Pedro •
- Pessoal, vamos ir para a praia que fica aqui perto? - pergunto para Malena e Guilherme enquanto caminhavamos até a minha casa.
- Que praia? - Malena pergunta e tira alguns fios de seus cabelos negros do rosto.
- Tem uma praia aqui perto. Fica a uns quarenta minutos. - falo arrumando a mochila nas minhas costas.
- Vamos qualquer dia, estou mesmo precisando de um bronze. - ela fala sorrindo de orelha em orelha.
- Ok.
Assim que chegamos em casa, fomos recebidos por um maravilhoso cheiro de macarronada.
- Mãe chegamos. - falo alto e jogo minha mochila no sofá. Guilherme e Malena fazem o mesmo.
Fomos até a cozinha e vimos a mesa pronta. Havia uma vasilha grande da cor vermelha, com maionese dentro. No meio da mesa havia um grande pote de vidro, cheio de macarronada com almôndegas. Uma jarra de suco ao lado de um prato grande, onde havia linguiças frita e ovos mexidos.
- Tia, desse jeito eu engordo! - Malena diz exasperada e passando a mão na barriga.
- Então não coma, deixa pra gente que sobra mais. - Gui fala já se sentando na cadeira.
- Guilherme! - minha mãe o repreende e eu rio alto.
- Vim pelo cheiro. - a voz de meu pai se fez ouvir e ele entrou na cozinha com a mão na barriga.
- Crianças. - nos cumprimentou com um aceno de cabeça e já foi atacado a macarronada. Encheu um prato e quando ele ia dar a primeira garfada, minha mãe deu um tapa em sua mão.
- Lavar as mãos, senhor Gabriel. - ela fala e Malena e Guilherme correm para o banheiro.
- Estão fazendo o que aqui ainda? - minha mãe perguntou olhando de mim para meu pai e de meu pai para mim, com as sobrancelhas arqueadas e um mão na cintura.
Meu pai levanta rápido da cadeira e nós dois seguimos até o banheiro.
- Tô morrendo de fome. - meu pai falou do meu lado.
Depois de todos já terem lavado as mãos, fomos pra cozinha e minha mãe estava sentada na ponta da mesa. Meu pai sentou na outra ponta e eu e meus amigos nas cadeiras ao lado. Gui ao meu lado e Malena ao lado dele.
- Pai. - eu chamo meu pai e ele me encara mastigando e esperando que eu continue. - Estou pensando em trabalhar. - falo por fim e Gui e Male abrem a boca.
- Você não nos falou sobre isso! - Male falou parecendo indignada. - Eu achei que melhores amigos falam tudo uns prós outros! - ela coloca a mão na cintura e me olha com a boca aberta.
- Eu me esqueci de comentar com vocês, dramática. - falo e antes que ela responda, minha mãe começou.
- Acho uma ótima idéia, meu filho. - ela sorri com ternura. Sorrio de volta.
- Com o que, filho? - meu pai perguntou por fim e eu o olhei.
- Tem uma balada não muito longe e estão precisando de um barman. - falo e encho minha boca com suco de abacaxi.
- Balada? Mas...
- Querido, Barman. - minha mãe interrompe meu pai infatizabdo a palavra barman.
- Certo, como soube? - ele pergunta e volta a comer.
- Eu queria trabalhar a um tempo e pesquisei. - falo com calma.
- Tudo bem. Já fez a entrevista? - ele pergunta com naturalidade.
- Conversei com a dona do local e ela falou que não precisaria eu fazer uma entrevista e que posso começar semana que vem.
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Por Um Acaso
Romance/ Romance gay / Lucas não admite a si mesmo sua sexualidade e não vai aceitar o fato de estar se apaixonando por Pedro porém, isso muda quando os dois se aproximam cada vez mais. E seu maior medo é que seu segredo possa ser descoberto.