Vinte e dois de janeiro, uma data que foi bom e ruim para minha vida.
Foi o dia em que eu fiz sexo sem está no meu estado normal, e como cada ato tem sua consequência eu engravidei. Mas vamos lá, vou contar como aconteceu tudo...
5 anos antes...
-Oi Gabi - posso sentar aqui contigo?
Gustavo, o menino mais bonito da classe falando comigo? Acho que vou ter um piripaque.
-Claro Gustavo - falo com um sorriso de orelha a orelha.
Ele senta do meu lado. Estávamos numa festa de dezoito anos de uma garota da nossa sala. Não tenho muitos amigos na sala, sou recatada, de uma família humilde, curso o terceiro ano, numa escola de gente rica no Rio de Janeiro, ganhei uma bolsa de estudos.
Minha mãe é dona de casa e meu pai não tem um trabalho fixo. Mas eu sei que eu sou o maior orgulho deles, e faço de tudo para orgulhar eles.
-Quantos anos você tem Gabi? - ele pergunta me tirando dos meus devaneios.
- Dezoito e você?
-Dezenove - ele olha ao redor.
Gustavo anda com uma patota de meninos chatos e tirados a riquinhos, mas sinto que ele é diferente. Aqueles meninos são muito esnobes.
-Posso pegar uma bebida para você?
-Desculpa, eu não bebo.
-É só uma Gabi, não vai te fazer tão mal como você pensa.
- Tá bom.
Ele vai até um lugar em que ficava as bebidas e prepara uma e me dá um copo, cheiro e só sinto cheio de vodka. Bebo o líquido que desce queimando na minha garganta.
-Gostou? - fiz que sim e sorri forçado. Aquilo é horrivel!
Eu e Gustavo fomos conversando e bebendo mais e mais, e fui ficando cada vez bêbada e ele parecia está sóbrio até demais.
-Vamos ali Gabi comigo rapidinho?
Ele me puxou, quando levantei vi meu mundo rodar e via tudo embaçado, minha cabeça doía muito. Ele foi me conduzindo e vi a porta fechar. Percebi que estávamos num quarto.
Gustavo começou a me beijar e como eu não estava sã retribui o beijo. Ele começou a tirar minha roupa e vocês sabem bem o que aconteceu.
Eu me deixei levar pelo menino mais bonito da minha sala, e como tudo tem uma consequência a gente transou sem camisinha.
Depois de uma semana descobri que eu tava grávida, minha mãe sempre foi minha melhor amiga e sempre contei tudo a ela, então um dia resolvi contar que eu estava grávida eu não iria esconder isso por muito tempo.
E eu jamais abortaria essa criança, nunca na minha vida eu vou matar uma pessoa inocente que não teve nada haver com minhas irresponsabilidade.
-Mãe - a chamei receosa.
Ela estava preparando o almoço e logo ela olhou para trás me fitando.
-O que aconteceu Gabriela?
Ela me conhece muito bem e percebeu só pela minha expressão.
-O que eu vou contar para a senhora é muito sério - comecei a chorar - eu não queria que isso acontecesse.
-O que foi minha filha, eu tô ficando preocupada.
-Eu tô grávida.
Nesse mesmo momento meu pai entrou dentro de casa e minha mãe levou suas mãos a boca.
-Você está o que Gabriela? - eu vi chamas nos olhos de papai.
Ele veio com tudo para cima de mim. -Eu te educo tanto para nada Gabriela? - ele começou a me chacoalhar segurando em meus dois braços - eu me mato de trabalhar para botar o que comer em casa e você fica na rua vagabundando Gabriela?
-Desculpa pai - falo baixo e sinto o estado na minha cara.
Meu pai havia me dado um tapa na cara, ele nunca havia levantado a mão para me bater. Levei a mão ao rosto. E desejei que aquele maldito dia nunca tivesse acontecido. Que fosse só um pesadelo, mas não foi.
-Por que você deixou isso acontecer minha filha - minha mãe pergunta chorando.
E fico calada. Meu pai me solta e me joga no sofá como um saco de arroz. Me encolho e abraço minhas pernas.
-Sabe o que eu acho disso? Que minha filha é uma puta, por que você não tem namorado e nem um marido para ser pai desse filho seu, uma mãe solteira? Você jogou o seu futuro fora, você paga de tão inteligente, mas faz burrada Gabriela. E eu como pai, pai não, por que eu não te considero mais como filha. Você vai arrumar suas coisas e vai embora dessa casa, não vou sustentar e nem deixar uma puta dentro da minha casa.
-Você não pode fazer isso Miguel, a menina está grávida ela vai para onde?
-Ela que procure o responsável por engravidar ela.
-Ela é sua filha Miguel, você vai dá as costas a ela num momento desse? -Eu não tenho mais filha Sofia.
Ele deu as costas e saiu de casa novamente. Eu desabei a chorar, fui para meu quarto e peguei uma mochila pegando minhas coisas.
-Pra onde você vai filha?
-Não sei mãe, talvez seguir o que papai disse, atras do responsável que me engravidou.
-Não faz isso filha, não se humilhe filha.
-Eu já fui humilhada pelo meu pai, e acho que ele esta certo eu sou uma puta mesmo e burra, não vou poder fazer mais uma faculdade nem nada.
-Filha você pode abortar esse bebê.
-O que mãe? Eu não acredito que a senhora falou isso. Eu vou fingir que não escutei, eu pensei que a senhora ia me dá apoio.
-Pensa bem minha filha, essa criança vai atrapalhar sua vida.
-Eu nunca vou matar uma vida inocente.
Peguei a minha mochila já feita e botei nas costas.
-Tchau mãe, fica com Deus - beijei a testa dela e sai.
Peguei um ônibus e soltei perto da casa do Gustavo. Era uma casa enorme, tipo aquelas mansão de filme. Toquei a campanhia e a empregada abriu.
-Com quem a senhorita deseja falar?
-Com o Gustavo.
-Ah um momento, pode entrar. Entrei e me sentei no sofá colocando a mochila nos meus pés. Gustavo logo desceu.
-Ah é você - ele me encara com desdém.
-Gustavo eu tô grávida de você.
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Fate Of Love
RomanceGustavo tem que pagar uma aposta e sua vitima é Gabriela, uma garota humilde e quieta e essa aposta terá muitas consequências. *NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DAS MINHAS OBRAS*