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Depois de algumas horas, Hanna finalmente pode iria falar com seu pai.
Já faziam pelo menos quatros horas que seu pai estava sendo interrogado.

Hanna seguiu pelos corredores da delegacia, acompanhada por um guarda. Ele abriu uma porta e ela pode enxergar o pai. Ela saiu correndo pra abraçar o mais velho que retribuiu na mesma intensidade.

—Hanna-ya, o que você está fazendo aqui? Não é lugar pra você — ele assim que o abraço se desfez.

—Appa, eu não tenho pra onde ir, você precisa sair logo.— ela disse e sentiu escorrer uma lágrima.— Eu disse que você é inocente, mas ninguém acreditou em mim.

—Hanna-ya vá pra casa do Hyukjae ou das suas amigas. Eu não posso te ajudar aqui dentro.— o mais velho disse.

— Appa, mas você não vai demorar sair. Vai provar que é inocente. Eu sei— Hanna diz escondendo os fatos de mais cedo.

—Hanna... eu não vou sair daqui. Não tão cedo.

—Appa você e inocente, não vai demorar pra sair— ela diz se desesperando.

—Hanna.. eu.. eu não sou inocente, e ainda vai descobrir outras coisas... Hanna não me odeie... eu te amo.— ele diz segurando o choro.

—Appa não diga coisas sem sentido— Hanna chegava a soluçar enquanto falava.

—Hanna me escuta. Sua escola está toda paga. E na sua conta do bando há dinheiro pra pagar sua faculdade, mas você só pode mexer nesse dinheiro assim que terminar a escola, foi uma exigência minha. — nesse momento um agente entra na sala falando que está na hora de Hanna sair.— Minha filha, tudo o que eu fiz não tem perdão, mas não me odeie.

O agente começa a puxar Hanna que não queria sair da sala. Ela estava chorando desesperada e se debatendo contra o agente.

— Eu te amo Hanna.— foi a última coisa que Hanna conseguiu ouvir antes da porta ser fechada.

Hanna não conseguiu sair de imediato da delegacia mas assim que saiu ele deu um grito bem alto liberando todo o seu sofrimento.

Ela chorava descontroladamente todos que passavam ali ficavam observando a garota.

Quando ela finalmente criou coragem, saiu andando sem rumo. As lagrimas ainda borravam a sua visão.

Hanna andou várias quadras e já nem sabia onde estava.

Um rapaz bem vestido se aproximou dela de forma lenta e perguntou.

—Moça você poderia me dizer onde fica a... me dê a mala se não você está morta.— o homem disse a ultima parte como um sussurro e pegou a mala da mão de Hanna a deixando paralisada.

Hanna não tinha mais forças pra gritar, correr ou lutar, então apenas caiu sentada na calçada ralando o joelho direito.

Mesmo com a dor Hanna voltou a andar, mesmo não sabendo para onde ir. Por fim ela acabou chegando em uma pracinha e se sentou no primeiro banco que viu.

Já estava de noite e Hanna estava morrendo de fome, visto que ela não tinha terminado de almoçar.
A única coisa que ela tinha era seu celular. Nenhum dinheiro.

Hanna apenas se sentiu pior e voltou a chorar quando as gotas de chuvas atingiram seu corpo.
A chuva começou a cair muito grossa e logo a acastanhada estava tremendo de frio.

Ela mal notou que um carro tinha parado próximo à ela.

—YAH VOCÊ VAI FICAR DOENTE SE FICAR NA CHUVA— Hanna ouviu a voz no meio da chuva e virou para o local se deparando com um carro preto.

—SE EU FICAR DOENTE, POSSO MORRER LOGO— foi a única coisa que ela disse. O dono da voz desceu do carro e assim que chegou perto da garota, colocou seu casaco ao redor dela.

—Você não pode morrer, toda vida é precio... Uoa, você é Go Hanna— ele parou que estava dizendo assim que reconheceu a garota.

—E você? Vai vir aqui pra me humilhar também? Por que se for, pode ir embora, eu não preciso de mais um.— ela respondeu olhando pra baixo.

—Yah, eu nunca disse isso. Você tem pra onde ir? Eu soube que não pode ficar em casa.

—Não te interessa. Apenas vá e me deixe morrer.

—Você não pode morrer, toda vida é preciosa.— o moreno repetiu a frase que ele mesmo tinha cortado.— Você parece que não tem nada. Me deixe ajudá-la.

—Apenas me deixe como todos, por favor.— Hanna já não tinha forças para discutir e já considerava aceitar a proposta do garoto desconhecido que estava a sua frente.

—Hanna, venha comigo. Você não pode morrer.— ele disse abraçando o próprio corpo por causa do frio.— Está frio, você não pode ficar aqui.

Sem mais forças para recusar, Hanna apenas aceita se levantando e indo em direção do carro com o garoto.
Ela anda de forma lenta por conta da fraqueza que estava sentindo.

Assim que entraram no carro ele ligou o aquecedor pois os dois tremiam de frio.
Ele dá partida seguindo pelas ruas totalmente molhadas.

—Jungkook.— ele diz e ela fica sem entender. — É o meu nome, Jeon Jungkook.

Help-me | Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora