1

15 3 48
                                    

   O vento fazia até mesmoas árvores mais fortes balançarem, a chuva caiu sem pausas por 5 dias e no 6°, a barragem que protegia a cidade de Artênia caiu. A água se juntou a lama causando uma avalanche que dizimou a pequena cidade. Os resgastes vieram rápido, mas o cavalo da morte foi ainda mais veloz. De 700 pessoas, somente 6 sobreviveram.
Devido a perda de seus bens materiais e família, o número foi reduzido para 1. A jovem sobrevivente fugiu do abrigo para qual foi designada e seguiu seu caminho fingindo ser outra pessoa. De pele escura, cabelos negros, olhos cor de prata e uma expressão que nada passava, Alexandra Thunder Sal'mov, aos seus 9 anos de idade, foi deixada a própria sorte.

   Vagou por várias cidades, sobrevivendo com o uso de sua inteligência, habilidade e a sorte em jogos de azar. Em um importante jogo, apostou 10.000.000.000 D's ( Moeda mundial calculada da mesma forma que o Real.) e conseguiu triplicar o valor de sua aposta. Alexandra conseguiu se tornar multimilionária aos 10 anos de idade, mas resolveu doar mais 90% de seu dinheiro para ONGs que ajudavam pessoas como ela. No final, acabou só comprando uma casa simples e ficando com 20 mil para fazer suas apostas, ganhar mais dinheiro e doar uma grande quantia do que conseguir.
De cassinos clandestinos à bares pequenos como o Jhone's, bar onde Alexandra jogava uma partida de baralho.

- Você está trapaceando. - Alexandra disse a sua opositora. Um simples jogo de cartas valendo 1.000 D's.

- E você pode provar ? - A mulher perguntou com um sorriso em seu rosto.

   O bar todo voltou sua atenção à partida. Uma mulher que aparentava ter seus 21 anos de idade, de pele branca como a neve, longos cabelos prateados e lisos, olhos rubros, e um corpo com traços bem definidos. Uma menina de 11 anos de idade, de pele parda, de cabelos cacheados e escuros que por pouco ultrapassavam seus ombros, olhos cor de prata, e o corpo liso como uma tábua. Duas pessoas completamente opostas em um singelo bar de esquina, competindo de igual para igual.

- Tem um Ás de Copas na sua manga esquerda. Você o colocou ai quando embaralhou as cartas. - Alexandra respondeu

- Menina esperta. - A albina tirou a carta de sua manga esquerda e a jogou sobre a mesa. - Bem, eu perdi. - A mulher jogou suas cartas sobre a mesa, revelando que já havia ganhado a partida.

- Foi uma bela estratégia - Alexandra admitiu jogando suas cartas sobre a mesa. - Você é primeira pessoa a me vencer

- Eu usei de trapaça, você venceu - A mais velha falou.

- Vence quem vira primeiro primeiro as cartas, você venceu. - Alexandra falou.

- Meu nome é Mara. Foi um prazer te tapear - A mais velha brincou.

- Meu nome é Samara. Foi um prazer roubar suas estratégias. - Alexandra mentiu e entrou na brincadeira sem esboçar um sorriso.

- É Feio mentir, Alexandra Thunder - A mais velha sussurrou.

- Digo o mesmo, Meg-umi Vallentine. - a moçoila respondeu em sussurros.

- Você é uma criança interessante. Viaje comigo, eu posso te adotar. - Meg-umi falou

- Eu me cuido sozinha. - Alexandra falou e se retirou do local de forma apressada.

   A menina estava inquieta, as horas pareciam não passar, como se o relógio tivesse quebrado. Olhava de 5 em 5 minutos para a tela de seu celular na esperança de já ter se passado ao menos 30 minutos, mas sua decepção continuará a mesma. Naquela noite, projetou diversos planos para o futuro, mas ficha caiu quando se lembrou do grande preconceito espalhado ao mundo. Nenhum de seus planos se tornaria real, nenhum negro tinha moral naquele mundo e isso não mudaria simplesmente por um querer.
Quando finalmente dormiu, ficou em duvida se estava acordada na vida real ou se estava dentro de um sonho. Estava dentro de um templo decorado com todo tipo de pedras preciosas e no teto havia uma pintura que parecia contar a história de guerreiros. Passos podiam ser escutados, mas Alexandra estava aparentemente sozinha no local.

