Capítulo 3

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Bom dia, Emily. Eu diria que um banho é bem mais necessário ao se acordar do que postar foto deitada no instagram, mas eu te perdoo, Emily. Você deixou a garrafa de vinho pela metade aparecer na foto...

...

Você chegou atrasada hoje, Emily. Típico de garota que não tem controle sobre a própria vida. Isso é só o começo, Emily. Até o mundo sabe que essa é a regra do jogo para quem interfere na jogada do outro, como você interferiu na minha rotina.

— Ethan, hoje à noite, seis horas, certo?

— Estarei lá.

Você saiu correndo. Não será a última vez, Emily.

...

Você não mora em uma casa, você mora em um prédio. Um lindo prédio, Emily. Eu estou em frente, e é uma pena saber que não passarei o resto dos meus dias morando aqui. Emily, você me recebeu de pijamas, eu não me importo com isso, mas não é a roupa ideal para receber seu professor com quem você quer manter um relação profissional.

— Você não acha melhor receber seu professor com uma blusa que não tenha um ursinho comendo mel?

— Sim, eu acho — ri  — entra que eu vou me trocar.

Você tem muitas fotos espalhadas pelo seu apartamento, Emily. Diria que isso sim é uma ajuda caída do céu. E a sua demora pra trocar de roupa só facilita para eu tirar foto de cada uma delas. Terei muito o que analisar hoje à noite.

...

A noite correu bem, você não acha, Emily? Para o seu professor, eu sou um ótimo amigo. Você acreditou que eu tenho interesse por fotos e me contou as histórias de cada uma que estava na sua pequena sala. Agora eu sei muito sobre você. O que demoraria três meses, a garrafa de vinho que você praticamente virou, antecipou para um dia. Você me ajuda tanto, Emily. Eu também irei te ajudar.

— Ethan, muito obrigada mesmo por perder a sua noite aqui. Acho que você me salvou.

— Eu não perdi a minha noite, eu vivi ela com você e ainda adquiri conhecimento sobre pessoas de cidades diferentes.

— Outro ponto de vista — ri— eu terei um recesso da minha faculdade, será esse final de semana e eu vou para um churrasco na casa da minha família, você quer vir? Não é nada formal, é só comida, como negar comida?!

— Honestamente, eu adoraria. Eu seria um louco se negasse comida feita com amor de casa.

Ah, Emily. Você deixa todo mundo entrar na sua vida assim tão fácil ou você não resiste a mim? Uma festa informal onde eu posso apenas comer e ninguém irá me notar. O detalhe, Emily, é que não irei apenas comer.

— Eu vou de ônibus, mas a passagem é barata, vou comprar a minha na hora. Tudo bem por você?

— Você não vai de ônibus, Emily.

— Nem dá pra acreditar, né? Mas eu vou — Emilly sorriu

— Não, Emily, você não vai. — sorriu

— O que você tá dizendo? — Você ficou séria.

— Eu quero dizer, eu tenho carro, eu vou e eu estou te convidando para ir comigo.

— Ah, sério? Melhor ainda. Obrigada, Ethan, eu super aceito, você me liga?

— Claro, Emily

O Terapeuta Onde histórias criam vida. Descubra agora