Acordei, sem saber a hora nem ter compromissos.
Os sons da cidade entravam silenciosamente pela minha janela e tenho que admitir que são poucas as coisas que me fazem sentir tão bem como o barulho do tráfico de Nova Iorque.
Sentia-me tão bem debaixo da minha muralha de mantas que só me levantei da cama depois meia hora de ter acordado, tentando reunir toda a minha força para me levantar.
Enquanto os meus aquecidos pés entraram em contacto com o frio chão ficaram meio congelados, mas passados alguns segundos de "sofrimento" e "dor", habituei-me ao congelado chão de madeira. Fui até à casa de banho e lavei os dente e penteei o meu cabelo. Sai da casa de banho e fui ao meu armário buscar alguma sweat que me aquece-se, porque estava muito frio.
Desci as escada e fui até a cozinha. Abri um dos armários, retirei de lá a minha chávena da Ariel (sim, tenho uma obsessão com essa sereia meio humana com o cabelo vermelho, olhos azuis, de cauda verde e sutiã de conchas roxas). Pus uma cápsula de café nespresso com sabor a baunilha, coloquei no buraco em cima da máquina. Fechei a "tampa", carreguei no botão e deixei que a chávena se enche-se até quase a cima e pus leite e açúcar para não ter um sabor tão forte.
Peguei no meu café e subi as escadas silenciosamente para na acordar ninguém, mesmo sem saber que horas eram. Entrei no meu quarto, peguei no meu telemóvel que estava em cima da mesa de cabeceira e senti-me no peitoril da minha janela que era maior e tinha uma espécie de pequeno "sofá".
Encostei a minha testa ao vidro frio e via neve cair, que era tão normal nestas alturas do ano. Apertei bem a chávena de café para me aquecer as mãos.
Peguei no meu telemóvel, que o tinha deixado que deixei ao meu lado. Vi que horas eram: nove e meia. Ainda tinha tempo para apreciar a minha tão conhecida cidade e acabar de beber o meu açucarado café.
Enquanto as luzes dos carros que passavam pela frente da minha casa, eu pensava no que tinha acontecido ontem.
Em condições normais, o Brooke nunca tinha saído da sala, mesmo que fosse maior seca do mundo, nunca lhe tinha dito o que lhe disse e menos daquela forma e naquele momento e nunca teria reparado nas caras que eu fiz no jantar se não estivesse a olhar para mim.
Inconscientemente levei a borda da chávena à minha boca e sentia como o líquido existente lá dentro me queimava por dentro e pouco a pouco o quente ia desaparecendo depois de alguns segundos.
Voltando ao tema principal , será que é algum jogo? Será que quer que eu seja outra da sua lista? E esse é o casa eu não vou deixar que ele escreva o meu nome nessa lista, mentalmente ou literalmente, se é que tem mesmo essa lista.
O Natal está quase a chegar e com isso o Baile de Inverno, ao qual vão os empresários mais importantes de Nova Iorque acompanhados das suas famílias, sendo a família Blackwell uma dessas inúmeras famílias. Ao baile também assiste a família do Matt, sendo ele normalmente e todos os anos que temos ido o meu "acompanhante". Claro que quando éramos mais novos o "acompanhante" para nós era só um jogo, o Matt era uma espécie de parceiro de jogos, mas quando era hora do baile, lembro-me que íamos a correr para a pista, eu tentando segurar no meu vestido para não tropeçar nele e cair enquanto o Matt segurava nas suas calças para não lhe caírem e na gravata para não lhe bater na cara à medida que corria. Quando chegávamos à pista respirávamos, recuperávamos o fôlego e depois eu punha as minhas mãos dos ombros do Matt, e ele punha as suas mãos na minha delicada cintura, seguida da nossa patética dança, que com os anos tem melhorado, chegando o Matt e eu sermos excelentes bailarinos.
Mas este ano para a minha desgraça o meu acompanhante tinha de ser o Brooke. Mas o que é que a vida tem contra mim? Porquê é que tenho eu que sofrer com ter que estar com o Brooke no Baile? Porquê têm que existir os condenados negócios familiares? Porquê é eu tenho tanta má sorte? Porquê tenho que ser tão exagerada? Porque nasci assim e pronto!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Castelos, coroas e o meu Principe
Teen FictionDiana Blackwell era a princesinha da escola, mas sempre há uma pessoa que a conseguia irritar: Brooke McWhite, o filho de uns amigos dos senhores Blackwell. Mas ela acha que só existe odio entre eles … será verdade? Ela não gostava de rapazes e muit...