Capítulo 33

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— Pois é, muita coisa aconteceu, mas um resumo pra você entender o problema, estou apaixonada, muito apaixonada e o Luan é um garoto de classe média que mora no meu bairro.

— Seus pais! – Isabel respira fundo – Vou te ajudar.

— Estou contando com isso.

— Primeiro preciso saber toda a história e também sobre esse garoto, não quero minha nenê se envolvendo com uma pessoa má e pior, enfrentando os pais por alguém que não vale a pena.

— Vou te contar tudo. – Júlia levanta – Estou com fome!

— Achei! - Claudio se aproxima
- Sua mãe está me enchendo a paciência, vem comer, agora!

— Já estou indo!

— Larga esse celular um pouco, ok?

— Você devia fazer o mesmo! - Isabel o olha. - Antes de cobrar algo do filho, der o exemplo. Você devia me escutar, se escutasse não seria tão idiota.

— Mãe, não fale assim comigo na frente da minha filha. - ele disse envergonhado.

— Já estou saindo. – Júlia sai.

— Por que sempre fala essas coisas? Sempre me trata do mesmo jeito e depois reclama que não venho ver a Sra.

— Porque você é todo errado, igualzinho o seu pai.

— Meu pai foi um grande homem, o que tem de mau em ser como ele?

— Seu pai era machista, dava mais importância a dinheiro, preconceituoso, infeliz, ele perdia os momentos em família por causa do trabalho, perdia momentos com vocês e....

— Não, mãe! Isso não faço. Podem dizer o que quiserem de mim, mas se tem algo que valorizo é minha filha, a educação dela, segurança, lazer.

— E a felicidade? Quanto tempo da semana você dedica a sua família? Você deixa ela fazer as escolhas dela? Da um bom exemplo de como ser uma boa pessoa? Escuta os ideias dela e os respeita? Ou continua querendo mandar em tudo na vida dela, assim como antes? Quer decidir a profissão dela, escolher com quem ela se envolve e demais coisas? Continua sendo ausente e tirando apenas uma semana de 365 dias do ano para ser “presente”?

— Estamos esperando vocês! – Joana diz chegando – Está tudo bem?

— Escuta sua mãe, Cláudio! Ou vai acabar igual ao seu pai, quando ele sofreu aquele acidente e ficou “inválido” todos viraram as costa para ele, só eu estava lá. – Isabel fala saindo

— Por que vocês estão achando que a nossa filha está triste por minha causa? – Claudio diz muito irritado

— Não sei o que aconteceu entre você e a sua mãe, mas não venha descontar sua raiva em mim. Não disse que você é o culpado da mudança de humor repentino da nossa filha. – Joana diz saindo

No dia seguinte Joana e Cláudio tinham negócios a fazer e Júlia aproveitou para conversar com a avó sobre o Luan.

— Ele me faz bem, é tão MEU, tão perfeito pra mim e se meus pais se impor contra nós dois, vou ter que os enfrentar. Não vou abrir mão disso, do Luan, por causa deles. Vó, durante toda a minha vida sempre os obedeci, mesmo quando doía, também vi como eles tratam pessoas de classes social diferentes e sei como eles vão ficar P da vida comigo e tentar me separar do Luan, mas não vão conseguir, dessa vez eu escolho por mim e não importa o que precise fazer, porque vale a pena, pelo Luan vou enfrentar tudo e todos.

— É fofo e extremamente desesperador. Conheço o meu filho e quando ele descobrir vai fazer um show para te afastar desse garoto e quando ver que não está conseguindo, irá ataca o guri.

— O Luan está tão certo disso como eu.

— Então ele vai cortar os laços com você.

— Não ligo.

— Falar é fácil m....

— A gente fica junto, não importa o que aconteça. – Júlia a olha nos olhos – Fizemos uma promessa, não quebro minhas promessas e sabe disso. Eu só quero fazer com que eles aceitem e respeitem, sei que é quase impossível isso, mas preciso tentar. Esse preconceito tem que acabar, rotular o valor e caráter de uma pessoa de acordo com o status social é ridículo!

— Tento fazer isso a anos com o seu pai, – Isabel suspira – você pode ter sucesso, é a filha dele tem um impacto diferente. Você com toda certeza tem mais chances de sucesso com sua mãe, diferente do seu pai ela não é.... – Isabel faz gestos o que a faz ri – Eu acho que ela é mais questão de influência e você é a melhor parte de ambos, digamos que os filhos são a luz para a escuridão dos pais.

— Estou com medo, receosa na verdade. É que apesar de ter uma noção dos castigos que vou ter que enfrentar e semelhantes, não sei com certeza como vai ser, tanto a reação como atitudes.

— Você pode contar com essa vó coruja. – Isabel sorri de um jeito que transmite segurança, fazendo Júlia relaxar um pouco – Só tem uma condição, tenho que conhecer esse guri pessoalmente.

— Quando for para SP, damos um jeito nisso. – ela sorri e chega mensagem da Taty Júlia ri

— Decidi que só vou a escola quando você for, essa escola fica insuportável sem você. Como cabe tanta gente falsa em um espaço tão pequeno? – Isabel ler a mensagem – Essa amizade é a mais linda que já vi.

— Que continue assim, amém. – Júlia pega o celular – Oi, bebê! Sei que você não vive sem mim, mas não pode faltar uma semana inteira de aula. Com quem eu pegaria a matéria? – ela gravando áudio

— Sem contar que não pode perde aula atoa. – Julia envia assim que a avó termina de falar.

— Vou andar pela fazenda.

Uma semana depois

— Achei que as mulheres que se atrasavam. – Júlia diz impaciente na entrada do parque de diversão. Ela e a taty estava esperando os garotos.

— Sei que está morrendo de saudades do princeso, mas eles nunca vieram pra esse lado da cidade e usam transporte público, não carro.

— Já estou até com fome! Vamos ali comprar cachorro quente.

— Eles chegaram e estão com as irmãs. – Taty fala engraçado – Por que estão trazendo as irmãs?

— Cala a boca! – Rian estava discutindo com a irmã

— Você não manda em mim.

— Eu vou m....

— Chega, estão assustando as meninas. – Luan fala ao ver as meninas olhando

— Oi! - Bruna sorri.

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Votem e comentem muito, só assim irei postar capítulo novo amanhã.

Convida alguém para ler a fanfic e leam também a minha história Na riqueza e na pobreza. ❤️

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