*Capítulo 5*

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Nocas: Bem então até amanhã pessoas lindas- despedi-me depois da funcionária da faculdade nos ter informado que por motivos pessoais o nosso professor de Macroeconomia não iria poder dar as duas horas e meia de aula que estavam marcadas

Teresa: Não queres vir connosco tomar um café? - perguntou, enquanto nos dirigirmos para a saída do edifício com o Miguel e mais alguns colegas de turma e de praxe

Nocas: Hoje não dá Teresinha, vou ver o jogo do Porto , mas prometo que amanhã á noite te pago um fino para compensar- respondi a rir, sabendo do imenso amor desta pela bebida- Vá até amanhã

Teresa: Ah pois eu lembro-me da Mari ter falado sobre isso- disse- Mas olha que eu não me esqueço da promessa - praticamente gritou, seguindo depois a direção oposta à minha sendo que eu me dirigia para o parque de estacionamento

Depois de responder a uma mensagem da minha mãe, onde esta me pedia para ir buscar os meus irmãos à escola antes de seguir então em direção a casa, pois estes tinham aproveitado a tarde livre para adiantar um trabalho de grupo, segui então para ao colégio dos mesmos, pronta para enfrentar o trânsito da cidade invicta.

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Mari: Vocês os dois tenham cuidado, nada de sair da nossa beira- avisou os meus dois irmãos enquanto seguimos para a entrada do estádio do Dragão , depois de termos estacionado o carro

Martim: Não te preocupes priminha, nós já não somos mais duas crianças- respondeu fazendo com que o meu avô e eu nos começasse-mos a rir- É verdade, nos já somos praticamente adultos

Nocas: Hei calma aí não, daqui a bocado estas a sair de casa de fato e gravata para ires trabalhar queres ver- brinquei com o "praticamente adulto", enquanto passávamos pela segurança e entravamos, naquele que para mim era o Estádio mais bonito do mundo, o Estádio do Dragão.

João: Não tenhas pressa para crescer, eu já disse muitas vezes mas se eu pudesse voltar a ter a tua idade, e voltar a ter a minha Maria, ah eu tinha aproveitado muito mais o tempo ao lado dela- respondeu, lembrando-se da minha avó e da saudade imensa que este e todos nós tínhamos da mulher mais guerreira que conheci, e a verdade é que depois da morte da mesma, a nossa família nunca mais foi a mesma

Nocas: Eu tenho a certeza que vocês passaram momentos únicos juntos avô, e que onde quer que ela esteja a olhar por nós também deve ter imensas saudades tuas- comentei, abraçando de lado aquele que era e sempre seria o meu porto seguro- Vá e agora vamos esquecer isso, e focar-nos no nosso Porto que esta cada vez mais próximo de ser de novo campeão- acrescentei ao limpar uma pequena lágrima, vendo os dois Portistas ferrenhos assentirem

Mari: O Fred e o Bernas já estão nos lugares à nossa espera- informou, fazendo com que nos dirigíssemos então até ao mesmos

João: Então e tu e o Bernardo, minha querida?- interrogou como quem não quer a coisa quando ficamos os dois para trás

Nocas: Não existe eu e o Bernardo avô, nos somos apenas amigos nada mais do que isso, por isso podes parar com essas coisas- esclareci ao mais velho

Mada: Não existe porque tu não queres, porque por ele, vocês já tinham casamento marcado e todo - disse voltando-se para trás, dando a entender que estava a ouvir a nossa conversa- ele tem um penhasco por ti

Nocas: Não sejas parva Madalena, o Bernas é meu amigo à quase 14 anos, amigo- respondi rapidamente- E a mãe e o pai não te ensinaram que não é bonito ouvir as conversas dos outros- perguntei a minha irmã, mas esta não teve tempo de responder sendo que tínhamos chegado aos nossos lugares

Rodrigo [Afonso Silva]Onde histórias criam vida. Descubra agora