Capítulo 37

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O perdão


~ Rodolfo Dash~

___ Acho que é exatamente o que estamos vendo.___ Disse Sam após analisar a foto em que havíamos encontrado.

___ Mas essa é Stefany uns vinte anos mais nova.

___ Exato. Você acha que ela pode ser suspeita?

___ Para te falar a verdade, eu estou tão confuso que nem sei o que dizer. Uma foto onde Jacob está abraçado com uma garota de quinze anos, que na verdade é a mãe biológica da Melanie.

___ Mas não há nada no material que encontramos no túnel que indique que ele tenha procurado a mãe biológica, ou que sabia quem era.

___ Mas Sam, ele pode saber disso há séculos.

___ Verdade. Mas nessa época ele estaria prestes a se casar com Charllote, será que ela vendeu a filha para ele.

___ Você está cansado de saber que ela veio de um orfanato Sam.

___ Ah sim. Acho que não é só você que não sabe o que dizer. Bom, vou fazer o que sei de melhor. Investigar.

~ Melinda~

Já estava ficando agoniada, sem notícias e presa em casa sem explicações! Heitor não me fala nada! Ninguém fala nada. Eles querem me infartar, não tem outra explicação. Rodolfo ligou para dizer que em hipótese alguma eu deixasse Heitor sair, depois ligou para Heitor e disse para que ele não me deixasse sair. Agora nós dois queremos sair de casa e ir atrás de noticias, mas não é o ideal. Tudo o que nós resta é orar.

Quase um mês sem ver minha filha. Sempre fico segurando o colar que ela tanto ama, o de esmeraldas. Espero ansiosamente por sua volta. Nesses dias todos fiquei lembrando das expedições que fazia, em cavernas na Califórnia e em vários outros lugares, parei minha vida no tempo. Tenho saudade de quando os meus problemas se resumiam em ficar longe de casa estudando.

Semana passada, comprei os centros de mesa e boa parte da decoração do meu casamento. Luzes e muitas flores, enfeitariam aquele grande dia, mas só a estrela principal iluminária mais que todas as luzes que comprei. Pensei em um casamento duplo, como nos filmes. Não sei ao certo se é isso que Melanie quer, mas quem sabe seja isso mesmo. Rodolfo anda tão empenhado que nem tem tempo de conversar sobre nosso casamento, assim como eu, parece ter sido tirado um pedaço do seu coração.

Desesperada, eu tentei pular pela janela, mas era muito alta. Tentei sair do quarto, e só aí percebi que eu estava trancada. Como ele pode me trancar! Meu Deus. Gritei e gritei. Acho que nem mesmo ele estava lá. Okay, eu não sabia o que fazer, então me arrisquei. Me arrisquei até demais. Quando me joguei da janela, percebi que cairia do terceiro andar de uma forma nada agradável. Enquanto caia, tudo pareceu ficar em câmera lenta. Flashs de memória.

___ Mãe, não me abandona.

___ Você não é real.

___ Mãe, fica.

Minha vida inteira começou a passar pela minha mente, enquanto as folhas caíam bem devagar e dançavam junto com a leve chuva que comecava a cair. Tudo vinha rápido de mais, pensamentos, fôlego, desespero, receio e raiva. Quando menos espero, sinto meu corpo pesar em choque com um superfície que até então, poderia ser a fatalidade onde findaria meus dias. Minha visão se turva, e ali, vejo algumas pessoas se aproximando. Sinto cheiro de sangue, o mesmo que sai pelas minhas narinas e assim, tudo se esvai como um sopro.

~ Melanie ~

Jacob corria com o carro e tudo o que eu podia imaginar, era para onde ele estaria me levando. Minha única certeza, era que as coisas não iriam ficar boas. Eu estava muito atônita. Ele teria comprido sua promeça, mas, os policiais que foram se aproximando o assustou, e o deixou bem nervoso. Acho que ele queria se despedir antes de me levar para casa, porém as coisas só se complicaram.

Resgatando Sonhos Roubados.Onde histórias criam vida. Descubra agora