Capítulo 22

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Chegamos no hospital e deixei os pais da Gabi irem até ela, vê-la depois de cinco anos.

Logo a mãe e o pai da Gabi foi ver se o sangue era compatível com o dela para ela receber a transfusão de sangue.

O resultado da compatibilidade saiu logo e a mãe dela foi retirar o sangue para doar para a filha dela.

Milena fica calada a todo tempo no meu colo olhando para a mãe desacordada, ela não falava nada mas por dentro eu sentia que ela estava triste vendo a mãe naquela situação.

Nesse pouco tempo nutri muitos sentimentos com essas duas. Milena conseguiu me cativar mesmo eu sabendo que ela não era a minha filha.

E a Gabi, ah a Gabi, ela me fez eu me apaixonar por ela pela simplicidade dela. Como eu não enxerguei isso a cinco anos atrás?

Eu era muito babaca, não sinto um pingo de orgulho da pessoa que eu era. Muito mesquinho, orgulhoso, nem um pouco humilde. Igualzinho a Rebeca.

Eu tive que perder meu pai para vê que as coisas não são bem assim.

Saio do transe quando meu celular começa a tocar, coloco Milena no chão e vamos andando até o fim do corredor onde tem uma janela.

Pego meu celular que ainda chama no bolso da minha calça e vejo quem está me ligando "Mãezona". Atendo o telefonema da sra Simone.

-Oi mãe.

-Oi meu filho, esqueceu da sua mamãe aqui foi? Estou muito solitária quero vê você. Feliz ano novo pra você também Gustavo, que falta de amor com sua própria mãe.

-To um pouco sem tempo mãe, feliz ano novo para a senhora também.

-Porque você terminou com a Rebeca?

-Mãe eu não terminei aquilo era um casamento e não um namoro, eu me separei dela.

-Amém meu filho, enxergou a pessoa tóxica que ela é.

-Mãe eu tenho muita novidade para te contar.

-Espero que todas sejam boas.

-Eu to namorando - digo rindo lembrando da minha linda namorada.

-Humm, esse foi o motivo da separação?

-Um pouco mãe, não vou mentir.

-E quando vou conhecer minha nova nora?

-A gente teve um acidente de carro ontem mãe, ela está na UTI nesse exato momento estou no hospital.

-Aí meu Deus e você meu filho como está?

-Eu é minha filha estamos bem.

-Filha Gustavo? Que filha que eu nunca soube de filha nenhuma.

-A senhora está em casa?

-To meu amor.

-Vou aí agora.

-Tá bom, tchau.

-Tchau mãe.

Desligo a chamada e olho para a Milena, ela está totalmente abalada. Ela sempre só teve a mãe e a mãe dela está nesse estado agora.

-Filha? Vamos conhecer a sua outra vovó?

Ela balança a cabeça em afirmação.

Vou atrás do pai da Gabriela e acho ele a olhando pelo vidro da UTI.

-Miguel? Eu vou na casa da minha mãe com a Milena, qualquer coisa o senhor pode ligar pra mim - dou meu número a ele.

-Ok rapaz, depois quero vê minha neta direito, vou ficar aqui esperando a Sofia voltar da transfusão. Qualquer coisa te ligo.

-Ok eu agradeço a você Miguel se você fizer isso.

Saio de lá e vamos direto para o estacionamento do hospital. Coloco a Milena no carro e vamos direto para a casa da minha mãe.

Demoramos um pouco para chegar, estava tudo engarrafado.

-Papai a mamãe vai ficar boa?

-Vai meu amor, já já ela está com a gente para te dá bastante amor e carinho.

-Estou com medo da mamãe me abandonar.

-Milena, papai promete que ninguém mais nessa vida vai te abandonar, ninguém mesmo. Nem eu, nem sua mãe, nem sua tia Clarisse e nem seus avós.

-Tá bom papai.

Chegamos em frente à casa da mamãe. Ela continua morando na casa que a gente sempre morou a vida toda. Ela não quis se mudar e nem se desfazer de nada.

Toco a companhia e em poucos segundos a Tina abre a porta. A Tina trabalha aqui a muitos anos, conhece a gente como a palma da mão.

-Oi Gustavo - ela diz sorridente.

-Oi Tina - digo sorrindo - essa aqui é a Milena - a pego no colo.

-Que menina linda Milena é - ela diz pegando no cabelo da Milena.

-Obrigada - ela diz envergonhada.

-Ela é minha filha Tina - ela fica surpresa.

-Filha Gustavo? A filha daquela menina que veio aqui dizendo que estava grávida?

-Sim Tina, felizmente eu encontrei elas novamente, não é o destino? - digo rindo.

-Menino... espero que agora tu tome jeito e cuide das duas direito, tanto da mãe como da filha.

-Nem que seja a última coisa que eu faça da minha vida, mas eu vou cuidar delas com unhas e dentes.

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