2. Duas partes de um todo

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Olá, volto a pedir, compartilhem, deixe seu voto. Será que chegamos a cem estrelas?

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Sasami

Espero por Akio na frente da empresa, ainda que agora não seja mais tão necessário como era antes, pois agora, finalmente ele conseguiu encontrar alguém que pode cuidar dele sem enlouquecer e que, além disso, se transformou no homem de sua vida, não nego o quão feliz eu fico por ele, visto como sei o quanto ele sofreu por conta de sua maldição. Apesar de não gostar de como ele chama isso, o entendo.

Vejo como o carro dele para de frente para a empresa enquanto ele desce usando um terno cinza, com sua gravata perfeitamente arrumada enquanto seu namorado vai estacionar o carro. Pergunto-me se ele contou a Kazuki sobre minha situação. Ou se sendo tão esperto ele não já descobriu sozinho, porque sei que correm alguns boatos na empresa sobre isso, e que eles são piores que a verdade em alguns pontos.

Observo enquanto o rosto coberto pela máscara parece me ler completamente, às vezes imagino que em outra vida nos realmente tenhamos sido algo como irmãos, pois não conheço alguém que me conheça melhor que esse homem, e que possa me ajudar com meus problemas de maneira que eu não enlouqueça.

— Sua mãe me xingou muito? — Pergunta quando se aproxima. Ergo minha mão esperando enquanto ele deposita a máscara e os óculos nela, segurando-os para poder guardá-los mais tarde. — Sei que é o passatempo preferido dela, principalmente por que você a deixa acreditar que sou um chefe tirano. — Tento ignorar a risada que sobe por minha garganta ao apertar os objetos em minha mão com mais força.

— A maioria das pessoas acha isso, porque se preocupa tanto com o que minha mãe pensa? Ela pode achar que você quer casar comigo. — Brinco, ainda ignorando a risada presa na boca do meu estômago somente para manter minha postura de secretária ideal.

— Claro, como se eu fosse. Passou bem o feriado? Creio que já sabe que tudo ocorreu de maneira espetacular aqui na empresa, e que meu pai está na capa da maioria dos jornais hoje. — Rio, sim, eu tinha visto muito jornais onde claramente Shiro parece estar flertando com seu namorado, não se deixando abalar pelas câmeras presentes. Sempre fico surpresa com como ele não se importa com elas, pois para ele somente há Kirito, e se o mesmo não se incomoda o mais velho toma isso como uma dose de liberdade que provavelmente faz com que seu secretário se arrependa instantaneamente.

— Seu pai não se interessa pelo que é dito pela imprensa, por isso não se importa com quantos jornais estão mencionando sua cara safada, no entanto imagino que Kirito esteja tendo algumas dificuldades hoje. — Digo, sabendo que ele sempre tenta cuidar de tudo para que seu relacionamento não afete negativamente a empresa, e sei como isso pode ser problemático, pois tive que lidar com o incidente de Akio e seu antigo secretário.

Ainda me arrependo de não ter percebido a intenção do homem, de como eu poderia tê-lo parado se apenas tivesse prestado atenção no que ele vinha fazendo, e por minha falta de observação Akio quase foi violentado. Isso fica preso em minha mente e me faz sempre estar alerta.

— Bem, é verdade, preciso que vá até a J. P. Corp. O presidente pediu por uma reunião mais tenho outra marcada no mesmo horário, e você é quem sempre me substitui nessas situações, o Kazuki pode cuidar de tudo aqui na empresa. — Concordo o seguindo para dentro, vendo como Kazuki sai de um dos elevadores vindo para o lado dele. Para que também o acompanhe até sua sala.

Seguindo o que me foi instruído pego todos os documentos que temos relacionados com a empresa de alimentação e sigo meu caminho após pegar um taxi que me deixa de frente para ela. Sempre fico surpresa com como o presidente dessa filial pode ser organizado, e como seus funcionários não enlouquecem com sua personalidade controladora, pois tenho certeza de que não suportaria.

Indomável (Chance livro 6)Onde histórias criam vida. Descubra agora