Eu já provei beijos curtos, beijos demorados
Abraços quentes, abraços congelados
Eu já deitei em camas que eu não queria deitar, como também já mergulhei em mares que eu queria me afogar
Eu já vivi momentos tristes e momentos felizes
Já vivenciei tristes fins e doces começos
Já me perdi em olhares curiosos e olhares tristonhos
Em timbres graves e alguns agudos
Em sorrisos escancarados e muitos outros sorrisos ocultos
Foram tantas vezes, que passei a me julgar experiente demais para cair em ciladas
Mas ai você voltou...
Você sorriu com seu sorriso cortante,
Cortante como cacos de vidros de um espelho recém quebrado
Com seu timbre ensurdecedor,
Ensurdecedor como milhares de abelhas zumbindo em uma colmeia
Com seu beijo anêmico,
Anêmico como vítimas de vampiros.
Eu era sua vítima,
Você não sugava meu sangue, você sugava minha liberdade
Arrancava de mim toda minha alegria
E me viciava em você.
Eu confundia o vício com amor, mas dessa última vez eu fiquei completamente dilacerado e sem esperanças...
Foi só assim que entendi que não nos curamos voltando para os nossos traumas.
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Palavras não ditas
PoetryPalavras não ditas é um amontoado de poemas criados na cabeça de um garoto que imaginou mil e uma vezes como dizer todos os parágrafos, trechos, frases e palavras neste livro contido. No fim, ele apenas se aquietou, chorou, anotou e se esqueceu.
