A quinta estação

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Uma das maiores belezas de se apaixonar é o sentimento de preenchimento. Coisas que você não entendia e que se sentia triste por isso, parecem tão pequenas e insignificantes que não valem a pena sua martirização. Você está preeenchido por amor, pelo o que aquela pessoa pode te proporcionar de bom e pelos sonhos que você tem. Cada um tem sua forma de pensar sobre o amor, mesmo sendo grandinha para isso, eu me sinto situada por uma magia que me faz esquecer de tudo de ruim. E se uma pessoa te causa tantos arrepios, você deve batalhar por ela, independente de quem seja.

Mas meu maior problema desde o início foi a insegurança que me prende. Desta vez vai ser diferente, eu não vou abaixar a cabeça e desitir do que me faz bem, não vou chorar no banheiro por algo que nem lutei.

Seokjin tinha me levado para casa depois de dormir na casa do Yoongi. Eu havia acordado com dor de cabeça e não me lembrava de muita coisa, mas me lembrava do bastante para sentir vergonha

de ficar ao lado dele. Assim que chegamos em casa, ele me serviu uma sopa para ajudar na ressaca e é claro, aquele remédio para o mesmo motivo. Ele também tinha feito sopa para si, então deveria estar se sentindo meio mal ou realmente devia ter bebido muito ontem, já que não me recordo nem de quanto bebi, do Kim muito menos.

Os unicos incidentes que me lembro desde que comecei a beber na noite passada foi que jogamos o jogo da imagem, eu agarrei Seokjin na cama e o Yoongi mandou eu dar o cu e comer cotonete.

Entretanto, por mais estranho que pareça, eu sinto uma enorme vontade de agradecer ao Min pelo seu conselho maluco, tanto que até escrevi no bloco de notas do celular para fazer isso assim

que estivesse sóbria. Queria me lembrar realmente do que ele falou para mim naquela cama, mas acho que nem ele lembra.

Depois de um bom banho e um tempo de descanço, as dores foram passando e eu estava me sentindo bem melhor. Repousava no meu quarto enquanto assistia um anime e comia uma maçã. Seokjin bateu na porta do quarto duas vezes e eu me levantei da cama para abrir a porta com um frio na barriga.

— Você está melhor? — Jin perguntou.

— Sim, o remédio ajudou bastante, obrigada. E você? Como está? Não parecia muito bem quando chegamos de manhã.

– Eu dormi um pouco e me sinto outra pessoa. – Despreguiçou, levantando os braços e mexendo os quadris.

Balancei a cabeça positivamente e crispei meus lábios. O que eu falo agora?

— Ah, eu já ia me esquecendo, minha mãe me chamou para passar a tarde na casa dela e me disse para convidar você. — Se animou assim que as palavras vieram a boca.

— Se sua mãe convidou, não posso recusar.

Fechei a porta pensando em mil combinações de roupas que poderia usar. Abri a janela e um vento gelado me atingiu. Eu estava com uma regata e um short, a pouca roupa fez meus pelos arrepiarem. Procurei pela minha caixa de cachecóis e sorri a achá-la tão facilmente. Dentro continha cachecóis de várias cores e tamanhos diferentes. Escolhi o de cor carmim e fui escolher uma boa roupa para aquele dia. Era aquele tipo de dia morto, como as outras pessoas dizem, um dia frio sem emoção, onde as pessoas trabalham ou descansam, com ânimo zero para fazer outras coisas. Talvez eu seja louca, mas esses são meus tipo de dia preferidos. Eu tenho vontade de realizar feitos que seriam mais bonitos vistos num dia ensolarado e com vento, ou de neve. Todavia, eu amava aquele dia morto, além de poder usar cachecol sem morrer de frio como nos dias de inverno, para mim era o dia perfeito para aproveitar o desejo da paixão e se deixar levar pelo abalo do coração.

Eram em dias frios, mas nem tão frios assim, que estar com Seokjin me esquentava mais do que o cachecol mais felpudo da minha coleção.

Já pronta, percorri o apartamento procurando alguns objetos largados para levar na minha bolsa média. Seokjin não tinha saído de seu quarto, periodicamente era o último a se aprontar entre nós dois. Ele é muito atencioso com sua beleza e não é o tipo de pessoa modesta, o Kim deixa bem claro que é bonito. Uma vez, eu fui visitá-lo no hospital e ele estava conversando com uma idosa que tinha feito operação de catarata nos olhos e, logicamente, não podia enxergar enquanto estava de repouso. Ele começou a se descrever o próprio rosto poeticamente e falava de sua beleza desmesurada.

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⏰ Última atualização: Feb 13, 2019 ⏰

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