Mahina- * Nanatsu no Taizai *

Queridos Pais.

Lembranças

Os olhos verdes de Mahina encaravam o bebê a sua frente com admiração, ele era tão pequeno, não pode deixar de sorri quando passou a mão pelo pequeno rosto e a pequena mãozinha segurou o seu polegar, abrindo as pequenas esferas verdes.

Meliodas, esse era o nome da criança, com aquela pequena troca de olhares, Mahina sabia que faria qualquer coisa por aquele pequeno ser.

— Podemos cria-lo? — questionou a mesma para o seu mestre, que não pode deixar de sorrir, com a pergunta ingênua dela.

— Ele é diferente de você, minha filha — Gowther falou, se aproximando da pequena cesta que estava o bebê. — Ele é filho direto do rei dos demônios.

— Eu também sou — a mesma ergueu o olhar para o mago, que suspirou. — Se ele for criado pelo pai... Ele...

— Essa é a coisa certa Mahina, um dia ele terá que assumir o posto de rei dos demônios e você... — os olhos do mago estava cansados, cansando por ter que ter aquela conversa com a sua filha pela terceira vez.

— Deusa das duas raças — murmurou e voltou a encarar o bebê, com o olhar cheio de afeição sorriu. — E como futura deusa das raças, eu declaro que você será o que quiser. Não vou obriga-lo a ser rei, se não quiser. Meu pequeno irmão. Sua felicidade será a minha prioridade.

Lembranças Off

Essas lembranças vagaram pela mente da Mahina, no momento em que ela atravessou o casulo. Vagando pela escuridão daquele lugar, sorriu triste ao ver o corpo do irmão, interligados aos mandamentos que aos poucos adentravam dentro de si. Reparou que os traços dele tinha mudado, o deixando mais maduro, o tornando um belo homem como sempre imaginou.

Tocou lentamente a testa dele, tendo total controle sobre ele. Ao encontrá-lo "na mente dele", sorriu ao vê-lo no campo em que sempre iam quando os tempos eram outros. Mahina andou rapidamente até o mesmo, se sentando ao seu lado, o assustando.

— Isso é um sonho, não é? — o loiro perguntou, ao ver os olhos verdes da irmã, que encheram de lágrimas, não era assim que ela queria reencontrar o Meliodas. — Irmã? É mesmo você?

— Faz tanto tempo — ela sorriu em meio às lágrimas, tocando levemente o rosto do loiro. — Desculpa por não estar ao seu lado como prometi.

— Mahina... Você morreu, como??? — perguntas era a única coisa que ele conseguia fazer, mas quando suas iris verdes encontraram as dela, o demônio dentro de si cessou e rodeou seus braço em volta da loura. — Eu senti tanto a sua falta.

— Meliodas — abraçando mais forte que poderia, as lágrimas pararam e mesmo com o coração apertado, separou ele. — Não temos muito tempo.

— Eu sei o que você deve está pensando... Não posso deixar o meu plano de ser o rei dos demônios para... — antes dele terminar, ela o interrompeu, e com um sorriso no rosto falou.

— Você descobriu o que é amar, não é? — sentiu-se orgulhosa pelo mesmo, ele não tinha deixado a escuridão tomar totalmente o seu ser. — A Elizabeth, é uma... Pessoa incrível.

— Sim — Meliodas sorriu de lado. — Então você entende que eu tenho que quebrar...

— Eu já quebrei — o cortou. — Antes de adentrar no casulo, eu já fiz isso... Consumiu boa parte dos meus poderes, mas ela está livre...

— Você está falando sério?

— Por acaso eu iria mentir para o meu querido irmão? — encarou o 'céu', com um sorriso nos lábios. — Eu soube da maldição de vocês, mas não podia fazer nada... Eu pretendia tirar a sua, mas eu sabia que você não iria sair daqui se eu não tivesse tirado a maldição dela. Afinal, eu prometi que a sua felicidade seria a minha prioridade.

— Mahina... — as palavras faltaram ao demônio, ele lembrará de todas as promessas da irmã... Mas essa parecia não existir em duas lembranças.

— Obrigada por ter me deixado ser a sua irmã e do Zeldris — a mesma virou o rosto para vê-lo, o sorriso nos lábios dela seria contagiante, se não fosse o último. — Tinha tanta coisa que queria ensinar a vocês, peça perdão a ele por mim... Eu sinto que as coisas teriam sido diferentes se não tivesse ido embora... Mas não vê vocês, ou abraçarem foi a minha sentença. Ajude ao nosso irmão encontrar a Gelda.

— O que você quer dizer...

— Eu amo vocês — falou o abraçando fortemente, e sem ele ver as lágrimas saíram pelos olhos dela. — Agora volte para aqueles que ama.

Acordando o Meliodas, ela ainda ficou naquele lugar. E aos poucos sentiu os mandamentos que criou. E também outra presença se fez presente.

— Pode aparecer agora papai.

— Eu não sabia que você era tão sensível assim — falou o rei dos demônios se aproximando. — Você estragou eles...

— Se estragar, você quer dizer que, eu os salvei. Sim, pai, eu os estraguei — se levantou, encarando o homem loiro, ele estava usando sua aparência jovem. — Podemos terminar o que começamos a quatro mil anos atrás?

— O quão longe você iria por aqueles dois? — franziu o cenho, realmente curioso.

— Terminaria o que comecei naquela época — falou, tentando não parecer cansada por ter tirado a maldição da Elizabeth. — Pronto para mais uma luta velhinho?

— Você não pode falar isso Mahina... Não está com força o suficiente — o mesmo riu debochado.

— Venceria você até com os olhos fechados — deixou um sorriso vitorioso aparecer nos lábios.

— Se você perder...

— Eu deixo você assumir o meu corpo — ela o cortou, já sabia da regra. — Se você perder... Eu assumo o reino dos demônios.

— A quatro mil anos, você repugnava a ideia de ser rainha dos demônios... O que mudou?

— As pessoas mudam muito pai — foi tudo que falou. — Vamos lutar, ou vamos conversar sobre o passado?

— Vão lutar e não me chamaram? Que feio crianças — a voz da Deidade Suprema ecoou, fazendo ambos olharem para a morena. — Também quero fazer parte dessa aposta.

— Mãe... — os olhos verdes da loira caíram sobre a divindade. — Vamos repetir a mesma coisa de quatro mil ano atrás?

— Sim, mas dessa vez você não vai vencer — a Deidade sorriu. — Nós iremos lutar, e você assumirá o seu papel. Certo? Querido?

— Sim querida — o rei dos demônios sorriu, segurando a mão da mulher com uma certa delicadeza.

— Ok... — Mahina se alargou, e deixou os dois poderes saírem, ela demorou milênios para usar as duas partes de seus poderes. — Eu não vou controlar a raiva que tenho de vocês, queridos pais.

...

Oi gente, sei que vocês devem tá querendo o meu rim na bandeja. Mas é que estava sem celular e peguei ele hoje e já escrevi.

Bom, a Mahina já lutou contra os papais antes rsrsrsrssrsrsrs.

E sim, é quatro mil anos. Que ela fugiu da obrigação dela.

Deixem vossas opiniões sobre os capítulos futuros ❤🌚