My all and more

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Boa leitura anjos

Me levantei e abri a porta. Eu estava certo sobre quem era.

-Olá-seus olhos foram ao chão, e voltaram a me olhar- É que, eu não gosto muito de chuvas fortes. Na verdade, os relâmpagos e trovões que me dão medo.-suas bochechas estavam coradas- Será que... é... que

-Tudo bem, pode ficar aqui.-disse voltando para a cama e me deitando na mesma.-feche a porta.

Ela entrou, fechando a porta atrás de si, e se sentou na beirada da cama, olhando os relâmpagos pela janela.

-Pode deitar. Eu não mordo-estava com os olhos voltados para o teto do quarto. E senti seu peso sobre a cama conforme ia se deitando ao meu lado.

-Esta tudo bem com você?-sua voz era baixa

-Esta.- respondi seco

-Desculpe te incomodar. Acho melhor voltar pro quarto-ela ia se levantar

-Fique.

Ela se deitou novamente, se encolhendo um pouco mais. Eu estava irritado, confesso. Mas não era por sua presença, era pela sua falta de noção. Se eu não tivesse visto ela sair com o Mark. A essa hora ela estaria enrolada nos lençóis dele, e amanhã ele simplesmente daria um tchau e nem se quer perguntaria pelo nome dela. É isso que ele sempre faz.

-É que. Eu estou irritado com a sua falta de responsabilidade.

-Como?

-S/n-virei meu corpo de lado, de forma que fiquei de frente pra ela- se eu não tivesse impedido o Mark de te levar para a casa dele. Você tem noção de onde estaria agora?

-Eu sei-ela abaixou a cabeça- Eu fui irresponsável, mas é que, eu não estava muito bem.

-É, mas se eu não tivesse feito nada, você estaria pior, acredite.-virei meu corpo encarando o teto novamente.

-Se você se sente tão arrependido de fazer oque fez. Porque não me deixou ir, então.

Virei meu corpo novamente pra ela. Ela realmente disse aquilo. Como ela pode distorcer as coisas dessa forma. Eu não disse que me arrependo.
Ah essa garota.

-Eu não disse que me arrependo, não distorça as minhas palavras. Eu só estou falando sobre sua falta de responsabilidade.

-Mas você fala de forma que parece que se arrepender.

-Mas eu não me arrependo. Não pense assim. Se eu não quisesse fazer o que eu fiz, você estaria na cama dele agora.

-Tem como parar de me lembrar isso?

-Não. Não tem, porque era exatamente isso que estaria acontecendo. Sabe, não tem problema as pessoas fazerem isso, porque é a vida delas, e elas fazem o que bem entenderem. Mas s/n, você estava bêbada, ele estava te levando sem você ter a menor consciência disso. E quando chegasse lá, ele iria te seduzir até você aceitar. E quando aceitasse ele iria fazer o que bem quisesse. Ele não te obrigaria a nada, mas ia te induzir até você aceitar.

-Eu sei. Obrigada por ter feito alguma coisa. Me desculpe pela minha falta de responsabili...-um relâmpago acende o quarto por completo e interrompe sua fala.

E quando eu vi, ela estava agarrada ao meu corpo, escondendo seu rosto em meu pescoço.
-Aaah, eu odeio isso.-disse com o rosto ainda escondido em mim

Eu ri. Eu estava bravo, mas depois disso é difícil não rir. Ela tirou o rosto do meu pescoço, mas seus braços ainda estavam ao meu redor. E mais um relâmpago caiu, e ela me apertou um pouco mais.

Como forma de fazer com que ela se sentisse segura, abracei ela com um de meus braços, e com o outro, fiquei acariciando suas costas.

-Mas como eu disse. Me desculpe.-ela disse outra vez- Me desculpe também por estar te agarrando dessa forma. Mas acho que não consigo me controlar.

-Não se preocupe. Descanse.

-Onde estão seus pais?- ela levantou o rosto pra mim- Jimin eles me viram?-seus olhos estavam arregalados-Ai meu Deus e se eles verem a gente, eles vão pensar outras coisas.-ela se sentou na cama e me olhou esperando uma resposta.

-S/n. Calma, meus pais não estão em casa. Eles tiverem que viajar hoje, vão voltar só na segunda. Ninguém vai pensar nada. Agora dá pra você descansar e me deixar dormir também?.-respondi irritado, pra que tanta preocupação. Ela não poderia apenas deitar e dormir?

-Durma.- a puxei novamente pra cama

Virei meu corpo pra o lado contrário, e meu rosto estava virado para a parede. Ela se mexeu um pouco na cama, acho que ela também estava de costas pra mim. Outro trovão ecoou pelo quarto, e eu senti seu corpo tremer na cama.

Me virei novamente, ficando de frente para suas costas. Passei meu braço por sua cintura, e a puxei delicadamente para mais perto. Senti seu corpo relaxar e sua respiração ficar mais lenta. E assim, eu também peguei no sono.

Acordei com s/n se debatendo na cama, como se quisesse se livrar de alguém. Fiquei um pouco sem reação, ela ainda estava de olhos fechados.