bruna segura uma mão minha.

— Estou muito feliz em ver você amiga, amanhã vamos às compras, já estou fazendo uma lista de aventuras em Brasília com você.

Será ótimo!

— Podemos ir à Ong que eu estou organizando para pessoas anorexia.

Bruna franze a testa.

—Omg?

— Sim trabalho para me tornar uma primeira dama.

Mais uma vez Bruna gargalha e depois me olha seria.

Eu estranho sua rápida mudança de humor.

— Vocês são perfeitos juntos, meu Deus como ele te ama.

Desvios meus olhos azuis dos dela, não sei bem se isso é amor.

Porém Bruna o pouco que me conhece sabe que estou insegura.

— Qual é amiga? Ele te ama sim nunca vi ninguém olhar tão apaixonado para alguém desde o dia em que você me apresentou-o.

Me lembro deste dia, e percebo que  eu posso estar nervosa no meio de toda essa pressão da candidatura e vendo coisas onde não existe,  Fred apenas está tenso com tudo isso, que por sinal chegou como uma avalanche em nossas vidas.

Encontro Casual - Retirado 14/03Onde histórias criam vida. Descubra agora