Por Um Acaso

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Último capítulo da maratona!
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Lucas •

Minhas mãos suavam frio enquanto eu esperava Pedro no estacionamento da universidade.

Ele apareceu em meio a várias pessoas e parou, procurou algo com os olhos e quando seu olhar parou no meu, senti vontade de entrar em meu carro e sair daqui o mais rápido possível, mas infelizmente temos um trabalho a fazer.

Enquanto ele caminhava a passos rápidos e curtos até mim, passei disfarçadamente as mãos ao lado das pernas e umedeci meus lábios.

Certo, é apenas um trabalho.

- Oi. - ele falou seco quando chegou perto o suficiente para mim o ouvir.

- Oi. - respondi no mesmo tom, enquanto caminhei até minha porta e entrei no carro. Bati a porta e esperei que ele entrasse, mas ele continuou parado ao lado de fora.

Me inclinei e apertei o botão automático, o vidro desceu lentamente e eu o encarei com as sobrancelhas arqueadas.

- Qual é, vai ficar parado aí? - perguntou com irritação.

- Eu não quero entrar no seu carro. - ele falou totalmente calmo. Meu sangue subiu.

- Vai andando até minha casa? - perguntei, agora irônico.

Ele apenas me encarou com raiva e desviou o olhar.

- Mano, entra logo na droga do carro! - falei alto e ele me olhou.

- Eu. Não. Quero. - falou pausadamente.

- Eu. Não. Mordo. - falo pausadamente também e ele revira os olhos.

- Entra. - falei novamente, tentando segurar a vontade de sair do carro e empurra-lo para dentro.

- Não. - a resposta curta me fez perder a paciência e eu saí do carro.

Avancei nele e o encarei com raiva.

- Qual a porra do seu problema!? - perguntei alto.

- Você! - ele respondeu ainda mais alto e se aproximou.

- Eu quero terminar a merda do trabalho e não ter mais que ficar perto de você, e tenho certeza que você quer o mesmo, então facilita e entra na droga do carro! - gritei e ele me olhou com ódio. Respirou fundo e assentiu.

- Só por que eu quero terminar essa porcaria de trabalho e não ficar perto de você! - falou alto e entrou no carro, batendo a porta com força.

Entrei no carro e sai do estacionamento sem olhar pra cara dele.

O caminho todo foi em um clima tenso e um silêncio patético. Minha frustração é grande e a única coisa que eu quero agora, é tomar um banho e dormir.

Quando enfim chegamos em minha casa, apertei o botão do controle remoto pendurado no banco do carro e o portão se abriu lentamente.

Adentrei minha casa e estacionei o carro na garagem. Sai do carro batendo a porta e esperei Pedro sair. Ele saiu depois de alguns segundos e me surgiu até o hall da entrada.

- Filho! - minha mãe veio até mim com um sorriso simpático. - Olá, querido. - beijou meu rosto e eu apenas sorri para ela. - Vejo que temos visita... - ela olhou para Pedro e ele sorriu, tímido.

- Olá. - sua voz saiu doce.

Franzi a testa.

- Olá, sinta-se a vontade. - ela sorriu docemente para ele e voltou sua atenção para mim. - Ofereça algo para ele tomar ou comer, estou no escritório com seu pai. - ela falou e se retirou vagamente.

- Desde quando você tem uma voz doce? - pergunto fingindo incredulidade e ele revira os olhos, indo até as escadas.

- Ei! Como sabe que meu quarto e pra cá? - pergunto o seguindo.

- Provável. Conhece essa palavra? - ele pergunta irônico.

Resmungo um "hum" e sigo até meu quarto.

Abro a porta e dou passagem para ele passar. Ele adentra o quarto e eu faço o mesmo, em seguida, fechando a porta atrás de mim.

- Vai falar nada do meu quarto não? - pergunto em tom de brincadeira.

- Achei normal. - ele diz, sem ânimo.

- Você é sem graça! - falo e me sento na cama.

- Vamos terminar logo. - Pedro fala, ainda parecendo sem ânimo.

- Mas nós nem começamos. - destaco o óbvio e ele revira os olhos. Dou de ombros e me concentro em fazer o trabalho.

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Não ficou tão bom, mas o próximo será melhor e maior. Eu garanto 🙆❤️

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