A Veia.

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Mais uma vez abro as minhas veias, não, não é no sentido literal. Digo isto pois é uma expressão que alguns escritores usam, abrir a veia na verdade significa voltar a escrever.
Desta vez não tenho um texto planeado, não há começo já feito, não há meio pensado nem final inspirado, lá está, abri a veia.
Por onde começo? O que quero dizer? Honestamente não sei... Não sei se há algo que eu queira dizer, algo que queira contar, algo que queira partilhar, sei no entanto que a minha veia gritava para ser aberta.
Não há início, não há meio nem muito menos um final, escrevo por escrever. Escrevo porque a música me diz, escrevo porque as saudades são grandes. Mas saudades do que? Ou de quem?
Não sei... Sei que o meu coração sente um enorme vazio. Pessoas? Animais? Portugal? Alentejo?
Continuo sem saber.
  Então afinal de contas porque escrevo eu?
Não sei e possivelmente nunca vou saber, o certo é que escrevo porque a minha veia o diz.

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