2 - O Vigilante

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Peter olhava seu reflexo pelo espelho, machucado, cheio de hematomas. Era mais uma noite em que tinha de enfrentar o crime sem ao menos se recuperar da noite anterior. Exaustivo e tortuoso, mas havia um motivo a mais pelo qual ele saía todas as noites. Wade Wilson, ou como se dizia, DeadPool.

Era inegável a atração que ambos sentiam um pelo outro, embora Peter negasse, qualquer um ao redor poderia sentir a química no ar quando dividiam o mesmo espaço. O mercenário tagarela ansiava para um contato mais íntimo, enquanto Peter tentava bancar uma falsa imagem de desinteressado.

Mais um dia normal para o homem-aranha, somente enfrentando vilões e criminosos, cansativo como sempre, mas necessário. Vez ou outra cruzando seu caminho com Wade - como tinha dito para o jovem o chamar ao invés de DeadPool -. Uma hora ou outra do dia esbarrava com o mercenário instantes antes dele matar alguém e o impedia subitamente, causando enfurecimento e indignação.

- Qual é, Baby boy? - Exclamou levando as duas mãos ao rosto ainda segurando a espada coberta de sangue. Peter acabara de o impedir de mais um de seus assassinatos diários.

- Eu já falei pra você não fazer isso! - Peter diz lançando teia no homem que iria ser morto para não fugir.

- Você sabe que eu faço tudo por você, né? Mas isso é serviço, amor - Disse fazendo Peter revirar os olhos sob a máscara vermelha. Wade sempre fazia aquilo, sempre na frente de qualquer um que pudesse ouvir, envergonhando o menor e o fazendo corar.

Disse uma vez, que sua bunda ficava perfeita no uniforme colado e isso fez com que Peter pigarreasse e saltasse por aí lançando as suas teias ardendo em vergonha, o que comprovava mais ainda a presença de tal sentimento.

Wade era rápido, ágil, mas quando a polícia estava para chegar no local, era Peter quem o tirava dali aguentando seu peso sob as teias, tudo isso para impedir que Wade matasse os policiais, já que obviamente iriam prendê-lo. Nessas ocasiões, Wade tirava proveito e deixava escapará algumas mãos bobas.

Peter se deixava levar pelo charme do mercenário e na maioria das vezes até ficava excitado, mas sua conduta moral o impedia de manter contato com alguém como ele que matava por dinheiro.

Mas isso não quer dizer que não se tocava pensando no maior.

As vezes Peter pedia mentalmente para encontrar Wade só para levá-lo consigo em suas teias, para sentir o volume do rapaz atrás de si e o seu peito lhe tocando as costas, era excitante demais para que pudesse resistir por muito tempo.

DeadPool abaixou a espada e sorriu por debaixo do uniforme para o jovem.

- Tá me devendo essa - O barulho de sirene fora ouvido e sem esperar pedido ou permissão, DeadPool passava os braços em torno do corpo do menor. Peter franziu o cenho e simplesmente relaxou com o corpo dele encostado ao seu.

- Anda Baby Boy...

- Não me chama assim - Disse e disparou uma teia em direção a um prédio. Saltando mais uma vez, até chegar em um beco escuro onde ficou parado esperando Wade o soltar.

- Já pode me largar - Disse e Wade finalmente o soltou.

- Valew, Baby Boy. O que acha da gente sair amanhã? 

- Vai sonhando, e não me chama assim!

- Eu sei que você se amarra, qual é, Cabeça-de-Teia? Vai me deixar na mão - Wade sinalizou uma punheta com uma mão por cima do seu volume. Peter deu as costas mais que envergonhado e saiu novamente. Seria quase impossível resistir se acontecesse de novo, pensou o garoto.

Teve de se satisfazer com sua mão mais uma vez.

Se gostava dele igualmente por que não se permitia? Sua conduta moral valia tanto assim?

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⏰ Última atualização: Mar 26, 2020 ⏰

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