Maria flor

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sorrio diante do espelho, o vestido azul que visto modela minhas poucas curvas ,e contrasta com meu tom de pele ,meus cabelos estão soltos e descem em ondas até o meio de minhas costas. Desço as escadas suavemente, meu tamanco tilintando no assoalho. A sala de visitas estar enfeitada com balões em forma de coração e flores que impregna o lugar de um aroma campestre. Ouço risadas na varanda sigo para lá que estar abarrotada de gente, falando ao mesmo tempo e bebendo.  Avisto juliano sentado tocando viola e várias mulheres ao seu lado cantando uma moda sertaneja,uma pontada de ciumes assola meu peito. Fico ali inerte olhando para ele, que ao me ver sorri mas continua tocando. Assim que a música para, ele vem em minha direção, calmamente, suavemente, lentamente. Ele está trajando uma calça jeans branca, uma blusa social vinho , uma botina lustrada .Ele para diante de  mim, um sorriso amistoso aparece nos seus lábios e eu me pergunto o que eu fiz de bom para ter um homem desses .
-Amor, você está linda.
-você também está bonito ,tenho certeza que aquelas mulheres que estavam  sentadas  ao seu lado também perceberão.
-ciumenta você em?
-só cuido do que é meu.
-E eu sou seu?
-É, e eu sou sua
Ele me puxa para si, logo seus lábios estão movendo junto ao meu numa dança envolvente. Logo podemos ouvir palmas e assobios as nossas costas . De mãos  dadas fomos sentar.  Ficamos jogando conversa fora até mais tarde, então dona nana anuncia que o jantar estava na mesa. HAVIA uma variedade de comida tipica da região, desde o  feijão tropeiro a feijoada, Baião de três, Pernil de porco asssado, rabada, etc. Me sentei ao lado de juliano e de hora em hora ele apertava minha mão por debaixo da mesa. Eu sussurrei no seu ouvido :
-cadê laurinha?
-Estar lá fora brincando com as filhas de Manuel.
-Não vá chamar ela para jantar, ?
-Nana serviu as  crianças antes para não ter   problemas .
Em instantes só se ouvia o tilintar de garfos, e  vozes abafadas. Renata entrou servindo vinho a todos, quando chegou ao meu lado ela soltou um sorriso de escárnio, fingir não notar.
A comida estava saborosa devorei sem pudor, dona nana tinha mesmo mão de anjo.
-Atenção todos.
A voz grave de juliano ressoa na sala, todos os olhares se voltam para ele inclusive o meu.
-EU QUERIA PROPOR UM BRINDE,a esse momento que celebramos hoje, acabaram meus dias de solidão enfim encontrei minha cara metade, e fico muito feliz por compartilhar isto com vocês
Logo se ouve o tilintar das taças se chocando uma na outra e as palmas acompanhadas de assobios. Eu coloco minha mão sobre a sua que está depositada sobre a mesa e lanço a ele um olhar comovido.Logo ele dar um beijo casto nos meus cabelos mas que fazem com que eu sinta como se não houvesse nada e nem ninguém além de mim e ele.
Música alta ressoa pela casa e logo aparece os primeiros casais que rodopiam ao ritmo da música.
-Quer dançar senhorita?
Olho para juliano, seus olhos estão brilhando, nos seus lábios um sorriso radiante, me pego pensandoem como eu amo esse homem.
-claro futuro marido.
Nos damos as mãos e logo estamos rodopiando pelo salão numa só sincronia.
Me sento num puf, meu pé está me matando, prefiro urgentemente tirar esse salto alto. Quando o tiro um alívio me atinge, respiro fundo enquanto ouço o barulho da festa lá em baixo.
-Parece que alguém não estar se divertindo.
-Renata. ..........
-você sabe que não vai se casar com juliano né. ?
-Ele vai ser meu marido renata aceite isso.
-Eu mereço muito mais do que você, eu o amo desde sempre, e não vai ser uma pirralha que vai me tirar o homem da minha vida.
A esse momento eu já havia calçado o salto então marchei rumo a escadaria com renata no meu encalço.
-juliano também me quer, olha para mim eu sou uma mulher completa e você não passa de uma menininha.
-olha aqui renata não importa o que você diga, juliano me ama e isso é tudo.
-Quero ver se ele vai continuar amando uma  defunta.
Não tive tempo de assimilar o que ela disse já que no mesmo instante laurinha me grita.
- Florzinha. ....
Mas é tarde demais,sou lançada escada abaixo,e meu último pensamento foi Juliano "".

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