Capítulo 11

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Dois dias depois daquele estranho jantar em que Emma pareceu começar a estabelecer uma conexão com Regina, ela a surpreende novamente pedindo que mediasse um novo encontro entre seus pais e ela.

Regina assim o fez. E sentiu-se estranhamente contente com isso. Normalmente não era muito ligada a dramas familiares, mas aquela família em particular lhe trazia sentimentos bons. Talvez pela ligação deles com Henry mas, de alguma forma, sentia-se grata por fazer parte daquele momento.

Normalmente, Emma passava toda a manhã trancada no quarto e só saía quando tinha certeza de que Mary Margareth já havia ido embora.

Mas, naquele dia, ela saiu cedo do quarto e foi para a cozinha ajudar a preparar o café da manhã.

No dia anterior, ela havia ligado para Regina, na prefeitura, pedindo que convidasse Mary Margareth e David para o café da manhã.

Ela deu um pequeno salto por assustar-se quando a campainha tocou. Regina terminou as últimas panquecas e levou-as para a mesa.

- Termine de preparar o suco. Eu vou atender a porta - disse e Emma imediatamente concordou.

Ela estava nervosa. Dava para ver pelo seu olhar assustado. Vendo-a daquele jeito, Regina não pôde deixar de pensar que ela parecia uma criança desamparada.

Assim que abriu a porta, Regina viu que Mary Margareth também estava muito nervosa.

Temendo a reação de Emma, disse-lhes baixinho, antes de deixá-los entrar:

- Escutem, ela está muito assustada e se ela se sentir pressionada, vai recuar. Então, tentem agir naturalmente, como se fosse um simples café da manhã na casa de uma vizinha qualquer. Eu sei que para vocês é muito mais que isso. Mas, acreditem, é a melhor estratégia.

Os dois balançaram a cabeça, concordando. Respiraram fundo e puseram-se em ação.

- Sejam bem-vindos. - Regina finalmente deixou-os entrar.

- Olá, Regina. Como você está? - David cumprimentou.

- Estou ótima. - Fechou a porta e foi na direção de Mary Margareth. - Deixe-me segurar o pequeno Jamie.

Continuaram a encenação e seguiram para a sala de jantar. David de mãos dadas com Mary Margareth e Regina com o bebê dos Charming no colo. James tinha pouco mais de seis meses de idade e Regina achava-o um bebê muito fofo.

Mary Margareth e David cumprimentaram Henry que levantou e foi correndo ao encontro deles. Ele já chamava Mary Margareth de Vovó, desde o dia em que contara para ele.

- Posso te chamar de vovô David? - Ele perguntou ao Xerife.

- Claro que pode! - David alisou a cabeça lisa.

Até que Emma surgiu, vindo da cozinha, com a jarra de suco na mãos.

- O suco está pronto - ela disse, depositando a jarra sobre a mesa.

Houve um momento de tensão. Mary Margareth quis chorar, mas manteve-se firme.

- Olá, Emma - ela disse, quase num sussurro.

Inacreditavelmente, foi Emma que tomou a iniciativa de se aproximar.

- Oi, mãe, pai.

E jogou-se nos braços dos dois já aos prantos.

Depois de muitos beijos e abraços e de muitas lágrimas, Henry decidiu que ele também queria fazer parte daquele abraço e se enfiou no meio dos três. Como se não a tivesse surpreendido o suficiente, Emma puxou-o para si, abraçando-o e sendo abraçada pelos pais.

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