Prazer, me chamo Diana

Capítulo 78♥

(Quarta-feira/08:00 am)

Por Dária (Mãe da Diana)

__Dária por favor você pode levar isso para os parentes do paciente do quarto duzentos e dois preencher? Faz esse favor?

Margareth uma colega de trabalho perguntou sorrindo falsamente como ela faz toda vez que me pede pra fazer o trabalho dela. E eu? Eu faço porque sou uma ótima pessoa e adoro ajudar os outros. Mentira, não é isso.

__Claro querida, como sempre.

__Obrigada!__disse saindo.

__Ridícula...

Murmurei baixo folheando as fichas na prancheta e ela voltou.

__O que disse?

__Nada meu bem, falei rinite! O tempo muda ai sabe como é né?!

__Ah é horrível, meu sobrinho tem isso! Pode procurar o doutor González depois pra te ajudar!

__Vou procurá-lo, obrigada.

__De nada!

Ela saiu seguindo pelo corredor, revirei os olhos e fui no corredor três para o quarto do paciente. Graças a Deus meu turno está acabando, estou no hospital desde ontem as cinco da tarde. Sem dormir, apenas sobre café. Fazer plantão não é nada mole. Peguei a prancheta que estava na porta do quarto, marquei as opções dos exames que já foram feitos, coloquei no lugar, bati na porta e entrei. O caso aqui é estável, o garoto caiu da moto, bateu a cabeça e está em coma. Não que eu esteja julgando mas o menino tem quinze anos, quem dá uma moto pra crianças? No meu tempo que não faz tanto tempo assim como quinze anos eu só beijava na boca, as outras coisas era negociável. Hoje em dia está tudo muito mudado e liberal demais.

__Bom dia.

Cumprimentei a mãe dele que estava sentada no sofá mexendo no telefone ao lado do marido.

__Oi, bom dia!

__Preciso por favor que a senhora preenche a ficha dele.

__Claro, vou preencher!

Ela disse, entreguei a prancheta pra ela, minha caneta e ela ficou lendo o documento com o marido. Eu espero que ela devolva a minha caneta porque é um tal de perder canetas, parece até que estou no ensino médio. Me aproximei da cama e dos aparelhos checando tudo, olhei tudo analisando, arrumei a bolsa do soro e chequei os batimentos. Ela já está assim a três semanas mas teremos que começar um tratamento pra ver se ele reage.

__Aqui está!

Disse chamando minha atenção, peguei a prancheta pra analisar.

__Tudo certinho, obrigada.

__De nada... A senhora tem alguma notícia? Algo que o médico tenha falado sobre ele?

__Infelizmente não! Mas ele chegará daqui uma hora a senhora pode conversar com ele e ele vai explicar o caso okay?

__Tudo bem!

Acenei, sai da sala fechando a porta rezando pra dar nove horas. Não vejo a hora de chegar em casa, tomar um bom banho e ficar mimando os meus netinhos.

__Dária?__me chamaram.

__Sim?

Respondi ao Sidnei. Meu chefe que estou... Tendo um casinho bem básico, ele é solteiro, eu também então eu não vi nada de errado... Mas algo me diz que ele tem me escondido algo que eu ainda vou descobrir o que é. Por enquanto preferi me distanciar.

__Pode vir aqui por favor?

Perguntou parado na porta da sala dele, concordei indo até lá fazendo expressão de dor pelos meus sapatos alto que estão matando os meus pobres pés. Passei por ele entrando na sala, ele fechou a porta e me agarrou.