Oi, meu nome é Alice e eu tenho 16 anos, moro no Orfanato Girassol acho que desde que nasci. A dona do orfanato me contou que fui abandonada totalmente inconsciente dentro de uma cesta, usando um colar com meu nome. Eu uso ele enrolado na minha faca.
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Contaram também que minhas roupas estavam com marcas de sangue, que não era meu pois não havia nenhuma ferida no meu corpo. Eu não faço a mínima ideia de quem o sangue era, mas não me interessa. A dona do orfanato não quis ir a fundo e então deixou essa história pra lá.
Desde que nasci meus cabelos são totalmente vermelhos, igual uma rosa... Ou sangue. Meus olhos são pretos e minha pele é bem clara.
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Eu tenho um prazer enorme em matar as pessoas, é tão lindo olhar nos olhos delas e ver a alma indo embora aos poucos, a luz se apagando... Sem dúvidas é a melhor sensação do mundo. Ontem mesmo matei um garoto daqui mesmo, seu nome era... Hm... Dy... Ah, sim, seu nome era Dylan. Ele era insuportável igual todos aqui são, mas como não posso matar todo mundo de uma vez... Ou posso?
Amigos? Eu não tenho nenhum, afinal quem precisa de um? Não posso negar que aqui no orfanato nunca me faltou nada, mas eu fiquei sozinha durante 16 anos, não vai ser agora que eu vou querer a companhia de um "amigo". Além disso, amigos só sabem atrapalhar.
Eu não tenho interesse em conhecer meus pais verdadeiros, afinal eles não tiveram interesse algum em me criar. Mas não os odeio, sei que tiveram motivos, todos tomamos decisões difíceis que no fundo são para o bem, próprio ou não.
Aqui no orfanato tem uma biblioteca que fica no subsolo, eu sei porque já fui lá. Só tem livros de terror e ocultismo, e se tem uma coisa que me interessa é o ocultismo. Rituais, demônios... Essas coisas me interessam em demasia.
Desde os meus 12 anos eu venho planejando fugir do orfanato, talvez pareça ingratidão, mas eu odeio esse lugar. É horrível ver as pessoas chegando e adotando "os mais bonitinhos e fofos"... Pensou que só faziam isso com os animais? Haha, pensou errado. Por um lado eu amo o fato de nunca ter sido adotada, eu seria uma má filha e com certeza acabaria matando meus próprios pais adotivos. Não suporto gente me bajulando o tempo inteiro.
Em relação a sentimentos, eu definitivamente não tenho nenhum, a não ser o prazer de matar, o resto é resto. Amar é inútil, odiar é perda de tempo e dor só se sente quando se tem um dos sentimentos que falei antes.
Eu tomei uma decisão, que é para o meu próprio bem. Vou fugir hoje à noite, não aguento mais. Sei lá, vou para a floresta, cidade... Não importa. Essa vai ser a minha noite.
