Prazeres Proibidos

Deusa dos cabelos negros

São exatamente 6:00, o despertador toca incansavelmente até que eu o desligue.
Hoje vai ser um dia longo, tenho prova em todo o período escolar e tenho curso pela tarde. Então só me resta a noite pra descansar e ter um tempo de lazer, mesmo que seja curto.
Eu ainda não me apresentei; Prazer, meu nome é Micael. Tenho 17 anos e curso o 2° ano do ensino médio, sou um adolescente normal, daqueles que vai pra balada, festas e enche a cara até cair bêbado em um canto qualquer.
Alguns minutos se passaram e eu fui para o colégio, fui no horário de sempre: 6:30.
O caminho foi normal e entediante como sempre, mesmas pessoas e etc.
Chegando na escola, vejo que o ambiente está diferente, as pessoas estão falando mais do que o normal, parece até que algum aluno novo chegou.
Ando e olho ao redor, na procura de alguém diferente, e quem procura acha.
Lá estava ela, uma menina linda de pele branca e delicada, cabelos negros e olhar penetrante. Acho que ela não é humana, e sim um anjo, cara, ela é tão perfeita, não imagino ela ao meu lado, acho melhor nem tentar me aproximar.
Ela tava rodeada por alguns meninos, daqueles super populares, então não tenho chance de chegar perto nem se eu quisesse.
O sinal toca e eu entro pra minha sala, acabei me distraindo um pouco conversando com um amigo, então cheguei um pouco atrasado
Passo os olhos pela sala e os pouso no meu lugar, em uma das janelas do fundo da sala, e se bem me lembro, tinha uma carteira vazia ao lado.
Porém, há boatos que a partir de hoje, seria lugar de um aluno novo.
Fiquei imaginando quem seria, e só consegui imaginar aquela menina, mas não podia ser verdade, era bom demais pra ser
O professor chega na sala, uns dez minutos atrasado. Percebo que tem alguém perto dele.
Pra minha surpresa era ela... Aquela deusa dos cabelos negros e pele branca como a neve. E ela ia sentar do meu lado, pra surpresa de todos.

Horas depois o sinal para o intervalo toca e eu saio da sala pra me encontrar com meus amigos. Saio e procuro eles, segundos depois os acho. Estão sentados na mesa de sempre, embaixo de uma cerejeira, que está mais bela do que nunca.

– Olá.– diz Ícaro, me cumprimentando
– Oi. –respondo, cumprimentando ele e Arthur, meu melhor amigo.
– Viu aquela gostosa que entrou, Micael?– pergunta Arthur
– Vi sim, ela é uma gata.
– Nós dois reparamos que ela não deu bola pra ninguém quando chegou. Os meninos deram em cima dela e ela os esnobou.
– Sério? Não sabia que ela era assim, meio metida.
– Pois é cara, aparências enganam. – diz Arthur, em um tom debochado
– Ela se senta ao seu lado, não é, Micael?– indaga Ícaro
– Por incrível que pareça, sim
– Não crie tanta expectativa, seu idiota. Mesmo tendo essa fama de pegador, você é muito quieto. – diz Arthur, tendo um ataque de risos logo em seguida
– Cara, eu confio em mim mesmo– retruco

O tempo passa e o sinal toca, hora de ir pra sala. Agora é prova de matemática, que droga.
Minutos se passam e eu termino a prova, creio que fui bem.
Conversei com uns amigos durante o tempo até o sinal de ir embora tocar

O tempo se passou e o sinal pra ir embora havia tocado, e quase todos tinham saído da sala, com exceção de mim e a aluna nova.
Termino de guardar meu material e vou em direção a porta, que dá direto pro corredor, quando ela segura minha mão.

–Seu nome é Micael, certo?
–Sim – respondo de jeito tímido.
– Ouvi falar de você. Boatos que você é quietinho mas tem fama de pegador – diz ela, com um sorriso perverso
–Ah, é que– antes que eu possa terminar, ela pega minha camisa, me puxa pra perto e me beija.

Seu beijo era quente; quente, delicado e hipnotizante. Fiquei surpreendido com isso, pois de todas as meninas que eu já fiquei, a pegada dela é a melhor. Nos pegamos por alguns minutos e paramos antes que alguém pudesse nos pegar

–Pra alguém quietinho, você beija bem, gostoso. Me deixou toda molhadinha
–Eu faço tudo certo, vadia. – respondo com um tom de voz sexy e calmo.
–Adorei você me chamando assim, tenho que ir agora. Nos vemos mais tarde, delícia.
–Ainda não sei seu nome.
–Luna. – responde, pegando sua mochila e saindo da sala.