Para Camile, que recentemente veio até mim dizer que estava apaixonada pelos painhos e o quão fofo achava a diferença de alturas entre eles. Eu fico muito feliz de saber que agora você, uma pessoa que gosto tanto, faz parte do clubinho de filhotes desse casal. Aproveite a leitura porque é de coração, assim como todo mundo, BOA LEITURA! <3
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Por mais que ele estique as mãos o máximo que consegue, ainda não é o suficiente para alcançar a lâmpada quebrada. Faz mais de vinte minutos que Kihyun chegou em casa, tirou as roupas suadas e voou para a cozinha, a fim de preparar o jantar, porém, em meio ao processo do cozimento da sopa de algas, a lâmpada que iluminava todo o cômodo deu seu último suspiro de vida e partiu para o além, deixando o Yoo sem claridade nenhuma para terminar o que havia começado e sujeito a passar vergonha na frente de Pinky, sua cadelinha, que olha para a cena provavelmente achando engraçado seu dono ficando na ponta dos pés em cima de uma cadeira para puxar algo tão alto.
— Porcaria de casa alta em que tudo precisa ficar tão longe de mim! — Kihyun resmunga, impulsionando o corpo mais um pouco, mas sem sucesso novamente. Pinky late, zombando. — Oras se está achando ruim, por que você mesma não vem aqui consertar isso?! — E então ela se cala. Kihyun estranha, direcionando a lanterna do celular para o local que a Golden Retriever estava antes da eletricidade morrer e a encontra deitada e quieta na porta da cozinha. Ele respira fundo e abaixa os calcanhares, tendo todo o solado colado no estofado da cadeira. — Desculpa, meu amor. Eu não queria brigar com você, mas fico indignado porque essas coisas só acontecem comigo!
Ela choraminga e Kihyun sabe que está perdoado. Sorri e então toma todo o cuidado do mundo para descer da cadeira, colocando um pé de cada vez no chão, iluminando o que podia com a lanterna do celular. Mexe um pouco da sopa e anda até Pinky, abaixando-se: — Fique aqui, eu vou até as coisas do papai pegar umas velas. Qualquer barulho suspeito que ouvir, me chame! — Ela levanta as orelhas e este é o sinal de que realmente entendeu o que deve executar; Minhyuk fez um ótimo trabalho adestrando-a antes mesmo de pensar em dá-la de presente para Kihyun.
As "coisas do papai" não ficam muito longe, Yoo tem apenas de passar pela sala para entrar no corredor, a primeira porta sendo o quarto, a segunda o banheiro e então onde está o que ele procura. Na sala de pintura de Hyunwoo ele pode ver a eletricidade novamente e liga o interruptor, dando de cara com a bagunça do Son. Kihyun respira fundo, ele não irá mais limpar nada porque foi o que prometeu ao marido desde que se mudaram e todo o material de Hyunwoo parou naquele cômodo.
É, marido.
Há dois anos, um relacionamento por acaso criado durante a exposição ao ar livre do mais velho junto ao melhor amigo de Kihyun, Lee Minhyuk. É uma longa história, mas o Yoo tem orgulho de ter tomado a iniciativa e parado Hyunwoo no meio de sua apresentação para tirar umas fotos; os olhares foram além da lente de sua câmera e hoje exibem as fotos do casamento com direito a lua de mel em Los Angeles por toda a casa.
Hyunwoo é pintor, assim como Minhyuk, mas ele é um grande colecionador. Sim, tudo que ele vê pela frente, significa que pode precisar para inspiração e traz tudo para seu pequeno cantinho sujo de tinta. "É engraçado porque ele odeia bagunça, mas é casado com o príncipe do lixo", palavras de Changkyun, "O que as pessoas não fazem por amor, filhote?", palavras do Son.
Yoo empurra algumas coisas com o pé para chegar ao armário do marido e abre uma das gavetas, pegando o que precisa. Velas. Ele as usará enquanto não consegue pegar a lâmpada queimada e trocar por uma nova.
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na ponta dos pés ✧ showki
FanfictionA diferença de altura não é um problema para Kihyun e Hyunwoo, não mais. São proporcionais em diversas outras formas: um provoca enquanto o outro se ofende; um ensina enquanto o outro aprende; um ama enquanto o outro corresponde. 𝐎𝐍𝐄 𝐒𝐇𝐎𝐓. 𝐂...