calculus ;

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Quando a carta de amor feita por Rosé acaba por engano no armário de Jennie, em vez no de Lisa. Jennie se recusa a devolver.

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Rosé percebe que ela cometeu um erro muito, muito grave, cerca de dois minutos depois de ter feito isso. É tudo culpa da Joy. Joy e sua inteligência idiota que não estava nem perto de estar certa, mas, na verdade, estava tão errada que ferrou Rosé em um nível que ela dificilmente poderia explicar. Não, tudo o que Rosé pode fazer é assistir a uma garota que definitivamente não é Lisa que abre seu armário. O mesmo armário que, há apenas dois minutos, Rosé havia cuidadosamente colocado um longo texto de três parágrafos na carta de amor.

"Jennie!" Rosé a chama, praticamente colidindo com a garota por causa de sua pressa para chegar até ela antes que Jennie pudesse descobrir todos os pensamentos românticos que Rosé tinha escrito no papel perfumado. "Como está o seu dia? Está muito bom lá fora. Tão legal, na verdade, que eu acho que você deveria ir lá de fora comigo agora. Para ver como é bom. Do lado de fora. Longe do seu armário."

Jennie se vira friamente, as sobrancelhas arqueadas e a boca curvada no que Rosé só pode descrever como presunçosa. Rosé sente o coração sair pela boca.

Ela está fodida.

"Roseanne Park," Jennie praticamente canta, "Eu adoraria ir lá pra fora com você." Rosé, esperta, segura seu suspiro de alívio. "Mas só se você me disser como você acha que meus olhos são uma janela interminável na minha alma que você poderia olhar para sempre e ainda assim nunca saber de tudo."

Rosé sente o rosto corar de vergonha. Isso não estava acontecendo. Em todos os cenários que ela imaginou quando surgiu essa ideia, sua carta de amor terminando nas mãos de uma irritante Jennie Kim não era uma delas.

Jennie tinha o hábito irritante de ser tão desagradável quanto possível com todas as coisas relativas a uma Roseanne Park. Rosé nem sabe como isso começou. No primeiro dia da escola antes do primeiro ano, Rosé estava sentada no assento ao lado de Jennie. Elas se davam muito bem - Rosé até emprestava o lápis para Jennie -, mas de repente, no dia seguinte, Jennie tinha mudado. Sua missão agora era irritar Rosé o máximo possível de todas as maneiras não ameaçadoras possíveis. Chutando e empurrando a cadeira de Rosé, se sentasse atrás dela só para mascar seu chiclete em sua direção porque sabia que nada incomodava Rosé mais do que isso, debatendo com Rosé em cada pergunta que ela respondia até a professora. 

"Olha", Rosé começa, respirando profundamente para se recompor, "como você provavelmente pode dizer, essa carta não é para você. Essa é apenas uma confusão estúpida. Agora posso por favor tê-la de volta para que possamos esquecer tudo sobre isso?"

Rosé está ciente de que ela está basicamente implorando, mas ela está desesperada e quanto mais cedo ela tirar a carta da mão de Jennie, mais cedo ela poderá colocá-la na de Lisa. Naturalmente, no entanto, Jennie nunca facilita a vida de Rosé.

"Não."

Rosé range os dentes. "Como assim não?"

Jennie fecha o armário e se inclina para trás, um braço cruzado contra o estômago enquanto o outro segura a carta de Rosé.

"Eu acho que vou mantê-la."

Rosé estreita os olhos, conta até três para controlar sua respiração. "E por que diabos você quer fazer isso?"

"Preciso de ajuda em cálculo", diz ela parecendo um pouco culpada e Rosé quase se esquece de sua raiva em favor da confusão.

"Ok?"

ONE SHOTS | CHAENNIEOnde histórias criam vida. Descubra agora