Capitulo 19

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-Não acha muito precipitado esse pedido Gustavo?

-Ah Gabi - ele passa a mão pelo cabelo e da um sorriso mais cafajeste do mundo - eu to amarradão na tua.

-Falando assim parece até um adolescente de quinze anos - dou risada.

-E qual é a sua resposta?

-Aceita mamãe! - a Milena grita.

-A nossa princesa tá mandando aceitar - o cara de pau fala.

-Eu vou pensar, posso?

-Não - falam em uníssono.

-Complô é?

-Vai ter que aceitar - Gustavo diz - caso de vida ou morte - ele brinca e sorri. Gosto do sorriso dele, me faz sorrir também.

-Eu aceito - praguejo minha palavras logo quando elas saem da minha boca.

Num estante Gustavo me pega no colo, parecendo um saco de arroz leve e me beija. Era perceptível vê a Milena pulando e batendo palminha.

-Juro que farei vocês duas as mulheres mais felizes da vida!

***

Ficamos curtindo até a Milena cansar e dormir no colo do Gustavo, resolvemos ir para casa dele. Deixei a Milena na cadeira e fui para o banco do passageiro na frente.

Gustavo dirigia atentamente o carro, no som tocava uma musica bem baixa, lenta e triste. Senti um pressentimento ruim.

Ouvir uma zuada estridente de pinel e buzina, senti um baque no carro, até que tudo apagou.

Por Gustavo...

Abro os olhos e olho para trás a Milena está intacta na cadeirinha, ela está chorando.

Olho pra a Gabriela e ela está toda ensangüentada e está desacordada. Pego o celular e ligo para a ambulância. Saio do carro cambaleando e tiro a Milena do carro para acalma-lá.

Mas é em vão, ela continua chorando querendo a mãe, começo a ficar estressado com a demora da ambulância.

O carro não podia sair para lugar nenhum e o carro que bateu no nosso bateu propositalmente no lado da Gabi.

***

Depois de uma hora de relógio a ambulância. A Clarisse já tinha vindo buscar a Milena que só chorava querendo a mãe.

A Gabi ainda estava desacordada. Olho a Gabi ser colocada na ambulância, o guincho já estava guinchando o carro. É incrível como o outro carro que bateu conseguiu sair normalmente.

Parece que foi proposital esse acidente. Entro na ambulância e vamos direto pro hospital. No caminho a Gabi acorda.

-Oi Gabi - dou um sorriso fraco.

-O que aconteceu? - ela olha ao redor.

-O carro bateu - ela arregala os olhos.

-Cadê a Milena?

-Está tudo bem com ela, a Clarisse levou ela pra casa.

Ela suspirou fundo.

-Vai ficar tudo bem tá? - ela balança a cabeça em afirmação e fecha os olhos.

Chegamos rápido no hospital e a Gabi tava começando a perder sangue. Ela foi levada rapidamente pra UTI.

Passou uma hora e nada de notícia da Gabi, já estava impaciente esperando por uma notícia qualquer, andava de um lado para o outro naquela sala de espera.

-Acompanhante de Gabriela Alves? - um médico chama com uma prancheta na mão.

-Sim? - caminho até ele.

-Me siga - ele começa a andar e passar por varios corredores.

Paramos em frente à UTI da Gabi e fiquei a observando pela janela de vidro, estava pálida, branca como papel e desacordada.

-Ela não corre risco de vida, mas fraturou o braço e perdeu muito sangue. O sangue dela é raro e as plaquetas de sangue no hospital está baixa. Você precisa achar um doador urgentemente para ela, ela está necessitando do sangue que perdeu.

-Como vou achar um doador para ela doutor?

-Geralmente a família tem os mesmos tipos sanguíneos, ou a mãe ou o pai dela pode ser o doador. Só comparecer aqui no hospital e vê se o sangue é compatível.

-Tudo bem.

-Acho melhor você ir para casa, ela não vai acordar e ela vai está sendo muito bem cuidada. Você precisa descansar Gustavo.

Eu já conhecia o doutor, ele cuidou do meu pai quando ele estava doente. Confio nele de olhos fechados.

Olho mais uma vez para a Gabi deitada naquela cama de hospital. Se eu tivesse prestado mais atenção, ela não estaria ali, daria tudo para está no lugar dela.

Saio do hospital e vou direto para a casa da Gabi, vê a Milena e conversar sobre a doação com a Clarisse. Chego em poucos minutos e bato na porta, quem abre é a Clarisse.

-Oi - ela me da um sorriso fraco.

-Oi, cadê a Milena? - pergunto e ela me dá espaço para entrar.

-Ela dormiu, depois de tanto ter chorado querendo a mãe. E como a Gabi tá? Como foi isso Gustavo?

-Ela tá bem, só perdeu muito sangue e tem que repor, Clarisse os pais dela são únicos que podem ajudar por conta do sangue, algum dos dois tem o sangue igual ao dela.

-Mas ela nunca me falou nada da existência dos pais dela, acho que nem ela mesma sabe aonde está os pais dela Gustavo.

-Clarisse, a gente tem que achar um doador para a Gabi, o quadro dela pode piorar se ela não começar a receber o sangue.

-Mas Gustavo, eu nem sei quem são os pais dela, nunca nem vi nem foto nem nada.

-Eu vou encontrar eles, nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida.

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