Capítulo 1: É só o primeiro dia.

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O relógio desperta, são 05:45AM. Preciso me arrumar para mais uma semana longa que terei na faculdade, mas estou cansada...Fico acordada até tarde fazendo projetos atoa, que nem sempre serão vistos, porque ainda sou bem insegura com o meu trabalho e depois eu sempre reclamo por estar cansada no outro dia, mas tudo bem...faz parte. Levanto-me da cama, e logo vejo pela janela que amanheceu nevando. Na minha casa há muitas janelas, pois sempre preferi luz natural, e sem contar que deixa o ambiente mais charmoso e aconchegante. Como está frio, pego um moletom mais quente e visto, enquanto penso no que preparar de café da manhã. Passo pelo o espelho e reparo que minhas olheiras já estão bem visíveis, então dormir cedo é algo que eu preciso começar a fazer. É difícil algo me incomodar no meu corpo hoje em dia, mas meu rosto é algo que eu prezo pelo bem estar. 


Antes de sair do quarto, pego meu celular, meu fone, e coloco na playlist do Spotify que mais tenho escutado, ela só tem músicas instrumentais, ouço ela porque me traz inspiração e me acalma. Ajuda bastante nas minhas meditações diárias e nos meus projetos da faculdade.
Sigo para o banheiro, e faço todo o processo da minha higiene pessoal e, antes de descer, aproveito para dar uma aparada no meu cabelo. Pego a máquina de cortar cabelo e passo, sem segredo algum, depois aplico uma máscara de argila verde no meu rosto, porque o frio vai deixar minha pele toda ressecada, então prefiro prevenir deixando ela agir enquanto desço para preparar meu café. Saio do banheiro e vou em direção à escada, enquanto as desço, percebo que eu preciso limpar minha casa urgentemente, daqui a pouco ninguém vai querer entrar aqui além de mim. Chegando na cozinha, abro a geladeira, pego um abacate e vou fazer uma geleia para comer com torradas e um suco natural de laranja. Depois de ter tomado meu café da manhã, subo para poder tomar um banho quente e me arrumar para a faculdade.


Como está nevando, vou colocar uma calça de sarja preta, uma camiseta de gola alta vermelha, uma bota preta que vai até a canela, e um sobretudo preto bem quentinho. Hoje decidi não fazer uma maquiagem pesada, vou pegar leve no olho (eu passei apenas um delineador e rímel) e um batom vermelho para dar destaque junto com minha blusa. Coloco uns anéis e um brinco de argola que é composto por várias bolinhas juntas. Ainda no meu quarto, pego minha bolsa da adidas e coloco todos os meus materiais dentro dela, olho duas vezes para ter certeza de que não esqueci nada, e desço para a sala. Assim que cheguei, percebi que esqueci meu fone (eu sempre, é inacreditável em como eu sempre esqueço alguma coisa), subo ao meu quarto para pega-lo e desço rapidinho, pois já são 06:37 e eu preciso estar na faculdade 07:30.
Saindo de casa, decidi passar no Union para pegar um café e ir tomando no caminho. Assim que passei pela porta, vi o Henry. O Henry trabalha aqui, raramente nos vemos, pois eu só fico por muito tempo aqui, nos finais de semana. Ele é um garoto simpático, não sei ao certo a idade dele, mas ele parece ser mais novo do que eu. É loiro, olhos cor de mel, lábios nem tão grossos e nem tão finos, o que eu mais gosto nele é o cabelo, é grande, vai até o ombro, gosto do piercing que ele tem no cantinho da boca também. Ele não seria um partido ruim, eu investiria se tivesse tempo, como não tenho, deixo para lá. Fui até o balcão, desejei bom dia ao Henry, perguntei como ele estava e em seguida pedi um Cappuccino pra viagem. Enquanto eu esperava, sempre gostei de apreciar a beleza do Union.(Notas sobre o Union: O Union é uma cafeteria que tem perto da minha casa, é um lugarzinho bem aconchegante e rústico, eu gosto muito de decorações rústicas, por isso, gosto daqui. Tem muitas luzinhas enfeitando, música calma e gente agradável). Quando o Henry foi entregar o meu pedido, notei que ele estava com uma expressão triste, fiquei com receio de perguntar e ser inconveniente, então preferi deixar de lado e ir para a faculdade, aliás, estava atrasada. 


Saí da cafeteria, entrei no meu carro e fui o mais rápido possível, eu até que dei sorte, a neve não estava cobrindo tanto as ruas, estava tranquilo para sair de carro. Tem dias que é impossível, nesses dias eu vou de metrô. Assim que cheguei na faculdade, estacionei meu carro, peguei minha bolsa, meu Cappuccino e saí. Tinha muita gente nova esse semestre, será que eu vou conhecer pessoas interessantes? Será que vou fazer boas amizades? Não sei, mas ficar parada no meio do caminho olhando as pessoas não ia adiantar. Voltei pra realidade e logo vi que chegou uma notificação no meu celular, era o Dylan:

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