Juliano vila -lobos

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Não consigo dormir ,minha mente está um tuverlinho, essa menina mexe profundamente comigo de uma maneira que não consigo entender. Amanhã a levarei para fazer compras, é uma maneira de me desculpar por minha atitude horrível com ela, tentarei controlar meus nervos não posso perder o controle assim. Tardou mas o sono me venceu ,um sono turbulento e  confuso.
Os raios de sol vieram me saudar, me levanto , esfregando os olhos. Tomo um  banho e visto uma calça jeans, uma botina preta e uma blusa de algodão branca com uma jaqueta jeans . penteio meus cabelos e coloco meu  chapéu favorito de abas largas.
Quando eu desço ,laurinha e flor estão terminando seu café da manhã.
-Bom dia! !!!!
-bom diaaa
Laurinha largou o café e veio correndo em minha direção, eu a peguei no colo e rodopiei ela no ar, seu sorriso contagiante ecoando pela sala. Coloco ela no chão e me sento a mesa me servindo de um farto copo de leite e bolo.
-Renata. ...
Em minutos ela vem com um sorriso nos lábios ,devo admitir que ela é bonita mas não me simpatizo com ela,todo mundo sabe que ela gosta de mim, apesar de eu acreditar que tudo não passa de implicância.
-Me chamou patrão?
- Faça um omelete para mim?
-Agora senhor
Ela volta para cozinha rebolando, sorrio ao me lembrar de suas várias investidas falhas.
Eu olho pelo canto dos olhos Maria flor,ela está fazendo aviãozinho com o mingau de aveia e colocando na boca de laurinha.
-Que milagre você está fazendo? indago
-Como assim?
sua voz soa extremamente baixa
-você conseguiu fazer laurinha comer mingau,coisa que venho tentando desde que ela nasceu.
-Tenho meus truques
Dito isso ela sorri, percebo que faz pequenas covinha na sua bochecha, me pego pensando o quanto fofa ela é.
Renata me traz omelete, e depois de tomarmos o café, partimos para a cidade para as benditas compras. No banco de trás do saveiro, minha filha e flor vinha cantando uma  cantiga de roda qualquer. Olhando pelo retrovisor me pego sorrindo, elas são lindas juntas.
Quando chegamos na cidade, flor cola o rosto no vidro e fica olhando encantada a cidade, estaciono de frente a uma lojinha de roupa . Elas descem saltitante na calçada, eu logo atrás delas, adentramos na loja. Parecia o paraíso para flor, ela olhava tudo encantada. Uma vendedora aparece.
-Posso ajudar?
-Queria roupas para essa mocinha aqui.
-vem comigo
Maria flor me olhou ,eu fiz sinal para ela ir . logo elas sumiram detrás de cortinados. Ficamos eu e laurinha sentados num puf. Minutos depois flor aparece trajando  um vestido azul marinho que  alcançava seus joelhos.  Ela desfila sorrindo, e fazendo poses como se tivesse alguém tirando fotos.
-E aí, gostaram?
Laurinha ficou batendo palmas e eu sorri da animação dela.
-Ficou bom
Ela sorriu e sumiu novamente atrás do cortinado,depois disso ela experimentou umas trinta  peças de roupas, depois foi a vez de minha filha.
Quando saímos de lá já passava das onze, eu estava estressado ,não podia imaginar que mulheres pudesse demorar tanto tempo dentro de um provador.
-Estou com fome papai
-vamos ao um restaurante.
-Ebaaaaa
Entramos no primeiro restaurante ,não estava com ânimo para procurar outro, fizemos nossos pedidos e comemos em silêncio. A volta para casa foi mais silenciosa ainda,laurinha  veio dormindo no banco de trás.
-Eu vou levar laurinha para o quarto e venho te ajudar com as sacolas de compras .indago
-Tudo bem
Eu subi as escadas e depositei minha filha na cama, sai devagarinho para não acordar ela, encontros flor na escada com duas sacolas.
- são as roupas de laurinha
- Me dá aqui eu vou por no quarto dela.
Peguei e voltei para o quarto colocando sobre a mesinha.
voltei até o carro e peguei o restante das sacolas levando para o quarto de flor. Bati na porta e ouvi um """entre ". Entrei encostei a porta, ela estava sentada  no meio da cama olhando as roupas.
-Aqui está as outras  sacolas! indaguei
Ela levantou e pegou as sacolas de minha mão e ficou olhando as peças encantada. Eu apenas fiquei ali olhando flor sorrir a cada roupa que via e me pego pensando que seria capaz de fazer tudo para ter aquele sorriso sempre nos seus lábios.
Ela me olhou sorrindo e me chamou para sentar na cama ao seu lado .Me sentei e ela pegou minha mão entre as suas,percebo o quanto sua mão é pequena e macia enquanto a minha mão está queimada de sol e calejada.
-Que é está contando  os calos de minha mão?indaguei
Ela sorriu e começou a traçar os contornos da minha mão suavemente ,e eu sinto aquele típico frio na barriga me amaldiçoou por estar parecendo um típico adolescente.Num rompante eu a puxo para meu colo,sinto seu corpo estremecer contra o  meu,  sua respiração está acelerada assim como a minha, seus lábios entreabertos, essa é minha deixa me curvo e meus lábios toca o seu, neste instante a porta se abre e laurinha entra correndo. Ela olha de  mim para flor boquiaberta,só então me recordo que meus lábios ainda estão pousados sobre os trêmulos lábios de flor.
-Papai e florzinha tão namorando. ....
Laurinha cantarola, flor pula do meu colo e recosta sobre a parede seu rosto está pálido. Me levanto e me aproximo de minha filha.
-Não é isso meu amor é só. ...
Ela me interrompe sorrindo.
-Pode ficar tranquilo papai, eu não falo para ninguém.
Dito isso ela saiu do quarto e eu fiquei estático no mesmo lugar,percebo que Maria flor não se move um músculo parece estar a ponto de um desmaio. Me aproximo e balanço ela.
-respira menina
Ela então percebe que está prendendo o ar, começa a respirar e inspirar logo sua cor vai voltando. Pego um copo de água e lhe dou a qual ela bebe num só gole .
-Tudo bem menina? indago
-É. ....é. ......sim
-Estou indo para o campo  nos vemos mais tarde.
Saio depressa do quarto e salto em cima do meu corcel negro logo estou cavalgando que nem um louco fugindo daquele par de olhos azuis que me perseguem.

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