De volta ao remetente

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Nate estava de bicicleta à 1 quilômetro de distância da cidade passando do lado do milharal da fazenda vizinha, apertava a pedra bolso largo de sua camisa enquanto pedalava. Nem sentia mais  dor... Não sentia mais nada além daquele vento gostoso que batia contra suas bochechas que agora não estavam mais marcadas pelo cinto do pai.

Ao chegar na biblioteca municipal da cidade, cumprimentou Edna, a bibliotecária que o reconheceu facilmente, afinal ele ia pra lá quase todos os dias. Nate gostava muito de ler, e era o que ele mais fazia quando algo de ruim acontecia com ele, e como quase tudo o que acontecia em casa era ruim e era diretamente relacionado à ele, não havia mais livros não lidos na pequena prateleira no seu quarto o que o fazia ir na biblioteca com muita frequência. A prateleira sobre mitologia nórdica (sua preferida) ficava no último corredor, pegou seu livro preferido: "Mitologia Nórdica - By New Gayman" e abriu na página que explicava sobre a linhagem de Thor. "Odin casou-se com freya, e tiveram 2 filhos: Baldur e Thor. Baldur não era nada comparado ao seu irmão, que o vivia vencendo nas batalhas e em todo tipo de competição, Thor era magnífico e gracioso em tudo, em sua beleza principalmente: seus cabelos castanhos davam um contraste incrível com os seus olhos que eram tão azuis quanto os raios que seu martelo lançava em seus inimigos". Era como se Nate pudesse sentir as correntes elétricas percorrerem seu corpo enquanto juntava aquelas palavras umas com as outras. Enquanto lia, a pedra pareceu pulsar dentro do seu bolso, pegou-a e viu que ela brilhava intensamente fazendo-a escorregar e cair debaixo da mesa da frente, ele ia levantar para pegar mas teve uma ideia, abriu sua mão esticando bem os dedos fazendo a pedra voltar voando contra a palma da sua mão exatamente como esperado, e teve uma ideia louca, voltou pra mesa e folheou o livro um pouco mais ora frente até chegar no Machado Leviathan, um machado que ao ser atirado por seu dono, bastava um sinal de sua mão para que ele voltasse violenta, e ao mesmo tempo, suavemente para seus dedos. Uma ideia passou como um filme em sua cabeça, então ele pegou o livro, a pedra e o casaco e saiu correndo sem nem registrar o empréstimo com a bibliotecária que ficou gritando. Montou em sua bike e pedalou o mais rápido possível pra casa fazendo o seu casaco sair voando da sua cintura, nao via problema nisso afinal, o casaco pertencera ao pai muito tempo atrás e ele nunca gostou do tecido, que pinicava.

Ao atravessar o portão, não foi pra casa mas pro balcão de ferramentas, no caminho passou buscar Verão, seu cachorro, na sua cabana. O labrador branco e cinza abanou o rabo com convicção ao ver o menino que fez um carinho atrás de sua orelha e soltou sua corrente. Ambos seguiram para o balcão e Nate abriu as portas e janelas enquanto o cachorro sentou paciente num canto.

Verão fora adotado ainda filhote pela família de Nate à uns 7 anos, ele era muito útil contra pessoas que tentavam invadir a fazenda pelo seu tamanho e esperteza, seu pai queria chamá-lo de Brutus mas Nate não gostou e pediu para chamá-lo de Fantasma pelas suas cores esbranquiçadas, mas a mãe notou a felicidade do filho e sugeriu o nome da estação do ano que mais deixava Nate feliz: Verão, o que fez muito sentido por causa que Nate, de vez em quando notava um certo tom amarelado em seu pelo e o lembrava muito o sol de verão. Seu pai obviamente achou o nome afeminado demais e insistiu em Brutus, mas a choradeira do filho o irritou e ele cedeu para Verão.

Ao se sentar na mesa tirou a pedra do bolso e apanhou umas ferramentas e um rolo de fita adesiva, enrolou a pedra com fita em uma chave inglesa e a jogou violentamente pra fora do balcão à uns 6 metros de distância da porta e abriu os dedos, como esperava a ferramenta voltou rodopiando com força para sua mão, que ficou avermelhada com o impacto.

Nate deduziu que essa ferramenta era rígida demais,precisava de algo mais suave, algo que tivesse um pouco mais de "aero-dinâmica" na hora de ser lançado. Pegou um martelo e fez o mesmo que a chave inglesa, atirou-o à mesma distância pra que não houvesse diferença das ferramentas mas o martelo não só machucou a sua mão, como escapou entre seus dedos na hora que estava voltando e atingiu a parede do balcão, fazendo um buraco entre as tábuas e Verão esconder o focinho debaixo das patas e orelhas, choramingando com o susto. Nate tentou muitas outras ferramentas, inclusive uma furadeira, mas não conseguiu nada além de dedos machucados, um pulso enfaixado e um Verão assustado.

Teve a brilhante ideia de fazer sua própria ferramenta já que nenhuma funcionava como queria, sempre gostou de aviões então ele conseguiria desenhar algo suficientemente aero-dinâmico com facilidade, e com os materiais que tinha ali seria apenas trabalhoso, não impossível, então pegou uma folha de papel bem grande, lápis e uma régua e começou a desenhar.

Aoba lindus do meu corê, muitos notaram que esse capítulo demorou mais pra sair do que o último, acontece que o wattpad cismou em não postar minhas coisas, assim como remover histórias da minha lista de leitura e coisas assim. Se alguém souber o que está acontecendo com o app ou como resolver esses problemas, pf me diga por uma msg no pv que eu agradeceria muito. Saiba que já tenho metade do próximo capítulo escrito em papel, e que pretendo postar até o final da semana, e que se isso não ocorrer é problema com o wattpad. Amo vcs e feliz Páscoa!❤🐰. I purple you...

💜Saranghae!💜

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⏰ Última atualização: Apr 21, 2019 ⏰

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