Stay with me.

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Lorenzo Jauregui Point of view.
13 de abril. 21h05. Wall Seattle.

- acho que você poderia dormir comigo hoje. - seus dedos mexiam nervosamente em seu colo.
- sabe que não posso. Preciso ir pra casa, pequena. - suas pernas que estavam jogadas em meu colo agora, mexiam desconfortáveis com a situação.
- eu sei. Entendo você, mas não queria ficar só. - seus olhos estavam tristes e isso doía. - não me sinto bem hoje. Não pode realmente tentar ficar?
- você sabe que o que eu mais quero é ficar, mas sabe também que infelizmente eu sou casado e tenho que ir. - ela abaixou a cabeça e apenas assentiu. - sinto muito por isso.
- não tanto quanto eu. Pode ficar mais um pouco pelo menos Lo?
- posso, sol. - ela voltou a deitar a cabeça em meu peito. - não gosto de te ver assim. O que tá acontecendo nessa cabecinha? Hum?
- só estou cansada de sempre ficar sozinha.

Sabe como é ruim machucar quem mais amamos? E como matar aos poucos partes suas. Cada dia mais um corte, mais um litro de sangue.
A situação e mais complicada do que parece.
Sou casado a três anos, e tenho relacionamento com ela a oito meses. Não e algo que eu me orgulhe, odeio ter que esconde- la, mas não tenho o que fazer no momento. Era assim que teria que ser, pelo menos por enquanto.
Eu encontrei o amor com ela, meu pequeno sol, porém não podemos ficar juntos agora da forma que queria.
Você deve estar se perguntando, por que não acaba com o casamento de uma vez? Pelo menos eu estaria. Essa é uma ótima pergunta.
Por que não posso, seria uma resposta muito imbecil? Talvez.

- Quinie vira dormir comigo hoje. Eu realmente não me sinto bem. - ela me olha com suas bochechas rosadas e seus lábios torcidos em um sorriso torto.
- queria cuidar de você, não gosto dessa Quinn muito perto. - reviro meus olhos - ela e só mais uma das mil, que querem você.
- mas eu só consigo ser sua. Por mais que queira ser mais minha, só consigo te dar ainda mais meu coração. - seus olhos repletos de lágrimas me olham como se pedisse algo mais.
- sol, meu coração e minha alma são seus na mesma intensidade.
-mas teu corpo pertence a ela e me isso machuca. - minha pequena garota, chorava. Por minha culpa- desculpa. Não queria dizer dessa forma. Acho melhor você ir. Já está tarde e logo terá muitas chamadas no teu celular.
- Meu corpo também e seu, amor. não se preocupe com isso. Eu logo resolvo.
- não estou te cobrando a tomar uma decisão - ela levantou, andando pra longe de mim - só estava pensando alto.
- eu disse que resolveria a ligação. Você sabe que meu casamento não tem como acabar por agora. - já não via seu rosto, e era óbvio que essa conversa estava tornando pior ainda seu bem estar
- Lo, eu me sinto cansada. Você precisa ir. - ela virou-se pra mim, com uma expressão nervosa - Quinie já estar por chegar e não quero mais problemas.
- tudo bem. Nos vemos quinta? - perguntei com medo de uma resposta negativa.
- você sabe que sim. - caminhei até a porta ao seu lado, pronta pra me despedir.
- eu amo você, sol. - lhe dei um beijinho no canto da boca. - e já estou com saudades.
- também te amo Lorenzo. Agora vai! Você precisa ir.
Acenei pra ela caminhando pelo corredor e a vi fechar a porta do apartamento.
Eu não sou do tipo que acha legal essa situação, ate por que odiava ter que esconde-la de todos, mas não havia outra forma. se não for assim, terá que ser um adeus.

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