Um corpo forjado de mentiras, que de tanto repetidas se tornaram verdade e grudaram na pele que se solidificou como aço, eu sei o que me tornei e sei o que abandonei, reescrevi minha alma e meu corpo com inverdades, apenas por capricho, achando que isso me tornaria forte, que apagaria minhas dores, que fecharia minhas feridas, mas apenas criei um calabouço no qual o único prisioneiro sou eu, preso pelas minhas próprias escolhas e minhas próprias farsas, por mais que seja uma prisão, eu me sinto seguro e confortável aqui.
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