Capítulo 27

2.4K 152 21
                                    

POV Marco

— Amor? — chamei por Victoria assim que entrei em seu apartamento, como ela não respondeu eu fui até seu quarto e a encontrei chorando em posição fetal — O que foi, minha vida?

— Nada — ela falou rouca.

— Fala pra mim, princesa — puxei seu rosto em minha direção.

— Eu estou perdida, Marco, me perdi em você, não penso mais como eu — ela respirou fundo — eu preciso de um tempo.

— Como assim? — meu coração estava acelerado, sentei na cama, me afastando do corpo dela.

— Eu não me reconheço mais, eu tô perdida em você e a culpa não é sua, Marco, é minha, totalmente minha, eu sinto falta de quem eu sou! Por favor, eu preciso de espaço para me reencontrar comigo!

— Tudo bem, se é o que você quer eu te dou.

Saí de seu apartamento e fui para meu carro, algo estava acontecendo com ela, algo importante, ela parecia com medo, assustada.

Mas se ela precisa de espaço eu tenho que respeitar isso, pelo menos por enquanto, eu sei que não vou conseguir nada enquanto ela estiver daquele jeito.

— Dona Luisa, tudo bem? — cumprimentei assim que ela atendeu o telefone.

Oi, Marco, estou bem e você?

— Mais ou menos — suspirei pesadamente — Você tem conversado com a Victória?

Não, a Vic mal fala comigo, por quê? — demorei um pouco para responder e isso a assustou — Marco, o que está acontecendo com a minha filha?

— Não sei, eu tô tentando entender, hoje ela tava bem estranha, disse que queria espaço, parecia realmente chateada com alguma coisa e eu fiquei confuso com tudo isso.

Olha, Marco, eu adoraria poder te ajudar, mas a Victória é muito mais ligada ao pai, se alguém vai saber te dizer o que está acontecendo com ela, é o Tomas!

— Eu tentei ligar pra ele, mas cai direto na caixa postal.

Então existe a grande possibilidade dele já estar indo para Madrid para ajuda-la a organizar a cabeça, tudo vai ficar bem, Marco, vocês nasceram um pro outro, acredite!

— Obrigado, Luisa — desliguei o telefone e fui para casa.

Vou dar o tempo que Victoria precisa, mas não vou desistir dela, jamais!

Corri para o aeroporto, sabia o horário de chegada dos vôos de Mallorca de cor e sabia que um pousaria em 20 minutos.

Quando as pessoas começaram a desembarcar eu busquei com os olhos pelo meu sogro, ou ex-sogro não sei, e o encontrei após uns cinco minutos.

— Tomas — chamei por ele e quando se virou em minha direção ele me olhou confuso.

— Marco, o que faz aqui? Nem a Vic sabia o horário do meu vôo.

— Eu te liguei e caiu na caixa postal e quando eu vi a Victória hoje, sabia que ela iria atrás de você.

— Como ela está? Quando me ligou parecia confusa e assustada.

— Exatamente assim, ela me pediu tempo e espaço e eu vou respeitar isso, pelo menos por enquanto. Mas vim aqui para ver se você saberia me falar o que está acontecendo com ela, eu odeio quando a Vic me afasta e me deixa no escuro, sem saber o que está acontecendo não da pra eu ajudar ela.

— Eu não posso te falar nada, porque ela ainda não me contou nada, só disse que precisava de mim, mas mesmo se tivesse contado, eu não te falaria, isso cabe a ela, não a mim.

— Okay, acho que vou ter que esperar o tempo dela então. Vamos, eu te deixo lá.

O deixei no apartamento de Victoria, controlei minha vontade quase incontrolável de subir e fui para casa, pensando na bagunça que estava acontecendo dentro da minha garota.

Ainda Sou Eu - Marco AsensioOnde histórias criam vida. Descubra agora