Capítulo 5 |Eu não costumo ter muito juízo

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Minutos depois, por puro milagre do todo poderoso, eles deixaram o assunto de Alice de mão e passamos a passar falar de futebol, os três esparramados na sala agora limpa, imaculada, e... puta merda, esquece isso, homem. Para minha alegria, a campainha tocou, e só podia ser o sacana do Ricardo.

Quando abri a porta para recebe-lo, a visão quase me faz ter uma síncope de surpresa. E irritação. Sim, foi a primeira coisa que subiu pela minha espinha e fez o meu sorriso transformar-se em um apertar de dentes. Era séria aquela porra ali? 

Ricardo estava parado à entrada, aquele sorriso de lobo mau característico dele, que eu conhecia bem, a mão sobre o ombro delgado de ninguém menos que Alice, parada ao seu lado, como a porra de uma miragem que eu tinha conjurado pra ir embora e não tinha rezado o suficiente. Pena pra ele que aquela história ali não era a da Chapeuzinho, a mocinha era outra e ali o lobo não iria comer ninguém.

Mas o melhor de tudo, além disso, era a forma como ela estava, veja só, à vontade com Ricardo, ele estava segurando o seu ombro, o corpo colado ao dela e ele a tinha visto a o quê? Cinco segundos? Mas o golpe maior não foi esse. Não, ela estava lá em uma outra calça jeans colada e camisa branca, e estava... sorrindo. Sorrindo com os lábios cheios e amplos e os dentes à mostra como se Ricardo fosse engraçado. A porra de um sorriso maravilhoso quando ela mal abria a boca pra falar comigo.

— Olha só o que encontrei no elevador, rapazes. A Alice, não é esse seu nome, querida? Ela disse que estava vindo para cobertura e me permitiu escoltá-la até aqui. Escondendo suas amigas de nós, Marcos?

Olhei entre os dois, e exalei fundo. Eu nem tinha que estar irritado, mas foda-se, estava mesmo, e daí? Ela só era reservada comigo, ao que parecia. Ótimo. Ótimo, não era isso que eu queria quando ela saiu pela manhã? Admirar mas deixar quieto? Perfeito, então.

— Ei, Ricardo, entra aí, cara. — eu disse, por fim, cedendo espaço na porta. Meu olhar não abandonava-a, e aquela mão de Ricardo ali era interessante, pensei, pondo as duas mãos nos quadris e observando a cena. Eu só ia observar.

MARCOS - Série Avassaladores Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora