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9306 leituras, 869 votos e 190 comentários :) nao acredito que já cheguei ao 30º capitulo OMFG

Se conseguirem chegar aos 200 comentários e 900 votos eu posto o próximo capitulo :)

SERÁ QUE CONSEGUEM?

Obrigado por todo o apoio que me têm dado meninas :3 e pelos comentários que tenho recebido.

Vou dedicar este capitulo a uma menina que disse que estava sempre a vir ao computador de hora a hora para ver se eu já tinha actualizado a fic ;)

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Ellie Goulding – How Long Will I Love You

How long will I love you?

As long as stars are above you

And longer if I can

How long will I need you?

As long as the seasons need to

Follow their plan

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Sophia POV’s

Eu não queria que isto estivesse a acontecer não agora, nem nos próximos tempos porque eu não estou preparada para isso. Não quero vê-lo, nem falar com ele.

Não culpo nenhum deles por eu ter saído daquela casa, mas a verdade é que eu não consigo olhar na cara deles sabendo que os desiludi e que destrui a família que antes eles eram.

"Nós temos que falar, tu sabes disso Sophia" disse por entre o bocado da porta que ainda estava aberta, e eu não sei como mas quando ele falou um soluço sai da minha boca e dei conta que as emoções que tenho tentado esconder vieram ao de cima.

"Não temos nada para falar, ficou tudo muito claro, volta para a tu vida que eu volto para a minha. Tu não precisas de mim nem eu de ti, como se nunca nos tivéssemos conhecido. Eu sou um aborto mal feito, lembraste?" perguntei e tentei a todo o custo fechar a porta porque eu não queria falar com ele.

Mas ele não me deixou fechar a porta porque tem obviamente mais força que eu, em vez disso fez força na porta desequilibrando-me e entrou fechando a porta atras de si.

"Eu não me vou embora quer tu queiras quer não" disse decidido

"Vai embora eu não vou falar contigo" murmurei chateada

"Por mim tudo bem, não falas mas ouves" interrompi-o

"Não, sai daqui. Já fizeste estragos suficientes na minha vida, não preciso de mais. Só vieste aqui porque o Niall vos disse que eu tinha um problema de saúde, vieste aqui porque não querias que eu morresse porque senão ficavas com a consciência pesada, não era Louis?" gritei e nem lhe dei tempo de responder porque fui para o quarto e tranquei-me lá dentro

Tudo aquilo que eu não queria que acontecesse desde que sai daquela casa, acabou de acontecer, eu não sei como eu ainda choro, não sei como é que depois de tantas lágrimas derramadas eu ainda consigo chorar, sim porque não tenho feito outra coisa desde a morte do meu pai.

A morte do meu pai.

Ele agora sabia de tudo, ele e todas as outras pessoas que leram a carta. Mais outra razão para eu não conseguir falar com ele, ele tratou-me mal mesmo sem me conhecer e eu não preciso que ele me comece a tratar bem por pena.

…..

Eu não sei se ele já foi embora ou não, mas pouco me interessa…vou ter a consulta agora são quase 17h por isso vou apanhar um táxi para o consultório do psicólogo.

Sai do quarto e está tudo silencioso, vou até á sala e olho para todos os lados e não vejo ninguém, abro a porta para sair, e vejo o Louis deitado a dormir no chão, por muito chateada que eu possa estar com ele eu era incapaz de o deixar ali assim. Voltei atras e fui buscar um cobertor e uma almofada.

Fui até ele outra vez e levantei-lhe um pouco a cabeça, o suficiente para conseguir por a almofada por baixo dele e cobriu-o com o cobertor, voltei ao meu caminho e quando ia a chegar ao portão voltei a olhar para atras uma ultima vez para ver se ele estava bem.

Eu não consigo ser uma pessoa fria por muito tempo pelos vistos, simplesmente não é quem eu sou…

Quando cheguei ao consultório, entrei e a assistente disse-me que eu podia entrar que o psicólogo já estava á minha espera, assim o fiz. Assim que entrei deparei-me com um homem com cerca de 50 anos, cabelo grisalho e barba  a olhar para mim com um sorriso, por muito que me custasse fazer um sorriso agora, o senhor não tinha culpa por isso sorri-lhe de volta também.

"Boa Tarde Sophia" sorriu outra vez e mandou-me sentar "O que te traz aqui?"

Encolhi os ombros. Se pensa que eu vou confiar assim em si está muito enganado

"Bem, já me tinham avisado que seria difícil falar contigo mas não pensei que fosse tao difícil" disse com a testa enrugada

"Para eu falar, eu tenho que confiar" disse simplesmente

"Bem visto, bom ponto. Confesso que não estava á espera, és uma rapariga esperta. Tu não tens que desconfiar de mim, já viste como era a tua vida se desconfiasses de todos os que te rodeiam? Tens que deixar-te ir porque confiar também faz parte da vida. "

…..

O meu caminho de volta a casa está a demorar muito mais tempo do que o caminho até ao psicólogo, se calhar por o simples facto de eu ir a 2km/h ou porque eu já parei 50 vezes desde que sai do consultório, eu não sei mesmo. A única coisa que eu sei é que não quero  encarrar o Louis.

‘Falaste cedo e mais’ atirou o meu subconsciente quando vi o Louis á minha frente a dobrar o cobertor

"Hey" deu um sorriso "Obrigado por isto" apontou para o cobertor

Eu não respondi, simplesmente entrei em casa e deixei a porta aberta. Não sei o que me deu sinceramente mas acho que por hoje eu estava farta de discussões e se tivesse mais uma o meu estado psicológico era capaz de ir abaixo, de novo

Fui até á sala e sentei-me á janela, eu costumava ir para ali nos dias de chuva quando era pequena. O meu pai costumava dizer que ali era o meu refugio de inverno. Mas olhando para trás, acho que este lugar não era só um refugiu de inverno era um lugar de velhas memórias e agora é um refugio mas não é só o meu refugiu de inverno.

Sinto alguém a sentar-se ao meu lado e nem olhei porque eu sabia quem era, só não estava preparada para o enfrentar.

 

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Anaxx

Abandoned || H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora