Capítulo 16 - Desculpas Esfarrapadas e o reencontro inesperado...

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- Não vai me dizer Turner? - pergunto calmamente.
- Você me seguiu? - Ele pergunta se levantando visivelmente irritado.
- Na verdade não. Foi um amigo da Serena que te viu sem querer na porta da taberna e me contou. Por acaso o vinho do Castelo é tão ruim a ponto de você ir beber cerveja em uma taberna frequentada por ladrões e piratas? - pergunto também me levantando.
- Piratas? - diz ele engolindo seco.
- Sim… eles nunca tinham vindo até Londres antes. Parece que chegaram a 2 meses mas não saquearam nada ainda. - digo me aproximando dele. - Você não sabe nada sobre isso não é Turner? Eu não gostaria de ter que prender você…
- E-Eu? Claro que não… - Ele diz colocando a mão no pescoço.
- Acho bom… Eu nunca confiaria em um ladrão. - digo sabendo que se ele estivesse escondendo algo reagiria.
- Você não confia mesmo em mim não é… - Ele diz me encarando.
- Confiar eu confio. Mas não sei por onde você andou esse tempo todo… Algo não se encaixa Turner e se eu descobrir que você está me enganando pode apostar que eu vou acabar com você! - digo me virando.
- Por que eu te enganaria? - diz ele se aproximando e pegando no meu braço.
- É o que eu estou tentando descobrir! - digo puxando meu braço e em seguida pegando minha mochila. - Vamos! Temos que chegar no interior da floresta ainda hoje!
- Tudo bem. - Diz ele me seguindo.

Depois de 15 minutos chegamos a uma clareira no meio da floresta. Dava para ver o céu completamente. A lua e as estrelas estavam começando a surgir.

- E agora? - diz Turner colocando a mochila perto de uma árvore.
- Esperamos eu acho… - digo pegando meu casaco na bolsa.
- Está frio… - diz ele cruzando os braços para se aquecer.
- Sim… frio demais para o verão não acha? - digo me virando e pegando meu arco.
- Eles devem estar aqui. - Diz ele pegando a espada de cabo azul que Diana havia lhe dado.
- Com certeza! - digo pegando uma flecha e mirando no escuro. Em seguida atiro ela e para minha surpresa acertei alguém. Ou quase…
- Aiii! Essa foi por pouco! - grita uma voz feminina no meio do breu.
- Quem é você? - digo me virando para pegar mais uma flecha mas, sou interrompida por alguém que segura meu punho e me puxa pra um arbusto.
- Mike!!! - grito antes que eu apagasse de vez.

Não lembro de nada durante o período que estava apagada. Só de parecer ouvir minha mãe me chamar… Mas então lembrei que ela não estava mais viva.

- Mari? - diz a voz me chamando novamente.
- Mãe? - pergunto ainda meio zonza.
- Quase isso… - diz uma mulher de cabelos castanho escuro longos e olhos de mesma cor.
- Como assim? - pergunto querendo me levantar.
- Parece que a minha irmã conseguiu mesmo esconder você a vista de todos Marissa. - Diz ela com um sorriso.
- Irmã? Tia Clarissa? - digo em choque.
- Não é que você lembra de mim! - diz ela sorrindo mais ainda.
- Você estava morta… - digo me afastando.
- Pelo visto você não sabe ainda… - diz ela ficando mais seria.
- Saber o que? - digo me levantando e me afastando ainda mais.
- O que você é querida… Parece que você ainda não sabe o que é. E isso, pode ser um problema...

Continua….



The Blue Wave [PARADA E EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora