Prólogo

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“Afinal, o que é mais humano do que tentar sobreviver?”

— La Casa de Papel 



Inverno, uma época adorável para cachecóis e bastante chocolate quente. Eu me encontrava na esquina de uma loja de discos, a paisagem era branca por conta da presença da neve e iluminada com as diversas cores de pisca pisca enfeitada por todos os locais e claro que árvores de natal com pessoas sorridentes, vestidas com o clima, claro que não faltava por aqui. Faz uns seis anos que não voltava para minha cidade natal devido ao "trabalho", muitos jogam na minha cara que não foi por conta do trabalho que sumi e é claro que ignoro, na verdade eles estão certos eu estava cansado dessa vida onde você tem que falar tudo para seus pais e está no mesmo teto e se sentir sufocado com a falta de coragem em determinadas responsabilidades que a vida lhe proporciona. 

Caminho em direção a uma cafeteria onde tinha costume de frequentar com meus amigos, eles não concordaram com minha partida e até hoje não se falamos por conta disso...

A vida não é fácil.

Mas a culpa foi minha mesmo.

Eu fugi de tudo por medo.

O que me restou?

Nada por aqui...

Sento no balcão como sempre, suspirei alto que não percebi.

Chegou uma atendente com o cardápio, observei que possui algumas bebidas novas e com nomes apropriados. Ao olhar para o outro lado vejo um nome conhecido.

Dattebayo

Me lembro desse dia.

Fala sério Naruto o cara pergunta um nome legal para colocar no novo café e você diz isso?

Eu achei legal tá bom! Ele perguntou pra mim então eu respondi! Assim vocês nunca se esqueceram do café bakas!

A atendente chega perguntando o que desejo e respondo que quero somente um cappuccino.

Ao terminar de tomá-lo resolvo dar uma volta na antiga pracinha onde eu e o pessoal do colegial fugia pra zuar depois das aulas. Essa cidade é uma nostalgia que não me sinto mal por ter deixado tudo para trás.

Eu sabia meus motivos, eu que escolhi seguir este caminho, eu senti as dores, mas não posso mudar nada. Desde que fui para o exterior me preveni apagando minhas contas nas redes sociais, mudei meu número, mudei até meu visual que até meus parentes não reconheceram. 

Me privei de tudo.

Então por que eu voltei?

Porque não gostaria de terminar minha vida com essas escolhas e minha mãe com desgosto por ter me tornado assim.

Ao chegar na praça, tinha algumas pessoas com seus filhos em alguns dos brinquedos do local, sinal que o governo preservou este local. Havia boatos no tempo do colegial que a praça com ao passar dos anos não existiria mais.

– Não acredito que vão acabar com nosso território. — Choramigou Ino com Hinata. — Eles não tem direito de fazer isso, essa praça é importante para nós e muitas pessoas que vieram já por aqui!

– Deixa de drama loira aguada. — Revirou os olhos Neji, enquanto o pessoal ria com a cara de tacho de Ino.

– Seu primo é um chato Hina! Vou arrancar esses cabelos horrorosos dele!

Dramática como sempre.

Gaara!

Não dei por mim e estava sorrindo.

Você deve está se perguntando quem sou. 

Fácil.

Sou Uchiha Sasuke.

ArrependimentosOnde histórias criam vida. Descubra agora