16 Problemas

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Lee Dong Min POV: Voltamos para Seul ao final da tarde, infelizmente S/n não pode dormir em minha casa como queria então a deixei no seu apartamento e voltei para a grande casa que um dia chamei de lar. Tomei um banho quente e voltei para a sala onde havia um bilhete sob a mesinha de centro ao lado de algumas revistas.

BILHETE

Eu estive te procurando mas como a mesma criança de sempre você não me ouviu, pois bem, acredito que amanhã poderemos nos falar melhor em seu escritório.

-assinado, seu pai.

Lee Dong Min: -Parabéns Eunwoo, mais uma vez você irritou a fera- falo para mim mesmo e decido esquecer tudo isso subindo para o meu quarto. Melhor dormir, afinal de contas, amanhã será um dia difícil.

S/n POV: Como todos os dias acordei as 7:00 da manhã, faço minha rotina matinal e vou para o trabalho onde ainda não tinha cruzado com Dong Min, ontem a noite foi nosso último momento juntos e por mais que eu quisesse, não poderia dormir com ele.

Jungkook: -Bom dia queridas –falo animado entrando na redação.

Jisoo: -Se atrasando como antes, só pode estar namorando de novo-falo rindo.

Jungkook :-na-na-ni-na-não –respondo rindo –Estive ajudando o senhor Dong Min, ele acabou de chegar com uma cara...

Jisso: -Porque? –pergunto e Jungkook apenas dá de ombros.

S/n: -Deve ser por causa do pai –falo sem notar, eles se viram para mim confusos –Eu vou tomar um café –falo nervosa saindo da redação, escolho ir pelas as escadas ao invés do elevador e então Dong Min passa por mim cabisbaixo –Oppa- o comprimento alegre.

Lee Dong Min: -S/n-falo rindo baixo –Precisa de algo?

S/n: -Na verdade não, só vou pegar um café –falo rindo mas percebo sua tristeza –Oppa, aconteceu algo?

Lee Dong Min: -Não, eu tenho que encontrar meu pai, só isso –falo forçando um sorriso e me aproximo dela a encostando na parede, por sorte ninguém estava no corredor – Estive com saudades da sua boca- falo a beijando rapidamente mas o suficiente para ficar sem ar.

S/n: -Eu também –sussurro beijando sua bochecha.

[...]

Lee Dong Min: Estava revisando alguns contratos quando o silencio é interrompido pela a porta se abrindo bruscamente, era ele, o homem que eu mais temia ver hoje –Chegou cedo-falo debochando.

Pai: -A mesma criança debochada de sempre- falo me sentando a sua frente e suspiro –Dong Min, eu só sai de Londres porque nosso assunto é complicado demais pra ser resolvido com uma ligação –falo seriamente.

Lee Dong Min: -Ok, podemos conversar-falo largando meus papeis de lado.

Pai: -Você sabe como criamos este jornal ,não sabe?-pergunto e ele apenas concorda com a cabeça –Faz 45 anos desde que seu avô fundou este jornal e após a morte dele, sua mãe comando-o e agora você, é um ciclo de vida.

Lee Dong Min: -Onde você quer chegar com isso?-digo brincando com a caneta em meus dedos, sabia que isso iria o irrita-lo.

Pai: -Eu sei que não demostro mas estou orgulhoso de você, acredite em mim jamais pensei que a criança mimada como você era se tornaria o mais sucedido líder de um jornal, sua mãe estaria feliz por isso- falo calmamente o fazendo parar de brincar com a caneta –É uma pena que tudo esteja desmoronando.

Lee Dong Min: -Desmoronando, como assim? –pergunto confuso vendo a alegria em seu olhar.

Pai: -Dong Min eu fiquei evitando esse assunto por meses, mas a verdade é que estamos praticamente falidos- falo serenamente o fazendo entrar em choque.

Lee Dong Min: -Falidos? Não tem como, você e mamãe sempre administraram o dinheiro corretamente-digo desesperado ele sorri cinicamente –Hyung, não tem como, não tem!

Pai: -É claro que tem- respondo no mesmo tom alto que ele –Você pensou que iria viver na fara enquanto se formava e nada aconteceria? Que o rio de dinheiro não ia secar? Pois bem Dong Min, o rio secou!-grito para ele que estava perplexo observando o chão.

