2

11 2 13
                                    

  Naquela noite, Alexandra foi atacada por 10 cavaleiros de Phantom e todos eles foram derrotados facilmente por Meg-Umi. A menina criou imediatamente respeito pela guerreira. Já sabia de seus feitos em guerra, mas nenhuma história sobre a albina valia tanto quanto vê-la, ao vivo e em corres, derrotar 10 homens sem uma única arma.
   Partindo em uma jornada onde o ponto inicial seria fazer da garota alguém forte psicologicamente e fisicamente , Meg-Umi e Alexandra já estavam a 1 ano juntas. Alexandra nunca sorria, mas também não chorava de maneira alguma e Meg-Umi estava sempre sorridente e puxando brincadeiras estranhas. A diferença nada sútil entre elas chamava atenção, mas suas ideologias eram extremamente parecidas. A morena chegava a passar 4 dias inteiros estudando sem uma única pausa, mas parecia não treinar o corpo de maneira alguma.

  Na cidade de Maroquia, na Rússia, Alexandra atingiu seu limite ao estudar 5 dias inteiros sem pausa alguma e madrugar por 20 seguidos. Dormiu e descansou por três dias e voltou à biblioteca, sendo chamada de traça-livros por nunca sair de lá.

— Não era para você estudar só sobre a mana e as ciências exatas? – a albina perguntou ao ver livros sobre diversos assuntos em algumas das dez pilhas sobre a grande mesa redonda em  a menina estava sentada. — Vai ler todos os livros do mundo se continuar assim.

— Se eu for ignorante, não vou saber lidar com nada. Pense bem, pessoas assim raramente prosperam. Ainda tem os fatos de eu não poder defender uma nação sem saber sua história e nem parar uma guerra sem saber porque ela acontece. – a menina respondeu ao terminar de folhear um livro sobre filosofia. — Eu já li todos os livros dessa biblioteca. É a maior do mundo, mas em três meses eu li todos os livros e documentos desse lugar. É impossível ler todos os livros do mundo, novos escritores e cientistas sempre vão surgir.

— Você se tornou uma professora mirim. Tem certeza de que é minha filha? – Meg-Umi brincou. No ano anterior, a mulher havia resolvido adotar formalmente a moçoila.

— Não sei, você nunca me mostrou o documento. – A criança disse após dar um longo suspiro. — Uma negra sendo filha de uma mulher albina, uma história deveras interessante.

— Você sangra? – A mulher perguntou.

— Obviamente. – A menina respondeu.

— Certo...– A mais velha tirou um grampo vermelho e pontiagudo de seu cabelo, deixando a franja cair sobre seus olhos. Curiosa, a menina observava atentamente cada um dos movimentos de sua responsável. Meg-Umi furou a ponta de seu dedo indicador da mão esquerda e rapidamente furou o dedão da morena, que soltou um pequeno “ai” — Nosso sangue é da mesma cor, corre igual por nossos corpos, respiramos, falamos, pensamos e evoluímos. Por que diabos eu me importaria com sua cor? No fim, todos somos iguais.

— É a primeira vez que você diz algo que presta – a menina esboçou um sorriso torto.

— VAI CHOVER CANIVETE ?! — Meg-Umi gritou e olhou pela janela

— Estamos em uma biblioteca. Fale baixo, senhorita Vallentine – A morena falou ao voltar para sua expressão serena de sempre.

— Da próxima vez vou tirar foto de seu sorriso.

— Não ousaria.

— Quer pagar pra ver? Quer apostar 456 D's?

— Apostado.

  A relação entre as duas só se fortalecia com o tempo. O treinamento físico de Alexandra havia começado e, com a base que criou ao ler todos aqueles livros, a menina se saia bem em tudo que lhe era ensinado. Treinava até quase desmaiar por exaustão. Arco e flecha, esgrima, montaria, artes marciais e o controle da mana em seu corpo.

— AGORA – A albina gritou e uma flecha foi disparada acertando a asa de um pássaro. — Você não tem coragem para matar um animal. Como espera ter coragem para matar uma pessoa?

