Capitulo Quatro

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     Senti um arrepio pelo corpo com a súbita voz vinda do meu cangote.

     Virei cuidadosamente para trás e dei de cara com aquele olhar intenso novamente, meu coração dispara, esse cara está me seguindo por acaso? 

- Oi- é a única coisa que consigo soltar naquele momento o que me faz sentir inútil, serio? oi? eu podia ao menos responder a pergunta à ele.

- Oi- ele solta um pequeno sorriso, seus olhos mostravam divertimento o que me surpreendeu- você fugiu tão depressa para encontrar com seu amigo, será que você só estava tentando se livrar de mim?

- Não exatamente, meu amigo realmente estava me esperando mas ele se cansou de me esperar e foi embora sem mim aquele cuzão- me apressei para tentar explicar e acho que falei rápido demais, escutei um pequeno riso vindo dele 

- Olha, se você quiser eu posso te dar uma carona, eu não bebi prometo

- você veio para uma festa e não bebeu? 

- Você também, ou eu estou enganado e você esta completamente bêbado?

- Será que você pode me deixar no ponto de onibus mais próximo?- digo por fim, tinha que dar um jeito de ir para casa mas ao mesmo tempo não queria que aquele cara soubesse quem eu sou. Tinha uma paranóia na minha cabeça de que ele iria me olhar com cara de pena e nojo, dizer algo com: "Oh, você é o pobre coitado que Alice largou. Agora entendi o porque, o que fazia nessa festa? perdedor", e sabe-se lá o que aconteceria comigo depois.

- Ponto de onibus? você é um bolsista da Atena?- isso me pegou de surpresa, ele pensava que eu era aluno de uma escola de elite , provavelmente maioria se  não todas as pessoas daquela festa eram de lá.

-  É só que eu supostamente deveria estar dormindo na casa do meu amigo, e como ele me largou aqui com poucos trocados não tenho muito o que fazer- Não estava mentindo, somente emitindo uma parte da verdade, não queria que ele soubesse sobre mim por algum motivo sentia que tinha que me esconder dele.

- Eu já te falei que te dou uma carona- ele rebateu, enquanto sorria passou o braço ao redor do meu pescoço enquanto ia em direção a um carro preto cuja a marca para mim era desconhecida, provavelmente um importado.

- Mas...- indaguei exasperado- seria estranho um desconhecido se dar o trabalho de me oferecer uma carona, não acha?

- Você tem toda a razão- disse ele parando de andar, e quando eu achava que finalmente havia me livrado ele fala- Prazer em conhece-lo Miguel, sou Marcos mas meus amigos me chamam de Marco. 

Eu Odeio o AmorWhere stories live. Discover now