Lee Dong Min: -Não coloque a culpa em mim, dês da morte da mamãe você vivia com essas raparigas que só te tiravam joias, roupas caras e jantares extravagantes-grito irritado e ele coloca o dedo em meu rosto.

Pai: -Me respeite pois você não fez nada de diferente, você acha que eu não sei das suas peripécias pela Coreia? Talvez até fora do país –digo fora do controle –E também, todas aquelas mulheres eram tentativas para encontrar uma nova mãe pra você, ou oque? Você acha fácil cuidar de um filho como você? Um filho sem educação que nem me chamar de appa fazia?

Lee Dong Min: -Conta outra! Você nunca se importou comigo ou com a mamãe- respondo com a raiva em meu sangue –Eu nunca mais te chamei de appa pois você matou a minha mãe! Você não se culpa por ter feito minha mãe ir para aquela maldita ilha?!

Pai: -Chega Dong Min! Essa conversa acaba aqui- falo irritado indo para a porta –Outro dia conversamos melhor, meu "filho" –falo cansado de ouvir tudo aquilo e saio pela porta a batendo.

Lee Dong Min POV: Minha cabeça girava, todas as palavras ouvidas e tudo que foi dito me fazia querer vomitar. Como podemos estar falidos e como ele foi capaz de descontar a culpa em mim? Bem, ele sempre fez isso, toda a culpa sempre caia sob meu ombros.

-Noona, me traga uma garrafa do meu vinho favorito-falo pelo interfone –Rápido, não quero sair do escritório agora.

Secretária: -Mas senhor Dong Min, o senhor não deveria beber agora- falo cuidadosamente –O senhor mesmo me pediu para cuidar disso.

Lee Dong Min:- Esqueça oque eu falei e traga logo a minha garrafa de vinho-falo irritado alisando a testa.

[...]

Após o longo dia de trabalho que parecia que jamais iria chegar ao fim voltei para minha casa onde esquento uma comida e bebo meu vinho. É sempre assim, porque estou tão magoado se o certo era estar acostumado? Digo, tudo na minha vida tem um prazo de validade, tudo começa e termina rapidamente, não seria diferente com o dinheiro ou com S/n.

Eu não posso pensar assim, S/n é a coisa mais especial e mágica que já aconteceu na minha vida por isso vou fazer de tudo para que esse encanto não acabe, vou lutar até o fim. Até que minhas forças acabem.

S/n POV:

Após chegar em casa, ajudei os meninos com o jantar, depois de termos terminado a refeição fomos pra sala assistir o jornal e falar bobagem. Na verdade, meus pensamentos não estavam voltados para o assalto que aconteceu na joalheria da avenida principal ou para o filme que os meninos estavam discutindo. Minha mente só podia pensar em Dong Min, ele parecia tão triste e nervoso com o fato de ter que conversar com o pai, se eu pudesse ao menos conforta-lo mas nem isso posso fazer, há não ser...

- Eu tenho que ir –falo colocando meu casaco apressadamente, eu preciso vê-lo, preciso saber se posso ajuda-lo.

Taehyung: - Onde você vai? –pergunto preocupado notando a velocidade com que S/n colocava o casaco.

- Não se preocupem, eu vou estar segura- respondo indo em direção a porta, abro apressadamente a mesma e meu dou de cara com um homem alto, seu semblante confuso e familiar. Era ele.

Lee Dong Min: - S/n –falo surpreso por vê-la diante da porta que estava prestes a bater, quase que sem perceber estava a abraçando forte como se não conseguisse solta-la.

S/n: -Oppa –sussurro encostando minha cabeça em seu ombro e ali ficamos, meu corpo envolvido pelo seu calor. Isso era tudo que eu queria, eu só precisava o abraçar.

Lee Dong Min: -Eu...eu preciso de você –falo tropeçando nas palavras e sentimentos, como resposta sinto seus lábios colados nos meus. Mais do que nunca pode ver que S/n estaria sempre comigo e eu com ela.

Capítulos Traçados (Eunwoo/ASTRO)Onde histórias criam vida. Descubra agora