Cap. 5

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Após o almoço eu e Amber resolvemos ir para um clube que havia ali perto, imaginei que era o momento certo para obter mais informações. Escolhemos uma mesa que ficava próxima a piscina em uma área coberta e pedimos alguns drinks sem álcool e comecei minha "investigação".

- Então Amber, eu já percebi que você é uma pessoa muito amável e que provavelmente só me contou as partes boas sobre mim. - sorri bebendo um breve gole do meu drink.

- Eu estava evitando falar sobre isso, pois foi muito desagradável passar por isso. - respirou fundo. - Mas você precisa saber, dias antes de você viajar nós brigamos porque eu achei que você estava me traindo com minha melhor amiga na época, agora nós não nos falamos mais. - isso não me surpreendeu, devido ao histórico de mal caráter de Bryan.

- E você confirmou sua desconfiança? - reparei que sua expressão era de tristeza, por se lembrar do acontecido.

- Não consegui. Você ficou extremamente bravo comigo. Para ser sincera eu fiquei com medo de sofrer alguma agressão física, então decidi não tocar mais no assunto e você viajou sem que a gente conseguisse se resolver. E quando não consegui ter notícias suas eu me senti horrível por duvidar de você. - Bryan conseguiu superar minhas impressões dele, como ele poderia ser tão imbecil com Amber a esse ponto? Ele conseguiu manipular ela para que se sentisse culpada mesmo estando certa.

- Amber, - segurei sua mão. - eu não me lembro do que fiz, mas te peço perdão pelo modo como agi com você, que mesmo sofrendo tudo isso ainda me recebeu de braços abertos, literalmente. - dei uma breve risada lembrando do momento em que ela me encontrou na cafeteria e me abraçou fortemente. - Eu não mereço você só pelo fato de ainda estar aqui comigo. - beijei sua mão.

- Eu gosto desse novo Bryan, acho que ele merece uma segunda chance. - sorriu esfregando seu dedão em minha mão.

- Espero que sim. - bebi mais um gole. - Agora me diga, existe alguém na família que não goste de mim de jeito nenhum?

- Sim! - deu risada. - Seu primo, aquele que desceu as escadas e fingiu uma falsa alegria ao te ver. - confesso que não me dei conta de tal falsidade. - Ele acha que você tomou tudo o que era pra ser dele. Quando você assumiu a vice-presidência ele quase teve um colapso e sua avó lhe deu um cargo qualquer na administração.

- Eu podia jurar que ele era o único da família que gostava de mim de verdade. - dei risada, mas internamente eu já havia escolhido o primeiro a ser investigado à fundo.

- Não mesmo. Sua família é parecida com a minha. - suspirou olhando seu copo e depois bebeu um longo gole.

- Eu, sinceramente, espero que não. - percebi sua preocupação no olhar e decidi mudar o assunto.

No decorrer do dia nós conversamos sobre coisas aleatórias, as vezes eu tinha a impressão de que ela estava aproveitando a chance de se mostrar como era de verdade. Eu acabei sentindo mais afeição à ela do que pretendia, talvez fosse só atração, mas eu sabia que era forte para o pouco tempo de convívio.

Quando estava quase anoitecendo ela me deixou em casa e optou por não dormir comigo naquela noite, mesmo eu insistindo. Ao entrar na mansão, Jeff o mordomo, me disse que o jantar já estava servido na sala de jantar. Ao entrar na sala logo avistei meu primo, Christian, ao lado de Justine. Se eu pudesse mataria dois coelhos com uma cajadada só. Ele me olhou com certo ódio, mas disfarçou em seguida.

- Boa noite. - olhei para todos ao redor da mesa.

- Bryan querido, sente-se e jante conosco. - Justine olhou para mim e eu reprimi ao impulso de revirar meus olhos e vomitar ali mesmo. Só de saber que essa mulher que deveria me proteger e amar tentou me matar por puro ódio.

The Same (Em hiato)Onde histórias criam vida. Descubra agora