— A ave não me fez nada para merecer o cruel destino da morte – Alexandra falou ao pegar o pássaro abatido em seus braços e enrolar uma fita vermelha em sua asa. — Pessoas são cruéis. Não me importaria em matar qualquer pessoa que considerasse culpada.

— Yoru deve estar surtando por causa de sua palavras – A albina sorriu.

  E ela estava certa, no Olimpo, a deusa dava pulos de alegria. Alexandra já era forte mentalmente e fisicamente. Sua barriga, braços e pernas eram bem definidas. O cabelo já batia ao meio de suas costas, mas o de Meg-umi estava cortado a cima dos ombros. Certo que Alex já era uma quase uma guerreira, mas só habilidades daquele tipo não lhe seriam o suficiente. Em uma tarde, após terminar seus estudos sobre a alquimia, a menina fez um plano. Meg-Umi só lhe passaria um poder quando fosse o momento e lhe em ensinaria a usar outro quando a menina estivesse preparada, Alexandra simplesmente não foi capaz de aceitar tudo de mão beijada.

  Decidiu esperar por uma oportunidade e ela finalmente chegou. Meg-Umi havia sido obrigada a comparecer ao palácio de Kharm, segundo ela, a rainha queria “trocar uma idéia”. A menina pegou uma cadeira e posicionou em frente a grande estante de livros em seu quarto. Na 10° prateleira estava o livros que procurava. Os tirou calmamente da estante e os colocou no chão. Magia negra, alquimia, rentanjutso e rekinjutso. A garota foi até o banheiro principal da casa, pegou o kit médico que ali estava e voltou ao seu quarto. Na cama, 4 círculos de 4 centímetros de largura e 0,5 milímetros de espessura.

     Era tarde demais para se desistir de algo. A menina já havia acabado de desenhar os simbolos alquímicos nos círculos com o seu próprio sangue. A parte mais difícil estava por vir, a morena pegou o bisturi, abriu a lateral de sua mão esquerda e lá enfiou o primeiro círculo. Seus gritos de dor ecoavam pelo quarto, talvez chegassem ao corredor, mas ela continuou até que tivessem círculos dentro de seus pés e mãos e costurou as aberturas. Sua mana se ligou as círculos em suas mãos e mesmo se aquilo acontecesse, ela sabia que seria capaz de fazer alquimia. Já o fazia antes deste acontecimento, desenhando círculos alquímicos no chão e nas paredes para criar portas e passagens. A menina, ainda não era capaz de usar rentanjutsu ou rekinjutsu, não tinha as ferramentas certas, mas ainda restava a magia negra.
   Procurou até finalmente encontrar o que desejava. O dom de usar magia fios tinha um preço, sua vida. A vida de Alexandra seria ligada ao livro para toda a eternidade e no momento em que alguma coisa acontecesse ao livro, ela sofreria as devidas consequências. Pensou em desistir, mas logo foi atingida por uma forte onda de coragem e lembrou de seus objetivos e ideais. Com o bisturi, desenhou a balança ilustrada no livro em sua perna esquerda e o símbolo do infinito em seu pulso direito. Palavras em uma língua que nem a própria menina entendia foram ditas e o vermelho da balança e do símbolo ficaram em um roxo, como se fosse uma tatuagem. Ela podia morrer antes da destruição do livro, mas acreditava que aquela poderia a pior arma contra si.

   1 mês depois, quando Meg-Umi retornou, Alexandra foi obrigada a contar sobre o acontecimento. Não demorou nem 2 meses para a albina sair pelo território de Kharm em busca dos 5 perdidos, junto à morena, obviamente. O início da nova jornada foi marcado por brincadeiras e sorrisos, sorrisos da parte de Meg-Umi, mas felicidade da parte das duas. Não tinham tempo a perder, se já estava difícil, pioraria ainda. A albina havia sido convocada para o castelo novamente, deixando a morena sozinha em sua busca.

— Eu te amo! – Meg-Umi gritou para a morena ao entrar no jato particular que a levaria para Kharm.

— Eu – as palavras, te amo, nunca foram ouvidas por Meg-Umi e Alexandra voltou a sua pesquisa na busca de 5 pessoas perdidas.

Sky Eye Onde histórias criam vida. Descubra agora