5. "... nothing just you and me"

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"Somos obrigados a procurar por uma felicidade que não faz mais nada a não ser nos empurrar mais para baixo, neste mundo que não entende os nossos sentimentos e não se importa com eles. Mas mesmo que a gente não saiba para onde olhar, sempre vamos encontrar a pessoa com quem gostaríamos de partilhar todos os nossos momentos, até mesmo aqueles que preferimos passar sozinhos. Encontrar você não estava nos meus planos, e foi o melhor imprevisto que me aconteceu."

E chegamos ao último capítulo da fic. Não vou falar muita coisa aqui, porque os meus sentimentos em relação a esta história estão nas notas finais.

Boa leitura.

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Nada foi dito, pelo menos não verbalmente, somente uma troca intensa de olhares. Sorrisos discretos mas que não deixavam dúvidas da imensa felicidade que os seus donos sentiam naquele momento. Era possível também ouvir os batimentos cardíacos harmonizados entre eles e sentir o desejo que conectava eles, um desejo intenso de permanecer um ao lado do outro, sem reservas; aquilo que suas bocas não pronunciavam, seus corpos faziam questão de mostrar.

Era assim que funcionava o relacionamento entre Arthit e Kongpop. Relacionamento esse que agora se dava pelo nome de "casamento". Depois de tantos anos, finalmente estavam entrando no estágio seguinte da relação deles, e aquilo ainda parecia um sonho. Era como se eles fossem acordar quando não conseguissem suportar tamanha felicidade e se vissem de volta ao estado de 7 anos atrás, com tudo que aconteceu como se fossem lembranças de um sonho muito bom.

Depois da cerimônia, os noivos haviam voltado para o hotel, para ficarem a espera de todos os convidados se acomodarem no salão de festas, para que depois eles pudessem abrir a sala. Porque a temperatura estava meio quente, Kongpop aproveitou a pequena pausa para se refrescar um pouco, enquanto Arthit ficava no quarto, a espera do seu marido voltar para que pudessem descer juntos. Ainda que ele sentisse seu coração saltar sempre que pensava que o mais novo era agora seu marido, o calor que ele estava sentindo naquele momento não estava nem um pouco relacionado a temperatura.

Arthit estava olhando fixamente para a cama king-size que tinha na sua frente e simplesmente não conseguia desviar o olhar.

Sendo honesto, ele não sabia exactamente o que a cama tinha de especial para que ele não parasse de olhar, mas sabia que desde que havia entrado no quarto em que Kongpop estivera antes do casamento, quase que imediatamente seu campo de visão havia sido monopolizada pela cama e seu cérebro ficou quase limpo de pensamentos. Bem, não tão limpo assim, porque o único pensamento que ainda restava na sua mente era a imagem dele e Kongpop deitados naquela cama, em uma louca sessão de sexo, de cortar a respiração e fazer tremer o corpo todo, como sempre acontecia. E aquele mesmo pensamento estava a ter um efeito não muito desejável naquele momento, não faltando um bom par de horas até que pudessem fazer uma saída educada para poderem dar início a noite de núpcias deles; chegava até a fazê-lo suar.

Talvez aquilo fosse consequência do momento quase explosivo que teve com seu marido antes do casamento, que havia sido interrompido por Bright, mas cujas sensações haviam ficado em modo "espera", a procura de uma oportunidade de se manifestarem de novo. E parece que haviam encontrado.

Arthit estava quase a entrar em transe quando sentiu uma mão no meu ombro.

- P', você está bem?

O local onde a mão de Kongpop havia feito contacto com o seu corpo parecia aquecer a cada segundo e Arthit sentia que ia começar a hiperventilar a qualquer momento se ele não se afastasse o mais rápido que pudesse do seu marido. Com um sorriso, acenou e pegou a mão de Kongpop.

Airplane [KongArt - Short Fic]Onde histórias criam vida. Descubra agora