- Alexandra Thunder Sal'mov - uma voz ecou pelo templo em alto e bom som.

- Apareça, Kuririn - Alexandra respondeu em voz alta

Uma risada conhecida pode ser ouvida no templo. A menina logo parou para pensar sobre a estranha risada que ouvia e de onde a conhecia.

- EU FALEI QUE ELA ERA DEMAIS! - A moçoila teve absoluta certeza de quem se tratava ao ouvir aquilo. Era a albina, Meg-Umi estava ali.

- Devo admitir, ela me parece uma boa candidata - A voz soou próxima aos ouvidos da criança e uma bela mulher apareceu ali.

   Dos cabelos dourados, pele clara e olhos prateados, a figura vestia um longo vestido vermelho. As mangas largas lhe cobriam as mãos, o comprimento do vestido lhe cobria os pés, mas o decote lhe dava toda a sensualidade que precisava. A mulher aparentava ser mais nova que Meg-umi, mas Alexandra deduziu que ela seria uma deusa. Por conta das pinturas no teto a menina tirou sua conclusão.

- Eu sou Yoru, deusa dos céus e da vida - a mulher se apresentou confirmando a hipótese da criança. - E você é  minha escolhida para erdar as minhas asas.

- Ok, serei bispo e se precisar, seu sacrifício?

- Você entende rápido demais, tem certeza de que é uma criança? - A deusa perguntou e a menina fechou os olhos e assentiu.

- Eu vou resumir a história. A morte da mãe dela foi prevista e é algo inevitável. Ela tem uma irmã gêmea, Shin-ha, deusa das águas e da morte, e uma das duas tem de herdar o trono. Existe um regra no Olimpo que impede que elas se ataquem diretamente e outra que impede que ela ataquem humanos e outros seres de forma direta, amo essas regras. Bom, como elas não podiam se atacar e tinham de decidir quem era digna de ser a próxima fake Zeus, criaram Sílíní e o transformarãm em um tabuleiro de xadrez gigante onde as peças se mexem sozinhas. Kharm pertence a Yoru e Phantom pertence a Shin-Ha, quem fizer a nação alheia cair primeiro ganha. - Meg-Umi explicou empolgada.

- Você perdeu tudo para ser digna do meu poder, só pessoas perdidas podem formar a Sky Eye. - A deusa fez uma pausa - Certamente você conhece a divisão desse mundo, existem os reinos de Kharm e Phantom e os países e continentes aparentemente normais que tem como marca a bandeira da nação a qual pertecem e que estão sobre a proteção.

- Eu só tenho a opção de aceitar, vá direto ao ponto e explique o que tenho que fazer - Alexandra disse impaciente.

- Ela é uma cópia exata de você quando mais nova Meg-Umi - A deusa disse e riu brevemente junto à albina, que parecia concordar.

- Me sinto extremamente ofendida.- A menina falou provocando uma crise risos na deusa e uma expressão mau humorado no rosto da albina.

- Você vai se fortificar e sair pelo mundo em busca 5 pessoas para formar a Sky Eye. Quem? Isso você escolhe, avalie por seus critérios, mas lembre-se, a pessoa tem que estar perdida. Uma vez de grupo formado, você vai inscreve-lo para prova de seleção e passar. A sua Sky Eye vai acabar com essa guerra - Disse Yoru, deixando seus lindos olhos brilharem com a esperança de acabar com a guerra fria entre ela e a irmã.

- Ok. - Foi tudo o Alexandra respondeu antes de sua visão começar a ficar turva.

- Apresse-se e corra! Sabem que eu a escolhi e já estão atrás de você! - foi a última que escutou antes de acordar de seu "sonho".

Sky Eye Onde histórias criam vida. Descubra agora